O paradoxo da saúde das pessoas em situação de rua
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivos: Analisar os paradoxos na saúde da população em situação de rua no Brasil e destacar a necessidade de fortalecer as políticas públicas para promover acesso equitativo aos serviços de saúde. Revisão bibliográfica: A população em situação de rua no Brasil representa um segmento diversificado de indivíduos marginalizados pela sociedade, expostos a desafios de saúde física e mental, decorrentes das condições precárias de vida, exposição a violências e falta de acesso adequado aos serviços de saúde. Por essas características, a saúde desse grupo social é mais afetada, principalmente por doenças do trato respiratório, do aparelho gástrico e por infecções sexualmente transmissíveis. Apesar das leis de proteção dos direitos desses indivíduos, o acesso a atenção primaria é escasso, tendo em vista o preconceito sofrido pelos membros desse grupo, tanto da sociedade, quanto dos profissionais de saúde. Esse acesso ainda é dificultado pela falta de documentos e pela característica itinerante dessa população. Considerações finais: Nota-se a necessidade de fortalecimento das leis já existentes para acesso adequado e igualitário da população em situação de rua aos serviços de saúde, visando incremento da promoção e prevenção de saúde dentro da atenção primária.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANDRADE R de, et al. O acesso aos serviços de saúde pela População em Situação de Rua: uma revisão integrativa. Saúde em Debate, 2022; 46: 227-239.
3. BRASIL. Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Disponível em: https ://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acessado em: 24 abr. 2024.
4. BRASIL. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. 2009. Disponível em: https ://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7053.htm. Acessado em: 24 abr. 2024.
5. BRASIL. Guia de Atuação Ministerial: defesa dos direitos das pessoas em situação de rua. 2015. Dis-ponível em:
6. BRASIL. Lei n. 14.821, de 16 de janeiro de 2024. 2024. Disponível em: https ://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2024/lei/L14821.htm. Acessado em: 24 abril de 2024.
7. CERVIERI NB, et al. O acesso aos serviços de saúde na perspectiva de pessoas em situação de rua. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português), 2019; 15(4): 1-8.
8. COELHO GC, et al. A efetividade do consultório na rua mediante o atendimento com a população em situação de rua. Revista FAROL, 2020; 10(10): 104-118.
9. CRUZ JR e TAQUETTE SR. Viver na rua: vulnerações e a bioética da proteção. Revista Bioética, 2021; 28: 637-646.
10. GRANGEIRO A, et al. Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP. Revista de Saúde Pública, 2012; 46(4): 674–684.
11. GRANJA MCLM e DE LIMA FLT. Barreiras à Prevenção do Câncer e Tratamento Oncológico para a População em Situação de Rua. Rev Bras. Cancerologia, 2020; 66(2): 09816.
12. LA CERDA CMP DE, et al. Acesso e qualidade da alimentação: percepção da população em situação de rua. Acta Paulista de Enfermagem, 2023; 37: APE02361.
13. LIMA RR, et al. Acesso da população em situação de rua aos serviços da atenção primária à saúde: avanços e desafios / Access of the street population to primary health care services: advances and challenges. Brazilian Journal of Health Review, 2022; 5(2): 4461–4474.
14. MAIA LFS, et al. Transtornos Mentais Mais Encontrados nas Pessoas em Situação de Rua. RECIEN: Revista Científica de Enfermagem, 2022; 12(40): 272-279.
15. MATTOS RM e FERREIRA RF. Quem vocês pensam que (elas) são? Representações sobre as pesso-as em situação de rua. Psicol Soc, 2004; 16(2): 47-58.
16. NASCIMENTO LEF do, et al. Fatores associados ao abandono do tratamento de álcool e outras dro-gas em moradores de rua. Research, Society and Development, 2021; 10(16): 178101623826-178101623826.
17. NATALINO MAC. A População em situação de rua nos números do Cadastro Único (Publicação Ex-pressa). Rio de Janeiro: Ipea, 2024; 57: 2944.
18. OLIVEIRA DM DE, et al. Necessidades, produção do cuidado e expectativas de pessoas em situação de rua. Revista Brasileira de Enfermagem, 2018; 71: 2689-2697.
19. PATRÍCIO ACFA, et al. Common mental disorders and resilience in homeless persons. Revista Brasilei-ra de Enfermagem, 2019; 72: 1526-1533.
20. QUEIROZ I, et al. A abordagem da população em situação de rua no sistema único de saúde: uma rea-lidade que precisa ser mudada / The approach to homeless people in the unified health system: a rea-lity that needs to be changed. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(2): 8230–8243.
21. SANTOS BS e MAYARA FF. Vulnerabilidade de moradoras de rua à infecções sexualmente transmissí-veis. Brazil Journal of Development, 2022; 8(5): 40903–40918.
22. SOUZA ACS, et al. Redução de vulnerabilidades como estratégia de cuidados do Consultório na Rua. Revista do NUFEN, 2020; 12(3): 103-115.
23. VALLE FAAL e FARAH BF. A saúde de quem está em situação de rua:(in) visibilidades no acesso ao Sistema Único de Saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 2020; 30(2): 300226.