Desafios e propostas para o diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos no Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Larah Ellis Guckert
Walkyria Weinhardt Metz Borne
Júlia de Souza Dinkoski
Lais Gabriela Maran
Catarinne Peruci
Maiara Menegotto Bonfanti
Milena Goetz da Silva
Nyle Nycole Michahouski
João Eduardo Zimmermann
Marcio Peixoto Rocha da Silva

Resumo

Objetivo: Analisar as políticas públicas brasileiras voltadas ao diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres jovens, identificando lacunas e propondo estratégias para melhorar a detecção e o manejo da doença. Revisão bibliográfica: O câncer de mama é o mais comum entre mulheres, com 2,3 milhões de casos em 2020. No Brasil, entre 2023 e 2025, são esperados 73.610 novos casos anuais. Embora mais frequente em mulheres acima de 50 anos, jovens enfrentam tumores mais agressivos e diagnósticos tardios devido à menor percepção de risco e limitações da mamografia em mamas densas. As políticas brasileiras priorizam o rastreamento em mulheres de 50 a 69 anos, enquanto para jovens, é baseado em fatores de risco, mas enfrenta desafios como acesso limitado a exames genéticos e desigualdades regionais. Além disso, práticas inadequadas, como sobrediagnóstico, geram desperdício de recursos e sobrecarga no sistema de saúde. Conclusão: Superar barreiras no diagnóstico precoce exige ações educativas, fortalecimento da atenção primária e tecnologias emergentes, como biópsias líquidas. Estratégias integradas são essenciais para reduzir desigualdades, otimizar recursos e melhorar desfechos clínicos, especialmente em populações vulneráveis. Este estudo reforça a relevância de intervenções que impactem na redução da mortalidade e na eficiência do sistema de saúde, promovendo cuidado equitativo e sustentável.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GuckertL. E., BorneW. W. M., DinkoskiJ. de S., MaranL. G., PeruciC., BonfantiM. M., SilvaM. G. da, MichahouskiN. N., ZimmermannJ. E., & SilvaM. P. R. da. (2025). Desafios e propostas para o diagnóstico precoce do câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Científico, 25, e20178. https://doi.org/10.25248/reac.e20178.2025
Seção
Artigos

Referências

1. ABDEL HADI M. Breast cancer in developing countries: The shrinking age gap. The breast journal, 2019; 25(4): 795–797.

2. ARAUJO MBS DE et al. Rastreamento do Câncer de Mama na atenção primária à saúde no Brasil: uma revisão de literatura. Contribuciones a las Ciencias Sociales, 2024; 17(6): 7361.

3. CHEN Z, et al. Trends of female and male breast cancer incidence at the global, regional, and national levels, 1990–2017. Breast cancer research and treatment, 2020; 180(2): 481–490.

4. CONASS. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Planificação da atenção à saúde: um instrumento de gestão e organização da atenção primária e da atenção ambulatorial especializada nas redes de atenção à saúde. Brasília, 2018; 31(1): 400.

5. DA SILVA JL, et al. Abstract PO3-09-11: Age Group Analysis of Breast Cancer Patterns in Brazil: Findings from Population-Based Registries. Cancer research, 2024; 84(9): 3- 9-11.

6. DALY AA, et al. A review of modifiable risk factors in young women for the prevention of breast cancer. Breast cancer (Dove Medical Press), 2021; 13(1): 241–257.

7. DE FREITAS JÚNIOR R, et al. Guia de boas práticas em navegação de pacientes com câncer de mama no Brasil. Goiânia: Conexão Soluções Corporativas, 2021; 1.

8. FAYER VA, et al. Controle do câncer de mama no estado de São Paulo: uma avaliação do rastreamento mamográfico. Cadernos saude coletiva, 2020; 28(1): 140–152.

9. GIOIA S, et al. Strategies of guidelines implementation for the breast cancer early detection in Brazil. 2019; 29(1).

10. KWIATKOWSKI F, et al. BRACAVENIR - impact of a psychoeducational intervention on expectations and coping in young women (aged 18-30 years) exposed to a high familial breast/ovarian cancer risk: study protocol for a randomized controlled trial. Trials, 2016; 17(1): 509.

11. LEE HB e HAN W. Unique features of young age breast cancer and its management. Journal of breast cancer, 2014; 17(4): 301–307.

12. MEATTINI I, et al. Radiation therapy for young women with early breast cancer: Current state of the art. Critical reviews in oncology/hematology, 2019; 137(1): 143–153.

13. MIGOWSKI A, et al. Diretrizes para detecção precoce do câncer de mama no Brasil. II - Novas recomendações nacionais, principais evidências e controvérsias. Cadernos de saude publica, 2018; 34 (6).

14. ORLANDINI LF, et al. Epidemiological analyses reveal a high incidence of breast cancer in young women in Brazil. JCO global oncology, 2021; 7(1): 81–88.

15. REINER AS, et al. Breast cancer family history and contralateral breast cancer risk in young women: An update from the Women’s Environmental Cancer and Radiation Epidemiology study. Journal of clinical oncology: official journal of the American Society of Clinical Oncology, 2018; 36(15): 1513–1520.

16. RIVERA-FRANCO MM e LEON-RODRIGUEZ E. Delays in breast cancer detection and treatment in developing countries. Breast cancer: basic and clinical research, 2018; 12(1).

17. ROSSI L, et al. Diagnosis and treatment of breast cancer in young women. Current treatment options in oncology, 2019; 20(12): 86.

18. SALA DCP, et al. Breast cancer screening in Primary Health Care in Brazil: a systematic review. Revista brasileira de enfermagem, 2021; 74 (3): 20200995.

19. SEDETA ET, et al. Breast cancer: Global patterns of incidence, mortality, and trends. Journal of clinical oncology: official journal of the American Society of Clinical Oncology, 2023; 41(16): 10528–10528.

20. SHAH NA, et al. Hormone receptor-positive/human epidermal growth receptor 2-negative metastatic breast cancer in young women: Emerging data in the era of molecularly targeted agents. The oncologist, 2020; 25(6): 900–908.

21. SONI A. Trends in the Five Most Costly Conditions among the U.S. Civilian Noninstitutionalized Population, 2002 and 2012. Statistical Brief #470. [S.l.]: Agency for Healthcare Research and Quality, 2015.

22. TEIXEIRA LA e ARAÚJO NETO LA. Câncer de mama no Brasil: medicina e saúde pública no século XX. Saúde e Sociedade, 2020; 29(3).

23. TESSER CD e D’ÁVILA TL DE C. Por que reconsiderar a indicação do rastreamento do câncer de mama? Cadernos de saude publica, 2016; 32(5).

24. WANG L. Early diagnosis of breast cancer. Sensors (Basel, Switzerland), 2017; 17(7): 1572.

25. YUNG RL e GRALOW JR. Time to focus on breast cancer in young adults. JCO oncology practice, 2021; 17(6): 314–316.

26. ZHU JW, et al. What is known about breast cancer in young women? Cancers, 2023; 15(6): 1917.