Panorama da humanização obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa

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Ronan Santos Rodrigues
Isabelle Oliveira de Lima Rêgo
Yasmin Lorene de Alvarenga Araujo
José Artur Araújo Marques
Denise Marques Costa Pereira da Silva
Gisela Costa Araújo
Angélica Lima Soares
Luciana Tolstenko Nogueira

Resumo

Objetivo: Revisar e analisar a implementação (ou a falta dela) do parto humanizado no Brasil e avaliar quais as condutas necessárias para aprimorar sua atual conjuntura no país. Revisão bibliográfica: A vigência da humanização obstétrica requer um ambiente observante às boas práticas em saúde, que são norteadas por diretrizes governamentais e recomendações internacionais. Dessarte, em um contexto no qual há descumprimento dessas normas, muito por conta do desconhecimento das pacientes, a violência obstétrica ganha espaço e prevalece, infligindo dor e sofrimento à parturiente. Assim, o atual modelo hegemônico do parto, intervencionista e centralizador, é o maior entrave para a humanização plena e, diante disso, o poder público tem tomado providências para assegurar o que está referendado nas normativas, através de medidas que perpassam a educação dos profissionais da saúde e a consolidação da autonomia da gestante. Considerações finais: O estudo revelou que o fenômeno da violência obstétrica carece de aplicações práticas de políticas públicas eficazes para maior qualificação profissional e conhecimento das parturientes.

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Como Citar
RodriguesR. S., RêgoI. O. de L., AraujoY. L. de A., MarquesJ. A. A., da SilvaD. M. C. P., AraújoG. C., SoaresA. L., & NogueiraL. T. (2022). Panorama da humanização obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Científico, 42, e10168. https://doi.org/10.25248/reac.e10168.2022
Seção
Artigos

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