Hanseníase infantil
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Apresentar um caso de hanseníase infantil multibacilar (MB) reforçando a importância de seu tratamento e cuidado longitudinal. Detalhamento do caso: Paciente do sexo masculino de 10 anos, com hanseníase MB tipo Virchowiana, apresentando manchas e nódulos na pele; o diagnóstico foi confirmado após resultado positivo de baciloscopia. Iniciado tratamento poliquimioterápico (PQT), o qual foi bem-sucedido e não permite mais a transmissão da doença; entretanto, desenvolveu uma reação hansênica tipo 2, sendo prescrito Talidomida e Prednisolona. Houveram reações adversas como edema e febre, exigindo ajuste das medicações e acompanhamento médico rigoroso. O paciente agora mantém atividades diárias normais e aguarda atendimento dermatológico para o clareamento das manchas. Considerações finais: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelas bactérias Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis, sendo classificada como Paucibacilar (PB) ou Multibacilar (MB). Sintomas comuns da hanseníase são lesões e manchas na pele, diminuição da sensibilidade, dormência, formigamento, caroços e placas, diminuição da força muscular. Sua forma de transmissão mais frequente é por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro, em contatos próximos e frequentes com doentes que ainda não iniciaram tratamento. Outra transmissão menos comum é pelos tatus, que podem ser reservatórios e transmissores da bactéria.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BHAT RM, PRAKASH C. Leprosy: an overview of pathophysiology. Interdisciplinary Perspectives on Infectious Diseases, 2012. Epub 2012 Sep 4.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeuticas_hanseniase.pdf. Acessado em: 28 de setembro de 2024.
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Boletim Epidemiológico: Hanseníase 2024. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2024/be_hansen-2024_19jan_final.pdf. Acessado em: 28 de setembro de 2024.
5. LOCKWOOD DNJ, et al. Leprosy post-exposure prophylaxis risks not adequately assessed. The Lancet Global Health, 2021; 9(4): e400-e401.
6. VIEIRA MCA, et al. Repercussões no cotidiano de crianças e adolescentes que viveram com hanseníase. Saúde em Debate, 2022; 46(n. especial 6): 124-134.
7. MARTINS-MELO FR, et al. The burden of neglected tropical diseases in Brazil, 1990-2016: a subnational analysis from the Global Burden of Disease Study 2016. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2018; 12(6): e0006559.
8. OMS. Eighth report. World Health Organization Technical Report Series, 2012; n. 968. Disponível em: WHO_TRS_968_eng.pdf;sequence=1. Acessado em: 27 de setembro de 2024.
9. OMS. Expert Committee on Leprosy. Ninth Report. World Health Organization Technical Report Series, 2020; n. 985. Disponível em: Microsoft Word - SEA-GLP-2008.3 _A4_.doc. Acessado em: 27 de setembro de 2024.
10. PINHEIRO RO, et al. Immunopathogenesis of leprosy: an overview. International Journal of Dermatology, 2017; 56(12): 1351-1366.
11. SALGADO CG, et al. Are leprosy case numbers reliable? The Lancet Infectious Diseases, 2018; 18(2): 135-137.
12. SANTOS AN, et al. Perfil epidemiológico e tendência da hanseníase em menores de 15 anos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2020; 54: e03659.
13. SCOLLARD DM, et al. The continuing challenges of leprosy. Clinical Microbiology Reviews, 2006; 19(2): 338-381.
14. VIEIRA M, et al. Leprosy in children under 15 years of age in Brazil: A systematic review of the literature. PLOS Neglected Tropical Diseases, 2018; 12(10): e0006788.
15. WALSH GP, MEYERS WM, BINFORD CH. Naturally acquired leprosy in the nine-banded armadillo: a decade of experience 1975-1985. Journal of Leukocyte Biology, 1986; 40(5): 645-656.