Complicações neurológicas após cirurgia cardiovascular
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Destacar as evidências científicas atuais a respeito das principais complicações neurológicas da cirurgia cardiovascular. Revisão bibliográfica: As cirurgias cardíacas apresentam elevado grau de complexidade. Os transplantes cardíacos aparecem no ranking dos procedimentos com maiores complicações neurológicas, essas alterações representam importante causa de morbidade no período pós-operatório, sendo responsável por grande parcela de óbitos. Estudos apontam uma incidência dessas complicações, de diferentes graus e variam em gravidade, desde alterações assintomáticas encontradas incidentalmente em exames de imagem até complicações significativamente incapacitantes e óbito. As alterações mais comuns podem ser psicológicas transitórias, como déficits de atenção e memória, até eventos mais graves como o acidente vascular encefálico (AVE) extensos. Outras complicações também são descritas na literatura, como infecções, isquemia medular, lesão de nervo periférico e déficits cognitivos em geral. Considerações finais: É notável que a multiplicidade de manifestações neurológicas existentes após cirurgias cardíacas, em especial os transplantes cardíacos, é ampla, tendo o AVC isquêmico como a complicação neurológica mais comum após procedimentos cardíacos. O acompanhamento detalhado de pacientes que se submeteram a alguma cirurgia cardiovascular favorece a redução de índices de sequelas neurológicas.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. CORREIO MP, et al. Enfarte Medular: Da Revisão Teórica à Prática Clínica. Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, 2017.
3. DIMARAKIS I e PROTOPAPAS AD. Vocal cord palsy as a complication of adult cardiac surgery: surgical correlations and analysis. European Journal of Cardio-Thoracic Surgery, 2004; 26(4): 773–775.
4. LELIS RGB e JÚNIOR JOCA. Lesão Neurológica em Cirurgia Cardíaca: Aspectos Fisiopatológicos. Rev Bras Anestesiol., 2004; 54(4): 607-617.
5. MCGARVERY M, el al. Neurologic complications of cardiac surgery. Up To Date. 2021; 1-34.
6. MUÑOZ P, et al. Infectious and Non-Infectious Neurologic Complications in Heart Transplant Recipients. Medicine, 2010; 89(3): 166–175.
7. NEWMAN MF, et al. Longitudinal Assessment of Neurocognitive Function after Coronary-Artery Bypass Surgery. New England Journal of Medicine, 2001; 344(6): 395–402.
8. ÖCAL R, et al. Epilepsy After Heart Transplant: A Single Center Experience. Experimental and Clinical Transplantation, 2016
9. PERDIGÃO RLD. Complicações neurológicas após cirurgia cardíaca. Ed. Artmed Panamericana, 2022.
10. ŞAHINTURK H, et al. Neurologic Complications in Heart Transplant Recipients Readmitted to the Intensive Care Unit. Cureus, 2021; 13(11): e19425.
11. SELNES OA, et al. Neurobehavioural sequelae of cardiopulmonary bypass. The Lancet, 1999; 353(9164): 1601-6.
12. SHABAN A e LEIRA EC. Neurological Complications of Cardiological Interventions. Current Neurology and Neuroscience Reports. 2019; 19(2).
13. SILVA AMRP, et al. Revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea em idosos: análise da morbidade e mortalidade. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, 2008; 23(1): 40-45.
14. TURNAOGLU H, et al. Evaluation of Neuroimaging Findings of Central Nervous System Complications in Heart Transplant Recipients. Experimental and clinical transplantation, 2020; 18(7): 814-822.
15. VAN DE BEEK D, et al. Effect of Neurologic Complications on Outcome After Heart Transplant. Archives of Neurology, 2008; 65(2): 226-231.
16. WHITLOCK R, et al. Predictors of early and late stroke following cardiac surgery. Canadian Medical Association Journal, 2014; 186(12): 905–911.