Câncer gástrico na Região Norte do Brasil: perfil epidemiológico de 2017 a 2021

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Luan Daher Fernandes
Vívian de Lima Brabo
Pablo Rodrigues Nunes de Souza
Adriana de Jesus Viana Veiga
Elinton Nascimento Castelo
Letícia Cavalcante Gondim
Leo Vitor Araújo Martin
Tales Roberto Figueiredo Amorim Rodrigues
Felipe Góes Costa
Alder Mourão de Sousa

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico do câncer gástrico na Região Norte, de 2017 a 2021. Métodos: Estudo de caráter ecológico, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Utilizou-se dados públicos disponibilizados pelo Sistema de Internações Hospitalares (SIH) e Painel-Oncologia, do DATASUS. Para a construção do perfil epidemiológico, foram consideradas as variáveis sexo, raça/cor, faixa etária, diagnósticos, óbitos e tratamentos para cada Unidade Federativa (UF) componente da Região Norte, utilizando-se da incidência para revelar informações epidemiológicas detalhadamente. Para a análise estatística, considerou-se p-valor < 0,05 como intervalo de confiança. Resultados: No intervalo temporal considerado, identificou-se 2.094 indivíduos diagnosticados e em tratamento, além de 1.584 casos de óbitos, nas duas bases de dados selecionadas. O perfil epidemiológico compreende indivíduos pardos, do sexo masculino e idosos. A partir da análise do local de diagnóstico e do tratamento, pôde-se notar, além disso, que os indivíduos, em sua maioria, permanecem na UF em que obtiveram diagnóstico. Conclusão: Destaca-se o sexo masculino, com mais de 65% do contingente de diagnósticos, tratamentos e óbitos; a faixa etária entre 60 e 64 anos, com elevadas porcentagens, e raça/cor parda, compondo cerca de 70% dos óbitos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
FernandesL. D., BraboV. de L., SouzaP. R. N. de, VeigaA. de J. V., CasteloE. N., GondimL. C., MartinL. V. A., RodriguesT. R. F. A., CostaF. G., & SousaA. M. de. (2025). Câncer gástrico na Região Norte do Brasil: perfil epidemiológico de 2017 a 2021. Revista Eletrônica Acervo Científico, 25, e20196. https://doi.org/10.25248/reac.e20196.2025
Seção
Artigos

Referências

1. ARAÚJO JMD, et al. Tendência de mortalidade por câncer gástrico no nordeste brasileiro. Saúde (Santa Maria), 2021.

2. BALAKRISHNAN M, et al. Changing Trends in Stomach Cancer Throughout the World. Curr. Gastroenterol. Rep. 2017; 19(8): 36-53.

3. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: 2012. Disponível em: https ://censo2010.ibge.gov.br/resultados.html. Acessado em: 07 Jan 2023.

4. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades. 2022. Disponível em: https ://cidades.ibge.gov.br. Acessado em: 02 Jan 2023.

5. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2019. Rio de Janeiro; 2019. Disponível em: https ://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101678.pdf. Acessado em: 04 Jan 2023.

6. BRASIL. Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva. Estimativa 2020. RJ; 2020a. Disponível em: https ://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/927/560. Acessado em: 04 Jan 2023.

7. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução n. 466 de 12 de dezembro de 2012: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF): MS, 2012. Brasil. Disponível em: https ://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/acesso-ainformacao/legislacao/resolucoes/2012/r esolucao-no-466.pdf. Acessado em: 04 Jan 2023.

8. BRASIL. Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBOC). Sociedades médicas apontam redução de 70% das cirurgias e que 50 mil brasileiros não receberam diagnóstico de câncer [internet]. 2020b. Disponível em: https ://sbco.org.br/2020/05/14/sociedades-medicas-apontam-reducao-de-70-das-cirur gias-e-que-50-mil-brasileiros-nao-receberam-diagnosco-de-cancer/. Acessado em: 21 Jan 2023.

9. EUSEBI LH, et al. Gastric cancer prevention strategies: A global perspective. J. Gastroenterol. Hepatol. 2020; 35(9): 1495-502.

10. FERLAY ISJ, et al. Incidência e mortalidade por câncer no mundo: fontes, métodos e principais padrões no GLOBOCAN 2012. Int. J. Cancer. 2014; 136(29): 1-12.

11. FERNANDES GA, et al. Excess mortality by specific causes of deaths in the city of São Paulo, Brazil, during the COVID-19 pandemic. PLoS One. 2021; 16(6): 252238.

12. FRAZÃO GAP, et al. Perfil epidemiologóico dos casos de câncer gástrico no Brasil de 2010 a 2020. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, 2021; 13(1): 2.

13. GIUSTI ACS, et al. Trends and predictions for gastric cancer mortality in Brazil. World J. Gastroenterol. 2016; 22(28): 6527–38.

14. GONÇALVES FS, et al. Perfil clínico epidemiológico do câncer gástrico: revisão integrativa. Pubsaúde. 2020; 3(41): 1-10.

15. JOHNSTON FM e BECKMAN M. Updates on Management of Gastric Cancer. Curr. Oncol. Rep. 2019; 21(8): 67.

16. KARIMI P, et al. Câncer gástrico: Epidemiologia descritiva, fatores de risco, triagem e prevenção. Cancer Epidemiol. Biomark. Prev. 2014; 23(1): 700-13.

17. MACHLOWSKA J, et al. Gastric Cancer: Epidemiology, Risk Factors, Classification, Genomic Characteristics and Treatment Strategies. Int. J. Mol. Sci. 2020; 21(11): 4012.

18. MILNE AN e OFFERHAUS GJA. Câncer gástrico de início precoce: aprendendo lições com os jovens. World J. Gastrointestinal. Oncol. 2010; 2(1): 59–64.

19. MORAIS BCF, et al. Perfil sócio demográfico e clínico de pacientes com Câncer Gástrico atendidos em um hospital de referência no interior de Minas Gerais. Rev. Med. Minas Gerais. 2020; 30(4): 11-6.

20. NECULA L, et al. Recent advances in gastric cancer early diagnosis. World J. Gastroenterol. 2019; 25(17): 2029-44.

21. OMOFUMA OO, et al. Race/Ethnicity, Stage-Specific Mortality and Cancer Treatment in Esophageal and Gastric Cancers: Surveillance Epidemiology and End Results (2000-2018). Gastroenterology. 2022; 1-3.

22. OMS. Sociedade Americana de Câncer. Fatos e números do câncer 2022. Atlanta, Ga: American Cancer Society; 2022. Disponível em: https ://www.cancer.org/research/cancer-facts-statistics/all-cancer-facts-figures/cancer-facts-figures-2022.html. Acessado em: 07 Jan 2023.

23. PEREIRA LS, et al. Perfil clínico-epidemiológico da mortalidade por neoplasia maligna do trato gastrointestinal e sua relação aos fatores de risco no Brasil entre 2000 e 2019. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2023; 23(9): 13094.

24. POOROLAJAL J, et al. Risk factors for stomach cancer: a systematic review and meta-analysis. Epidemiol. Health. 2020; 42: 1-8.

25. RAWLA P e BARSOUK A. Epidemiology of gastric cancer: global trends, risk factors and prevention. Prz. Gastroenterol. 2019;14(1): 26-38.

26. SIEGEL R, et al. Cancer statistics, 2011: the impact of eliminating socioeconomic and racial disparities on premature cancer deaths. CA Cancer J. Clin. 2011; 61(4): 212–36.

27. SITARZ R, et al. Gastric cancer: epidemiology, prevention, classification, and treatment. Cancer Manag. Res. 2018; 10(1): 239-48.

28. SUN D, et al. Sociodemographic disparities in gastric cancer and the gastric precancerous cascade: A population-based study. Lancet Reg. Health West. Pac. 2022 [Acesso em 26 jul 2022]; 23(100437): 1-9.
Disponível em: https ://www.thelancet.com/journals/lanwpc/article/PIIS2666-6065(22)00052-9/fulltext.

29. THRIFT AP e EL-SERAG HB. Burden of Gastric Cancer. Clin. Gastroenterol. Hepatol. 2020; 18(3): 534–42.

30. ZILBERSTEIN B, et al. Consenso brasileiro sobre câncer gástrico: diretrizes para o câncer gástrico no Brasil. ABCD Arq. Bras. Cir. Dig. 2013; 26(1): 2-6.