Desafios e propostas para o diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos no Brasil
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Resumo
Objetivo: Analisar as políticas públicas brasileiras voltadas ao diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres jovens, identificando lacunas e propondo estratégias para melhorar a detecção e o manejo da doença. Revisão bibliográfica: O câncer de mama é o mais comum entre mulheres, com 2,3 milhões de casos em 2020. No Brasil, entre 2023 e 2025, são esperados 73.610 novos casos anuais. Embora mais frequente em mulheres acima de 50 anos, jovens enfrentam tumores mais agressivos e diagnósticos tardios devido à menor percepção de risco e limitações da mamografia em mamas densas. As políticas brasileiras priorizam o rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto para jovens, é baseado em fatores de risco, mas enfrenta desafios como acesso limitado a exames genéticos e desigualdades regionais. Além disso, práticas inadequadas, como sobrediagnóstico, geram desperdício de recursos e sobrecarga no sistema de saúde. Conclusão: Superar barreiras no diagnóstico precoce exige ações educativas, fortalecimento da atenção primária e tecnologias emergentes, como biópsias líquidas. Estratégias integradas são essenciais para reduzir desigualdades, otimizar recursos e melhorar desfechos clínicos, especialmente em populações vulneráveis. Este estudo reforça a relevância de intervenções que impactem na redução da mortalidade e na eficiência do sistema de saúde, promovendo cuidado equitativo e sustentável.
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