Transmissão vertical da Sífilis Congênita no estado paraibano: um estudo documental

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Jéssica Helen Alves de Souza
Fabrício Kleber de Lucena Carvalho

Resumo

Objetivo: Analisar a evolução da sífilis congênita na Paraíba entre 2014 e 2024, identificando fatores que influenciam sua incidência e avaliando estratégias para mitigar o problema. Métodos: Pesquisa documental, quantitativa, descritiva e exploratória, com dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita na Paraíba. A análise dos registros foi feita no Microsoft Excel, utilizando tabelas e gráficos. Resultados: Entre 2007 e 2024, foram registrados 4.457 casos de sífilis congênita na Paraíba, com aumento expressivo a partir de 2015. A maioria das gestantes realizou pré-natal (3.702), enquanto 640 não receberam acompanhamento. A incidência foi maior em mulheres de 20 a 24 anos, com predomínio nas regiões urbanas, evidenciando desigualdades no acesso à saúde. Persistem falhas no rastreamento e tratamento adequado da doença, favorecendo sua transmissão vertical. Conclusão: A crescente incidência de sífilis congênita na Paraíba reforça a necessidade de aprimorar o pré-natal, ampliar a testagem rápida e fortalecer políticas de prevenção e tratamento. Investimentos em capacitação de profissionais de saúde, campanhas educativas e ampliação do acesso ao tratamento são essenciais para conter a doença.

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Como Citar
de SouzaJ. H. A., & de Lucena CarvalhoF. K. (2025). Transmissão vertical da Sífilis Congênita no estado paraibano: um estudo documental. Revista Eletrônica Acervo Científico, 25, e20628. https://doi.org/10.25248/reac.e20628.2025
Seção
Artigos

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