Hanseníase infantil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Anna Luiza Borges Saraiva
Carolina Ander de Oliveira Elias
Gabriela Malagoni Vieira de Castro
Guilherme Soares Pimenta Barbosa
Isabella Ducarmo Leite
Júlia Kalida Diniz
Osvaldo Soares de Araújo Júnior
Jéssica Fanstone Pina e Silva

Resumo

Objetivo: Apresentar um caso de hanseníase infantil multibacilar (MB) reforçando a importância de seu tratamento e cuidado longitudinal. Detalhamento do caso: Paciente do sexo masculino de 10 anos, com hanseníase MB tipo Virchowiana, apresentando manchas e nódulos na pele; o diagnóstico foi confirmado após resultado positivo de baciloscopia. Iniciado tratamento poliquimioterápico (PQT), o qual foi bem-sucedido e não permite mais a transmissão da doença; entretanto, desenvolveu uma reação hansênica tipo 2, sendo prescrito Talidomida e Prednisolona. Houveram reações adversas como edema e febre, exigindo ajuste das medicações e acompanhamento médico rigoroso. O paciente agora mantém atividades diárias normais e aguarda atendimento dermatológico para o clareamento das manchas. Considerações finais: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelas bactérias Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis, sendo classificada como Paucibacilar (PB) ou Multibacilar (MB). Sintomas comuns da hanseníase são lesões e manchas na pele, diminuição da sensibilidade, dormência, formigamento, caroços e placas, diminuição da força muscular. Sua forma de transmissão mais frequente é por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento. Outra transmissão menos comum é pelos tatus, que podem ser reservatórios e transmissores da bactéria.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SaraivaA. L. B., EliasC. A. de O., CastroG. M. V. de, BarbosaG. S. P., LeiteI. D., DinizJ. K., Araújo JúniorO. S. de, & SilvaJ. F. P. e. (2025). Hanseníase infantil. Revista Eletrônica Acervo Médico, 25, e19379. https://doi.org/10.25248/reamed.e19379.2025
Seção
Estudos de Caso

Referências

1. BRATSCHI M, et al. Current knowledge on Mycobacterium leprae transmission: a systematic literature review. Leprosy Review, 2015; 86(2): 142-155.

2. BHAT RM, PRAKASH C. Leprosy: an overview of pathophysiology. Interdisciplinary Perspectives on Infectious Diseases, 2012. Epub 2012 Sep 4.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeuticas_hanseniase.pdf. Acessado em: 28 de setembro de 2024.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Boletim Epidemiológico: Hanseníase 2024. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2024/be_hansen-2024_19jan_final.pdf. Acessado em: 28 de setembro de 2024.

5. LOCKWOOD DNJ, et al. Leprosy post-exposure prophylaxis risks not adequately assessed. The Lancet Global Health, 2021; 9(4): e400-e401.

6. VIEIRA MCA, et al. Repercussões no cotidiano de crianças e adolescentes que viveram com hanseníase. Saúde em Debate, 2022; 46(n. especial 6): 124-134.

7. MARTINS-MELO FR, et al. The burden of neglected tropical diseases in Brazil, 1990-2016: a subnational analysis from the Global Burden of Disease Study 2016. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2018; 12(6): e0006559.

8. OMS. Eighth report. World Health Organization Technical Report Series, 2012; n. 968. Disponível em: WHO_TRS_968_eng.pdf;sequence=1. Acessado em: 27 de setembro de 2024.

9. OMS. Expert Committee on Leprosy. Ninth Report. World Health Organization Technical Report Series, 2020; n. 985. Disponível em: Microsoft Word - SEA-GLP-2008.3 _A4_.doc. Acessado em: 27 de setembro de 2024.

10. PINHEIRO RO, et al. Immunopathogenesis of leprosy: an overview. International Journal of Dermatology, 2017; 56(12): 1351-1366.

11. SALGADO CG, et al. Are leprosy case numbers reliable? The Lancet Infectious Diseases, 2018; 18(2): 135-137.

12. SANTOS AN, et al. Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2020; 54: e03659.

13. SCOLLARD DM, et al. The continuing challenges of leprosy. Clinical Microbiology Reviews, 2006; 19(2): 338-381.

14. VIEIRA M, et al. Leprosy in children under 15 years of age in Brazil: A systematic review of the literature. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2018; 12(10): e0006788.

15. WALSH GP, MEYERS WM, BINFORD CH. Naturally acquired leprosy in the nine-banded armadillo: a decade of experience 1975-1985. Journal of Leukocyte Biology, 1986; 40(5): 645-656.