Avaliação da capacidade de reconhecimento precoce do Acidente Vascular Cerebral por usuários do Sistema Único de Saúde: estudo original
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Resumo
Objetivo: Verificar a capacidade do reconhecimento dos sinais e sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC) por usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de Juiz de Fora. Métodos: Conduziu-se um estudo transversal, observacional com amostra caracterizada por usuários do SUS que frequentavam um hospital de ensino. Selecionou-se 215 voluntários, de ambos os sexos e apresentou-se a eles um vídeo de simulação de AVC, com utilização do questionário qAVC para obtenção dos dados. Resultados: A amostra foi de 65,12% de voluntários do sexo feminino, predominantemente com ensino médio (37,21%), majoritariamente, sem planos de saúde (71,63%). Questionados sobre o ocorrido na simulação, 55,35% indicaram que se tratava de um AVC, não sendo observada diferença entre o sexo e os acertos (OR:1,0; IC95%: 0,56-1,8; p>0,05). Observou-se significância estatística entre aqueles que possuíam planos de saúde e seus acertos (OR:2,1; IC95%:1,1-4,0;p=0,03), além da escolaridade e a capacidade de reconhecimento da condição (p=0,006). 42,79% dos entrevistados afirmaram que acionaria o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, entretanto, 8,37% identificaram “192” como telefone correto. Conclusão: Parcela significativa da amostra desconhece os sinais e sintomas tipicamente associados ao AVC, carecendo de informações sobre seu manejo, além de desconhecer os mecanismos de acionamento dos serviços médicos de urgência.
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