Libido e menopausa: novas evidências para reposição de testosterona

Resumo

Objetivo: Descrever a eficácia da reposição de testosterona durante a menopausa para o tratamento da diminuição da libido, assim como suas indicações, contraindicações e riscos. Revisão bibliográfica: Durante a menopausa, os níveis de estradiol e testosterona diminuem significativamente em cerca de 50-80%, ou seja, o tratamento da baixa libido feminina é necessário, apesar de que o único critério de indicação formal para tal é o distúrbio de desejo sexual hipoativo. Antes de iniciar o tratamento, deve-se realizar uma avaliação clínica e laboratorial completa. As doses da terapia devem se aproximar das concentrações fisiológicas de testosterona na pré-menopausa. Entre os benefícios da reposição pode-se citar: lubrificação e aumento nos escores de desejo e excitação sexual. Já entre os riscos, nota-se: acne, hirsutismo, disfonia e alopecia. Entre as contraindicações está a disfunção hepática e a dislipidemia. Por fim, é importante pontuar as limitações referentes à terapia com testosterona como a falta de formulações aprovadas para mulheres e o fato de que, em muitos países, o seu uso continua off-label. Considerações finais: A reposição com testosterona na menopausa mostrou melhora no desejo sexual daquelas mulheres com diagnóstico prévio de disfunção sexual e diminuição da libido.