A influência das fake news na adesão à vacinação e no reaparecimento de doenças erradicadas: uma revisão de literatura

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Gustavo Henrique Lopes
Filipe Moreira Gomides Sardinha Carvalhedo
Vitória Vila Verde Vaz
Natália Lourenço de Freitas
Sthéfanie de Andrade Valeriano
Constanza Thaise Xavier Silva

Resumo

Objetivo: Compreender a influência das fake news na vacinação e sua relação no aumento de doenças. Métodos: Revisão integrativa de 19 artigos com busca bibliográfica nas bases de dados National Library of Medicine and National Institutes of Health (PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e mecanismo de busca do Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram: “vacina”, “doença”, “mídias sociais”, “erradicação de doenças” e “cobertura vacinal”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados no intervalo de 2017 a 2022 e que respondiam à questão norteadora “qual o impacto das fake news na vacinação e sua relação no aumento de doenças?” Resultados: As principais influências das fake news na vacinação foram hesitação vacinal, desinformação, baixa na cobertura vacinal e reemergência de doenças erradicadas, todas intimamente ligadas, visto que a disseminação de conteúdos negativos sobre a vacina gera decréscimo da adesão à vacinação, dificultando a imunização de rebanho e favorecendo a propagação de patologias que poderiam ser prevenidas. Considerações finais: As fake news geram grande impacto na vacinação e acarretam em piora no quadro epidemiológico global. Nota-se que é necessário a elaboração de mais artigos relacionando a influência das fake news na diminuição da vacinação e o consequente reaparecimento de doenças erradicadas.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
LopesG. H., CarvalhedoF. M. G. S., VazV. V. V., FreitasN. L. de, ValerianoS. de A., & SilvaC. T. X. (2022). A influência das fake news na adesão à vacinação e no reaparecimento de doenças erradicadas: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Médico, 15, e10716. https://doi.org/10.25248/reamed.e10716.2022
Seção
Revisão Bibliográfica

Referências

1. ALMEIDA HS, et al. A reemergência do sarampo no Brasil associada à influência dos movimentos sociais de pós verdade, fake news e antivacinas no mundo. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2021; 13(3): e6226.

2. BARCELOS TN, et al. Análise de fake news veiculadas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Pan American Journal of Public Health, 2021; 45: e65.

3. BAR-LEV S, et al. Prediction of vaccine hesitancy based on social media traffic among Israeli parents using machine learning strategies. Israel journal of health policy research, 2021; 10(1): 1-8.

4. BENIS A, et al. Social media engagement and influenza vaccination during the COVID-19 pandemic: Cross-sectional survey study. Journal of medical Internet research, 2021; 23(3): e25977.

5. BENOIT SL e MAULDIN RF. The “anti-vax” movement: a quantitative report on vaccine beliefs and knowledge across social media. BMC public health, 2021; 21(1): 1-11.

6. BROTAS AMP, et al. Discurso antivacina no YouTube: a mediação de influenciadores. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 2021; 15(1).

7. CARDOSO VMVSC, et al. Vacinas e movimentos antivacinação: origens e consequências. Revista Eletrônica Acervo Científico, 2021; 21: e6460.

8. CARRIERI V, et al. Vaccine hesitancy and (fake) news: Quasi-experimental evidence from Italy. Health Economics, 2019; 28(11): 1377-1382.

9. CHAVES ECR, et al. Avaliação da cobertura vacinal do sarampo no período de 2013-2019 e sua relação com a reemergência no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2020; 38: e1982.

10. FONSECA MS, et al. Recusa da vacinação em área urbana do norte de Portugal. Scientia Medica, 2018; 28(4): ID32152.

11. LAMA Y, et al. Social media use and human papilomavirus awareness and knowledge among adults with children in the household: examining the role of race, ethnicity, and gender. HUMAN VACCINES & IMMUNOTHERAPEUTICS, 2021; 17(4): 1014-1024.

12. LEADER AE, et al. Understanding the messages and motivation of vaccine hesitant or refusing social media influencers. Vaccine, 2021; 39(2): 350-356.

13. MASCHERINI M, NIVAKOSKI S. Social media use and vaccine hesitancy in the European Union. ScienceDirect, 2022; 40(14): 2215-2225.

14. MASSARANI L, et al. Narrativas sobre vacinação em tempos de fake news: uma análise de conteúdo em redes sociais. Saúde e Sociedade [online], 2021; 30 (2): e200317.

15. MATAMOROS DC, SAIZ CP. Exploring the relationship between newspaper coverage of vaccines and childhood vaccination rates in Spain. Human Vaccines & Immunotherapeutics, 2020, 16(5): 1055-1061.

16. MEGIANI IN, et al. Measles return: between fake news and Public Health. Research, Society and Development, 2022; 10(2): e23510212452.

17. NAIR AT, et al. Social media, vaccine hesitancy and trust deficit in immunization programs: a qualitative enquiry in Malappuram District of Kerala, India. Health Research Policy and Systems, 2021; 19(Supl2): 1-8.

18. PALANISAMY B, et al. Social capital, trust in health information, and acceptance of Measles-Rubella vaccination campaign in Tamil Nadul: A case control study. Journaul of Postgraduate Medicine, 2018; 64(4): 212-219.

19. PINTO LB, et al. Implications of fake news for vaccination practices: reports produced by nursing team. Research, Society and Development, 2021; 10(10): e575101018997.

20. RIBEIRO BCMS, et al. Competência em informação: as fake news no contexto da vacinação. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, 2018; 8(2):1-15.

21. SANCHES SHDFN, CAVALCANTI AELW. Direito à saúde na sociedade da informação: a questão das fake news e seus impactos na vacinação, 2018; 4(53): 448-466.

22. SATO APS. What is the importance of vaccine hesitancy in the drop of vaccination coverage in Brazil? Revista de Saúde Pública [online], 2018; 52(96): 1-9.

23. SHAO C, et al. The spread of low-credibility content by social bots. Nature Communications, 2019; 9: 4787.

24. SILVA AL, et al. Vacinas: da criação revolucionária ao polêmico movimento de rejeição. Revista de Saúde Coletiva da UEFS, 2021; 11(2): e5724.

25. TOMASZEWSKI T, et al. Identifying false human papilomavirus (HPV) vaccine information and corresponding risk perceptions from twitter: advanced predictive models. J Med Internet RES, 2021; 23 (9): e30451.

26. WILSON SL, WIYSONGE C. Social media and vaccine hesitancy. BMJ Global Health, 2020; 5: e004206.