Acardia fetal em gestação gemelar monocoriônica-diamniótica

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Otávio Benedito Rodrigues Guerra da Silva
Ana Emirene Montes
Gabriela Santos Ferreira
Melina Cury Vilela

Resumo

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com gestação monocoriônica e diamniótica, com diagnóstisco de feto acárdico, atendida em um município do interior de São Paulo, revisando cientificamente o assunto, incluindo quadro clínico, diagnóstico e terapêutica. Detalhamento de caso: Paciente do sexo feminino, 19 anos, hígida, baixo peso materno, sem antecedentes familiares relevantes, secundigesta com um aborto espontâneo anterior, residente no interior de São Paulo. Foi diagnosticada com gemelaridade monocoriônica diamniótica e, posteriormente, com a sequência de perfusão arterial reversa do gemelar e, consequentemente, malformação fetal devido a feto acárdico. A gestação foi acompanhada em pre-natal de alto risco e a resolução deu-se com 33 semnas de gestação devido a trabalho de parto pré termo. Deu origem a feto acárdico, sem vida, e a outro feto sem malformações, encaminhado aos cuidados da pediatria. Considerações finais: A gestação acárdica é um fenômeno raro que ocorre em 1% das gestações gemelares monocoriônicas. Devido as alterações vasculares da TRAPS, o feto doador pode apresentar em uma redução do volume sanguíneo circulante e aumento do esforço cardíaco. A ultrassonografia precoce desempenha um papel crucial no diagnóstico e monitoramento dessas condições, permitindo intervenções oportunas quando necessário.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
SilvaO. B. R. G. da, MontesA. E., FerreiraG. S., & VilelaM. C. (2025). Acardia fetal em gestação gemelar monocoriônica-diamniótica. Revista Eletrônica Acervo Médico, 25, e19768. https://doi.org/10.25248/reamed.e19768.2025
Seção
Estudos de Caso

Referências

1. ATIK ANTIBAS F. Fisiologia aplicada ao tratamento atual do recém-nascido com síndrome de hipoplasia do coração esquerdo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2006; 87: 16-26.

2. BRIZOT ML, et al. Malformações fetais em gestação múltipla. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2000; 22: 511-517.

3. EBBING C, et al. Single umbilical artery and risk of congenital malformation: population‐based study in Norway. Ultrasound in Obstetrics & Gynecology, 2020; 55(4): 510-515.

4. ELSAYED W e SINHA A. Umbilical cord abnormalities and pregnancy outcome. Journal of Fetal Medicine, 2019; 6(4): 183-189.

5. FANTINI AF, et al. A operação de Norwood modificada para tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, 2004; 19: 42-46.

6. FERNANDES BASA e DRACHENBERG MAC. Complicações gestacionais associadas a ocorrência da inserção velamentosa de cordão umbilical. Brazilian Journal of Health Review, 2024; 7(1): 4832-4846.

7. FONSECA RC, et al. Atresia esofágica: a importância do diagnóstico na sala de parto esophageal atresia: the importance of diagnosis in the delivery room. Revista de ciências biológicas e da saúde de Nova Iguaçu, 2021; 29.

8. FRANKLIN ALS, et al. Alterações cardíacas detectadas pelo ecocardiograma fetal e fatores de risco associados Cardiac alterations detected by fetal echocardiography and associated risk factors. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(6): 24023-24034.

9. GALVÃO MRC, et al. Fatores para o desenvolvimento de doenças cardíacas em bebês prematuros. Research, Society and Development, 2021; 10(7): 50710716917.

10. MS. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BRASIL). Cadernos de Atenção Básica: Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: https ://coren-se.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acesso em: 04 de outubro 2024.

11. MOORE KM e PERSAUDE TVN. Embriologia Clínica. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2020; 11: 452.

12. NUNES AF. Diagnóstico Pré-Natal de Artéria Umbilical Única: Malformações Associadas e Desfechos Perinatais. Dissertação de Mestrado (Mestrado Integrado em Medicina) – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Portugal, 2020; 30.

13. PEDRA SRF, et al. Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal-2019. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2019; 112: 600-648.

14. SADLER TW. Langman Embriologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021; 14: 91.

15. SALGE AKM, et al. Associação entre as características macroscópicas do cordão umbilical, gestação de alto risco e repercussões neonatais. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2017; 51: 3294.

16. SAXENA M e HUNGUND B. Single umbilical artery and associated birth defects in perinatal autopsies: prenatal diagnosis and management. Journal of Pathology and Translational Medicine, 2024; 58(5): 214-218.

17. WANDERLEI MM, et al. Evolução das terapêuticas para a correção da Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo ao longo dos últimos 20 anos: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, 2024; 7(2): 68841.

18. YU J, et al. Diagnosis of single umbilical artery and risk of fetal congenital malformations by prenatal ultrasound: a retrospective study. BMC Pregnancy and Childbirth, 2024; 24(1): 193.