Disbiose e desenvolvimento de pré-eclâmpsia e eclampsia

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Carolina Soares Cardoso
Roberta Furtado Stivanin Rachid Novais

Resumo

Objetivo: Analisar a relação da disbiose dos microbiomas intestinal, vaginal e oral com o desenvolvimento de pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Métodos: Esta revisão integrativa envolveu a busca de estudos nas bases de dados National Library of Medicine, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Cochrane Library, onde foram encontrados quinze artigos acerca do tema, após selecionados os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Todos os artigos analisados são do tipo ensaio clínico. Dentre eles, treze avaliam o microbioma intestinal, um vaginal e um avalia concomitante os microbiomas intestinal, vaginal e oral. Considerações finais: Existem bactérias com ação protetora e outras com ação deletéria envolvidas no mecanismo da fisiopatologia da pré-eclâmpsia (PE). A barreira intestinal realizada pelas bactérias protetoras que produzem ácidos graxos de cadeia curta possui efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes que podem prevenir a inflamação placentária e consequentemente o desenvolvimento da PE, e é por meio da investigação dos metabólitos produzidos por essas bactérias que será possível focar em alvos para prevenção e tratamento da doença.

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Como Citar
CardosoC. S., & NovaisR. F. S. R. (2024). Disbiose e desenvolvimento de pré-eclâmpsia e eclampsia. Revista Eletrônica Acervo Médico, 24, e16604. https://doi.org/10.25248/reamed.e16604.2024
Seção
Revisão Bibliográfica

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