Câncer relacionado ao trabalho (2018-2022): um recorte da notificação no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##

PDF
Publicado Feb 19, 2025
DOI https://doi.org/10.25248/reac.e19704.2025

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Thulio Mendes de Carvalho
Universidade Estadual do Piauí
Victor Prudêncio Ibiapina de Moraes
Universidade Estadual do Piauí
Matheus de Sousa Alves
UESPI
Fábio Palha Dias Parente
Fundação Municipal de Saúde de Teresina
Mírian Perpetua Palha Dias Parente
Universidade Estadual do Piauí

Resumo

Objetivo: Analisar os casos de câncer ocupacional relacionados a situações carcinogênicas no Brasil entre 2018 e 2022, com foco em variáveis como sexo, raça, UF, ocupação, evolução do caso e emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Métodos: Estudo ecológico e de séries temporais baseado em dados secundários do SINAN e DATASUS, organizados no Excel 2024. Foram analisadas informações demográficas, geográficas e ocupacionais, além de desfechos clínicos. Por utilizar dados públicos anonimizados, não foi necessária aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: Houve aumento nas notificações ao longo dos anos, com picos em 2019 e 2022. Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais registraram os maiores números, enquanto ocupações agrícolas e da construção civil concentraram a maioria dos casos. A emissão de CAT foi limitada, especialmente em desfechos graves, como óbitos. O elevado número de registros incompletos comprometeu a caracterização precisa dos casos. Conclusão: O estudo evidenciou subnotificação e fragilidades na vigilância e registro de cânceres ocupacionais no Brasil, ressaltando a necessidade de fortalecer a emissão de CAT, capacitar profissionais e priorizar políticas preventivas voltadas a trabalhadores de setores de maior risco.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CarvalhoT. M. de, MoraesV. P. I. de, AlvesM. de S., ParenteF. P. D., & ParenteM. P. P. D. (2025). Câncer relacionado ao trabalho (2018-2022): um recorte da notificação no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Científico, 25, e19704. https://doi.org/10.25248/reac.e19704.2025
Edição
v. 25 (2025): Revista Eletrônica Acervo Científico (ISSN 2595-7899) | Volume 25 | 2025
Seção
Artigos

Copyright © | Todos os direitos reservados.

A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.

Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.

Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.

Referências

1. BALDO RCS, et al. Nexo epidemiológico do câncer relacionado ao trabalho no município de Londrina-PR. Revista Brasileira de Cancerologia, 2021; 67(3): 141328.

2. BRASIL. Diretrizes para a vigilância do câncer relacionado ao trabalho. 2. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_vigilancia_cancer_ relacionado_2ed.pdf. Acesso em: 15 nov. 2024.

3. BRASIL. Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2002; 1: 13-15. Disponível em: https ://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf. Acesso em: 20 nov. 2024.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. Nota Informativa Nº 94/2019-DSASTE/SVS/MS. Orientação sobre as novas definições dos agravos e doenças relacionados ao trabalho do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Brasília, DF, 2019.

5. BRASIL. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Brasília, DF, 2014.

6. COMELLI D. Prevenção de riscos ocupacionais e saúde do trabalhador. Revista do Tribunal Superior do Trabalho, 2019; 85(1): 128-145.

7. GUIMARÃES RP, et al. Exposição ocupacional e câncer: uma revisão guarda-chuva. Revista Saúde Pública, 2024; 58: 1-10.

8. GUIMARÃES RP, et al. Revisão de exposição ocupacional e câncer: uma análise ampliada. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2019; 17(2): 14.

9. IARC. Table 4: Occupational exposures and carcinogenicity. Lyon: International Agency for Research on Cancer, 2024.

10. IARC. INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. World Cancer Report: cancer research for cancer prevention. 2020; 199: 1-432.

11. JORNAL DA USP. Doenças graves ficam em segundo plano por conta da Covid-19. 2020. Disponível em: https ://jornal.usp.br/atualidades/doencas-graves-ficam-em-segundo-plano-por-conta-da-covid-19/. Acesso em: 14 nov. 2024.

12. MARCONDES L, et al. Análise de indicadores de saúde relacionados ao trabalho no Brasil. Revista Saúde Coletiva, 2019; 9(2): 82-100.

13. MEDINA FS e MAIA MZB. A subnotificação de LER/DORT sob a ótica de profissionais de saúde de Palmas, Tocantins. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2016; 41: 8.

14. NETTERSTROM B e JUEL K. Impact of work-related and psychosocial factors on the development of ischemic heart disease among urban bus drivers in Denmark. Scandinavian Journal of Work, Environmental and Health, 1988; 14: 231-238.

15. NOGUEIRA R, et al. Impactos ocupacionais em setores de risco: uma análise epidemiológica. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2023; 48(8): 1-13.