Homicídios: perfil epidemiológico das vítimas e caracterização das lesões
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Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência dos homicídios no centro oeste mineiro, perfil epidemiológico das vítimas e natureza das lesões. Métodos: Estudo quantitativo descritivo, retrospectivo, de laudos de necropsia realizadas no Posto Médico Legal (PML) da Polícia Civil de Minas Gerais em Divinópolis/MG nos anos 2017 a 2019. Resultados: Foram analisados 98 laudos de homicídios. O mês de fevereiro foi o mês com o maior número de homicídios, seguido por maio e junho. O número de vítimas do sexo masculino foi maior (77,42%) que no sexo feminino (22,58%). A faixa etária com maior número de homicídios foi entre 21 a 30 anos (20,43%). A maior parte das vítimas era da cor parda (46,24%). As lesões do tipo perfurocontusas foram as mais observadas (64,52 %), seguidas das lesões perfurocortantes. A maioria das mortes foi por instrumentos perfurocontundentes (64,62%), com mais de um segmento acometido (61,29%). O traumatismo crânio encefálico foi a maior causa de morte (35,71%). Mortes produzidas com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, meio insidioso ou cruel foi negativo em 51,61% dos homicídios. Conclusão: O estudo concluiu que a maioria dos homicídios ocorreu em homens jovens e os ferimentos perfurocontusos (arma de fogo) foram os mais prevalentes.
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