Câncer gástrico na Região Norte do Brasil: perfil epidemiológico de 2017 a 2021
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico do câncer gástrico na Região Norte, de 2017 a 2021. Métodos: Estudo de caráter ecológico, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Utilizou-se dados públicos disponibilizados pelo Sistema de Internações Hospitalares (SIH) e Painel-Oncologia, do DATASUS. Para a construção do perfil epidemiológico, foram consideradas as variáveis sexo, raça/cor, faixa etária, diagnósticos, óbitos e tratamentos para cada Unidade Federativa (UF) componente da Região Norte, utilizando-se da incidência para revelar informações epidemiológicas detalhadamente. Para a análise estatística, considerou-se p-valor < 0,05 como intervalo de confiança. Resultados: No intervalo temporal considerado, identificou-se 2.094 indivíduos diagnosticados e em tratamento, além de 1.584 casos de óbitos, nas duas bases de dados selecionadas. O perfil epidemiológico compreende indivíduos pardos, do sexo masculino e idosos. A partir da análise do local de diagnóstico e do tratamento, pôde-se notar, além disso, que os indivíduos, em sua maioria, permanecem na UF em que obtiveram diagnóstico. Conclusão: Destaca-se o sexo masculino, com mais de 65% do contingente de diagnósticos, tratamentos e óbitos; a faixa etária entre 60 e 64 anos, com elevadas porcentagens, e raça/cor parda, compondo cerca de 70% dos óbitos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BALAKRISHNAN M, et al. Changing Trends in Stomach Cancer Throughout the World. Curr. Gastroenterol. Rep. 2017; 19(8): 36-53.
3. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: 2012. Disponível em: https ://censo2010.ibge.gov.br/resultados.html. Acessado em: 07 Jan 2023.
4. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. 2022. Disponível em: https ://cidades.ibge.gov.br. Acessado em: 02 Jan 2023.
5. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2019. Rio de Janeiro; 2019. Disponível em: https ://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101678.pdf. Acessado em: 04 Jan 2023.
6. BRASIL. Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva. Estimativa 2020. RJ; 2020a. Disponível em: https ://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/927/560. Acessado em: 04 Jan 2023.
7. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução n. 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF): MS, 2012. Brasil. Disponível em: https ://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-ainformacao/legislacao/resolucoes/2012/r esolucao-no-466.pdf. Acessado em: 04 Jan 2023.
8. BRASIL. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBOC). Sociedades médicas apontam redução de 70% das cirurgias e que 50 mil brasileiros não receberam diagnóstico de câncer [internet]. 2020b. Disponível em: https ://sbco.org.br/2020/05/14/sociedades-medicas-apontam-reducao-de-70-das-cirur gias-e-que-50-mil-brasileiros-nao-receberam-diagnosco-de-cancer/. Acessado em: 21 Jan 2023.
9. EUSEBI LH, et al. Gastric cancer prevention strategies: A global perspective. J. Gastroenterol. Hepatol. 2020; 35(9): 1495-502.
10. FERLAY ISJ, et al. Incidência e mortalidade por câncer no mundo: fontes, métodos e principais padrões no GLOBOCAN 2012. Int. J. Cancer. 2014; 136(29): 1-12.
11. FERNANDES GA, et al. Excess mortality by specific causes of deaths in the city of São Paulo, Brazil, during the COVID-19 pandemic. PLoS One. 2021; 16(6): 252238.
12. FRAZÃO GAP, et al. Perfil epidemiologóico dos casos de câncer gástrico no Brasil de 2010 a 2020. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 2021; 13(1): 2.
13. GIUSTI ACS, et al. Trends and predictions for gastric cancer mortality in Brazil. World J. Gastroenterol. 2016; 22(28): 6527–38.
14. GONÇALVES FS, et al. Perfil clínico epidemiológico do câncer gástrico: revisão integrativa. Pubsaúde. 2020; 3(41): 1-10.
15. JOHNSTON FM e BECKMAN M. Updates on Management of Gastric Cancer. Curr. Oncol. Rep. 2019; 21(8): 67.
16. KARIMI P, et al. Câncer gástrico: Epidemiologia descritiva, fatores de risco, triagem e prevenção. Cancer Epidemiol. Biomark. Prev. 2014; 23(1): 700-13.
17. MACHLOWSKA J, et al. Gastric Cancer: Epidemiology, Risk Factors, Classification, Genomic Characteristics and Treatment Strategies. Int. J. Mol. Sci. 2020; 21(11): 4012.
18. MILNE AN e OFFERHAUS GJA. Câncer gástrico de início precoce: aprendendo lições com os jovens. World J. Gastrointestinal. Oncol. 2010; 2(1): 59–64.
19. MORAIS BCF, et al. Perfil sócio demográfico e clínico de pacientes com Câncer Gástrico atendidos em um hospital de referência no interior de Minas Gerais. Rev. Med. Minas Gerais. 2020; 30(4): 11-6.
20. NECULA L, et al. Recent advances in gastric cancer early diagnosis. World J. Gastroenterol. 2019; 25(17): 2029-44.
21. OMOFUMA OO, et al. Race/Ethnicity, Stage-Specific Mortality and Cancer Treatment in Esophageal and Gastric Cancers: Surveillance Epidemiology and End Results (2000-2018). Gastroenterology. 2022; 1-3.
22. OMS. Sociedade Americana de Câncer. Fatos e números do câncer 2022. Atlanta, Ga: American Cancer Society; 2022. Disponível em: https ://www.cancer.org/research/cancer-facts-statistics/all-cancer-facts-figures/cancer-facts-figures-2022.html. Acessado em: 07 Jan 2023.
23. PEREIRA LS, et al. Perfil clínico-epidemiológico da mortalidade por neoplasia maligna do trato gastrointestinal e sua relação aos fatores de risco no Brasil entre 2000 e 2019. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2023; 23(9): 13094.
24. POOROLAJAL J, et al. Risk factors for stomach cancer: a systematic review and meta-analysis. Epidemiol. Health. 2020; 42: 1-8.
25. RAWLA P e BARSOUK A. Epidemiology of gastric cancer: global trends, risk factors and prevention. Prz. Gastroenterol. 2019;14(1): 26-38.
26. SIEGEL R, et al. Cancer statistics, 2011: the impact of eliminating socioeconomic and racial disparities on premature cancer deaths. CA Cancer J. Clin. 2011; 61(4): 212–36.
27. SITARZ R, et al. Gastric cancer: epidemiology, prevention, classification, and treatment. Cancer Manag. Res. 2018; 10(1): 239-48.
28. SUN D, et al. Sociodemographic disparities in gastric cancer and the gastric precancerous cascade: A population-based study. Lancet Reg. Health West. Pac. 2022 [Acesso em 26 jul 2022]; 23(100437): 1-9.
Disponível em: https ://www.thelancet.com/journals/lanwpc/article/PIIS2666-6065(22)00052-9/fulltext.
29. THRIFT AP e EL-SERAG HB. Burden of Gastric Cancer. Clin. Gastroenterol. Hepatol. 2020; 18(3): 534–42.
30. ZILBERSTEIN B, et al. Consenso brasileiro sobre câncer gástrico: diretrizes para o câncer gástrico no Brasil. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig. 2013; 26(1): 2-6.