O eixo morfofuncional pelo uso da metodologia ativa PBL em uma faculdade de Medicina da Amazônia.

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Rafael de Azevedo Silva
Lorena Fecury Tavares
Eduardo André Louzeiro Lama
Daniel Figueiredo Alves da Silva
Aline Andrade de Sousa

Resumo

RESUMO EXPANDIDO:


Introdução: A educação médica atual propõe o desenvolvimento do conhecimento utilizando metodologias ativas para fundamentar a prática clínica-cirúrgica (GOMES et al, 2009), as quais permitem a construção do saber teórico por meio de roteiros programados para aula de laboratório morfofuncional, tutorias e práticas de habilidades clínicas. (LOBO, 2015 ; MITRE et al, 2008). Dentre elas, destaca-se a metodologia PBL (Problem Based Learning) como uma das principais para essa finalidade, englobando objetivos pedagógicos, desafiando o discente a construir o conhecimento e aliando os eixos da prática clínica com a teoria (SILVA et al, 2015 ; CEZAR et al, 2010 ; FARIAS e MARTIN e CRISTO, 2015). Objetivos: Descrever a importância e a utilização do PBL no eixo morfofuncional, a partir de um relato de experiência de alunos de uma instituição de ensino superior na Amazônia. Descrição da Experiência: O eixo morfofuncional se baseia na construção do conhecimento morfológico para estruturar o saber fisiopatológico de doenças e fisiológicos de sistemas do corpo humano, que se tornarão auxiliadores da prática médica. Nesse sentido, a metodologia ativa é aplicada com o objetivo de apoio na busca destes conhecimentos sem necessitar de aulas teóricas ministradas pelo professor de forma unidirecional. As aulas são compostas para construir um roteiro de estudo de assuntos anatômicos, fisiológicos, fisiopatológicos e radiológicos de um tema pré-determinado do módulo e, para isso, a metodologia ativa utiliza artifícios divididos em quatro etapas. A primeira consiste na utilização de peças anatômicas industriais que são construídas com o objetivo específico do assunto, visitas regulares ao laboratório que contém o cadáver a fim de contextualizar o estudo em uma visão ampla, revisar o conhecimento em livros didáticos e imagens projetadas em computador. Após essa etapa inicial, os docentes que estão em sala (fisioterapeutas, biólogos, radiologistas e médicos) interligam o assunto abordado no laboratório com a tutoria (outro eixo da metodologia PBL) a fim de correlacionar o conhecimento e instigar a formação de perguntas. Na terceira etapa, ocorre a discussão de casos clínicos que utiliza o conhecimento teórico aprendido durante a construção do roteiro nas etapas anteriores e contextualiza com situações de pacientes e patologias que permitem organizar e compreender a importância dos objetivos aprendidos na busca do diagnóstico e tratamento dos casos clínicos. Na última etapa da aula no morfofuncional, os docentes organizam os discentes em grupos a fim de discutir sobre a temática do roteiro simulando quizz de perguntas e respostas em uma sessão tutorial, como um teste diário para avaliar o desenvolvimento do aprendizado a partir de um checklist dos principais tópicos que necessitam ser conhecidos ao final da aula. Resultados: A metodologia ativa utilizada no eixo Morfofuncional permite fomentar o conhecimento a partir do desenvolvimento e pesquisa individual do saber. A utilização de roteiros pré-estabelecidos que devem ser desenvolvidos pelos discentes com objetivos da temática abordada, relacionados com a tutoria, auxilia na construção eficiente e focada do conhecimento quando comparado a uma aula teórica de um professor, o qual repassa tudo sobre o assunto, não permitindo a elaboração ativa do assunto. Para a construção deste saber, a metodologia ativa prega a necessidade de docentes de variadas especialidades durante a aula de morfofuncional, nesse sentido, docentes fisioterapeutas, médicos, biólogos, radiologistas viabilizam uma visão multiprofissional de cuidado do paciente – contexto que não ocorre em aulas teóricas que são ministradas por um profissional de saúde, geralmente o médico, que disponibiliza apenas a percepção médica. As visitas ao laboratório que possui o cadáver possuem papel fundamental na construção do conhecimento, uma vez que motiva, oferece a sensibilidade tátil da textura de órgãos e vasos do corpo humano e mostra a topografia de sistemas para correlacionar com patologias estudadas nos roteiros. Finalizando o processo educacional e pedagógico da metodologia ativa, a utilização de casos clínicos que retratam os objetivos aprendidos no roteiro diário e testes tutoriais sedimentam o conhecimento teórico e contextualiza com a futura prática médica. Considerações Finais: A utilização da metodologia ativa PBL no eixo Morfofuncional de cursos da área da saúde é uma proposta que permite desenvolver o conhecimento de forma pedagógica, sedimentando o saber teórico e correlacionando com a prática.


Referências:


CEZAR, Pedro Henrique Netto et al . Transição paradigmática na educação médica: um olhar construtivista dirigido à aprendizagem baseada em problemas. Rev. bras. educ. med.,  Rio de Janeiro ,  v. 34, n. 2, p. 298-303,  June  2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022010000200015&lng=en&nrm=iso>. access on  24  Dec.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022010000200015.


FARIAS, Pablo Antonio Maia de; MARTIN, Ana Luiza de Aguiar Rocha; CRISTO, Cinthia Sampaio. Aprendizagem Ativa na Educação em Saúde: Percurso Histórico e Aplicações.Rev. bras. educ. med.,  Rio de Janeiro ,  v. 39, n. 1, p. 143-150,  Mar.  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022015000100143&lng=en&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v39n1e00602014.


GOMES, Romeu et al . Aprendizagem Baseada em Problemas na formação médica e o currículo tradicional de Medicina: uma revisão bibliográfica. Rev. bras. educ. med.,  Rio de Janeiro ,  v. 33, n. 3, p. 433-440,  Sept.  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022009000300014&lng=en&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-55022009000300014.


LOBO, Luiz Carlos. Educação Médica nos Tempos Modernos. Rev. bras. educ. med.,  Rio de Janeiro ,  v. 39, n. 2, p. 328-332,  June  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022015000200328&lng=en&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v39n2e00062015.


MITRE, Sandra Minardi et al . Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 13, supl. 2, p. 2133-2144,  Dec.  2008 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000900018&lng=en&nrm=iso>. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000900018.


SILVA, Sonia Leite da et al . Estratégia Educacional Baseada em Problemas para Grandes Grupos: Relato de Experiência. Rev. bras. educ. med.,  Rio de Janeiro ,  v. 39, n. 4, p. 607-613,  Dec.  2015 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022015000400607&lng=en&nrm=iso>. access on  24  Dec.  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v39n4e02312013.

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Como Citar
SilvaR. de A., Fecury TavaresL., André Louzeiro LamaE., Figueiredo Alves da SilvaD., & Andrade de SousaA. (2018). O eixo morfofuncional pelo uso da metodologia ativa PBL em uma faculdade de Medicina da Amazônia. Revista Artigos. Com, 1, e157. Recuperado de https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/157
Seção
Resumos Expandidos