Transtorno bipolar tipo II: a relação entre nefrite intersticial e o uso do lítio
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Resumo
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente diagnosticada com nefrite intersticial aguda, secundária ao uso do Lítio no tratamento de Transtorno Bipolar (TB), revisando cientificamente a correlação entre o medicamento e as nefropatias. Detalhamento de caso: Paciente do sexo feminino, 24 anos, atendida em consultório particular relatando ideias suicidas, com diagnóstico de síndrome disfórica grave. Foram iniciadas sessões de psicoterapia cognitivo-comportamental, bem como seu tratamento medicamentoso, seguido por diversas crises e tentativas frustradas de introdução de Lítio como uma opção viável. Entretanto, após uma década de tratamento, a paciente concordou em iniciar seu uso. Oito anos depois, foi diagnosticada nefrite intersticial aguda, secundária ao uso do Lítio, substituindo-o por Carbamazepina. A paciente continuou seu tratamento por mais quatro anos, até que foi encaminhada para outro profissional, em uma localidade distinta. Considerações finais: O TB é um distúrbio psiquiátrico complexo, com alterações drásticas de humor e comportamentais, sendo o Lítio o seu tratamento de primeira linha. Entretanto, essa medicação é responsável por desenvolver doença renal progressiva em uma porcentagem significativa dos pacientes, sendo que alguns deles desenvolvem quadros graves, como nefrite intersticial.
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