Prescrição de psicofármacos em pacientes pediátricos: uma revisão de literatura
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Resumo
Objetivo: Analisar o padrão das prescrições dos psicofármacos em crianças, relacionando com a idade e gênero. Avaliando, assim, a existência ou não de prescrições inadequadas. Métodos: A abordagem metodológica deste trabalho se propõe a um compilado de pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa e caráter descritivo por meio de uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados National Library of Medicine, Biblioteca Virtual em Saúde e Directory of Open Access Journals. Os descritores utilizados foram “over prescribing”, “psychotropic drugs” e “child”. Os critérios de inclusão foram artigos de journal article, clinical trial, ensaios clínicos, randomizados ou não randomizados, estudos de caso-controle, estudo de coorte, livre acesso, publicados em inglês, português, espanhol, no intervalo de 2010 a 2021 e faixa etária de 2 a 18 anos. Resultados: Os psicofarmácos apresentados são os ansiolíticos, antipsicóticos, antidepressivos, antiepléticos e psicoestimulantes utilizados para controle dos comportamentos externalizantes e comportamentos internalizantes. Os externalizantes por sua vez são prevalentes em meninos mostrando divergência das prescrições e sintomatologia segundo as idades e sexo abordados. Considerações finais: Dessa forma, a prescrição de psicotrópicos é inadequada e indiscriminada na maioria dos casos, não respeitando as idades mínimas para prescrição, o diagnóstico e as indicação de cada medicamento e classe.
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