Fratura peniana: uma revisão narrativa
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Revisar estudos que abordem o diagnóstico e a terapêutica da fratura peniana e descrever de forma objetiva seus principais desdobramentos, incluindo as mais frequentes complicações diante de uma tardia ou não intervenção cirúrgica. Revisão bibliográfica: A fratura peniana é definida como a ruptura da túnica albugínea do corpo cavernoso e tem como principal mecanismo de trauma o intercurso sexual traumático, usualmente devido à compressão do pênis ereto sobre o períneo ou a sínfise púbica da mulher. No entanto, existem outros mecanismos de trauma variados. O diagnóstico da fratura peniana, em sua grande maioria, é prioritariamente clínico, através da anamnese e exame físico adequado. O tratamento atual de escolha é a abordagem cirúrgica imediata. A idade avançada e a extensão da ruptura na túnica albugínea podem estar associadas ao desenvolvimento de disfunção erétil, assim como, o intervalo entre o trauma e o tratamento cirúrgico também se relacionam com os resultados, ou seja, quanto mais rápido se inicia a abordagem cirúrgica, menores são as complicações pós-operatórias como disfunção erétil e curvatura peniana. Considerações finais: A abordagem precoce, com a identificação e pronta intervenção a lesão, associa-se com menores chances de evolução para disfunção erétil e outras complicações associadas a fratura peniana.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANDRADE MF, et al. Abordagem Tardia do Trauma de Pênis: Relato de Caso. Revista Ciências em Saúde, 2015; 5(2).
3. BARROS R, et al. Lessons learned after 20 years’ experience with penile fracture. Int Braz J Urol. 2020; 46: 409-16.
4. BERTERO EB, et al. Penile fracture with urethral injury. International Brazilian Journal of Urology, 2000; 26(3): 295-7.
5. BITSCH M, et al. The elasticity and the tensile strength of the tunica albuginea of the corpora cavernosa. Journal of Urology, 1990; 143: 642–5.
6. BOLAT MS, et al. Effects of penile fracture and its surgical treatment on psychosocial and sexual function. International journal of impotence, 2017; 29(6): 244-249.
7. CARVALHO J, ARLINDO M. Fratura de Pênis com Trauma de Uretra. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 2013; 40(4): 351-353.
8. CASTRO PR, et al. Fratura peniana: diagnóstico e tratamento. Revista médica de Minas Gerais, 2009; 19(2).
9. CAVALCANTI AG, et al. Management of urethral lesions in penile blunt trauma. International Journal of Urology, 2006; 13(9): 1218–1220.
10. CUNHA ACA, et al. Penile inversion after blunt trauma. Brazilian Journal of Urology, 2000; 26(6): 619-20.
11. EKE N. Fracture of the penis. British Journal of Surgery, 2002; 89: 555-65.
12. FARAH RN, et al. Surgical treatment of deformity and coital difficulty in healed traumatic rupture of the corpora cavernosa. J Urol., 1978; 120(1): 118-20.
13. FEDEL M, et al. The value of magnetic resonance imaging in the diagnosis of suspected penile fracture with atypical clinical findings. J Urol., 1996; 155(6): 1924-7.
14. FERNANDES MAV, et al. Avaliação ultrassonográfica do pênis. Radiol Bras., 2018; 51(4): 257-261.
15. GAROFALO M, et al. Sex-Related Penile Fracture with Complete Urethral Rupture: A Case Report and Review of The Literature. Archivio Italiano di Urologia e Andrologia, 2015; 87(3): 260-1.
16. KAMDAR C, et al. Penile fracture: preoperative evaluation and surgical technique for optimal patient outcome. International Brazilian Journal of Urology, 2008; 102: 1640–4.
17. KOIFMAN L, et al. Penile Fracture: Diagnosis,Treatment and Outcomes of 150 Patients. Urology, 2010; 76: 1488-92.
18. KONNAK JW, OHL DA. Microsurgical penile revascularization using the central corporeal penile artery. J Urol., 1989; 142: 305–8.
19. LYNCH TH, et al. EAU guidelines on urological trauma. Eur Urol., 2005; 47(1): 1-15.
20. MAHAPATRA RS, et al. Penile Fracture: Our Experience in a Tertiary Care Hospital. The World Journal of Men's Health, 2015; 3392): 95-102.
21. MANUAL MSD. 2020. Trauma genital. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-do-trato-geniturin%C3%A1rio/trauma-genital. Acessado em: 19 de Julho de 2022.
22. MASTERS WH, JOHNSON VE. Human sexual inadequacy. Boston: Little, Browns, 1970.
23. MAZARIS EM, et al. Penile fractures: immediate surgical approach with a midline ventral incision. International Brazilian Journal of Urology, 2009; 104(4): 520-3.
24. MCELENY K, et al. Penile Fracture. Nature Clinical Practice Urology, 2006; 3(3): 170-4.
25. MOORE EE, et al. Escala de Lesão de Órgãos. Surgical Clinics of North America, 1995; 75(2): 293–303.
26. MOORE KL, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Gauanabara Koogan, 2014.
27. MOREY AF. DUGI III DD: Genital and Lower Urinary Tract Trauma. 10th ed. Philadelphia: Elsevier, 2012; 2507-2520p.
28. NARDOZZA A, et al. Urologia fundamental. São Paulo: Planmark, 2010; 71p.
29. NICOLIASEN GS, et al. Rupture of the corpus cavernosum: surgical management. J Urol., 1983; 130: 917-9.
30. PINEDA MURILLO J, et al. Unusual cavernous body break: results of timely surgical management. Cir Cir., 2019; 87(1): 79-84.
31. REIS B, et al. Conduta na urgência de fratura peniana com ruptura parcial de uretra: relato de caso. Revista Eletrônica Acervo Científico, 2019; 6: e2433.
32. SAWH SL, et al. Fractured penis: A review. International Journal of Impotence Research, 2008; 20: 366-9.
33. SCANNAVINO C, et al. Fratura peniana – Uma revisão. Revista Eletrônica da Comissão de Ensino e Treinamento, 2013; 2(1): 15-22.
34. SHAH DK, et al. False fracture of the penis. Urol., 2003; 61: 1259.
35. THE AMERICAN ASSOCIATION FOR THE SURGERY OF TRAUMA. Disponível em: https://www.aast.org/resources-detail/injury-scoring-scale#penis. Acessado em: 20 de julho de 2022.
36. WESPES E, et al. Fracture of the penis: conservative versus surgical treatment. Eur Urol., 1987; 13: 166-8
37. YAN C, et al. TC-guided minimally-invasive penile fracture repair. Department of Traditional Chinese Medicine, the First Affiliated Hospital of Guangzhou University of Chinese Medicine, Guangzhou, China, 2018; 45(1): 183-186.