Condições de trabalho, hábitos de vida e hipertensão arterial sistêmica em médicos da atenção primária à saúde
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: O presente estudo buscou evidenciar a prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) autorreferida, as condições de trabalho e os hábitos de vida de médicos atuantes na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Essa pesquisa segue o desenho de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, utilizando-se questionários para coleta de dados. A população investigada foi composta por 13 médicos atuantes em nove Unidades de Saúde da Família atuantes na zona urbana de um município baiano de médio porte. Resultados: Os dados obtidos nesse estudo demonstram que a população estudada é composta majoritariamente por mulheres e a idade média encontrada foi de 37,69 anos, sendo que a maioria é de raça branca, solteiros, com renda média maior que seis salários mínimos e que trabalham mais de 60 horas semanais. Em relação ao estilo de vida, a maioria afirma ter algum problema de saúde e que não consomem álcool e nem tabaco. Os hábitos alimentares evidenciam uma alimentação com relevante teor de sódio e gorduras. Conclusão: Assim, ao levantar dados sobre as condições de trabalho, hábitos de vida e presença de HAS autorreferida nesse grupo, é possível identificar riscos ocupacionais e comportamentais, que servem de instrumento para futuras mudanças individuais e estruturais.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. AMPOS F et al. Estresse ocupacional e saúde mental no trabalho em saúde: desigualdades de gênero e raça. Cadernos Saúde Coletiva, 2022; 28: 579-589.
3. ANDRADE RCV, FERNANDES RCP. Hipertensão arterial e trabalho: fatores de risco. Rev Bras Med Trab., 2016; 14(3): 252-261.
4. AZIZ JL. Sedentarismo e hipertensão arterial. Revista Brasileira de Hipertensão, 2014; 21(2): 75-82.
5. BABU G, et al. Republished: is hypertension associated with job strain? A meta-analysis of observational studies. Postgraduate medical journal, 2014; 90(1065): 402-409.
6. BALDISSERA VDA, BUENO SMV. O lazer e a saúde mental das pessoas hipertensas: convergência na educação para a saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2012; 46: 380-387.
7. BARBOSA SP, et al. Aspectos que compõem o perfil dos profissionais médicos da estratégia saúde da família: o caso de um município polo de Minas Gerais. Revista Brasileira de Educação Médica, 2020; 43: 395-403.
8. BARROS DDS, et al. Médicos plantonistas de unidade de terapia intensiva: perfil sócio-demográfico, condições de trabalho e fatores associados à síndrome de Burnout. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 2008; 20: 235-240.
9. CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE (CNES). Consulta Estabelecimento: Vitória da Conquista, 2021. Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/pages/estabelecimentos/consulta.jsp. Acessado em: 14 de maio de 2021.
10. CASTRO ME, et al. Prevenção da hipertensão e sua relação com o estilo de vida de trabalhadores. Acta Paulista de Enfermagem, 2005; 18: 184-189.
11. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CREMESP). Perfil do médico paulista está em transformação. Revista Ser Médico, 2017; 81: 36.
12. DORNELES AB, et al. Padrão hormonal feminino na menopausa: parâmetros laboratoriais e consequências inestéticas. Revista Saúde Integrada, 2019; 12(24): 92-107.
13. FERNANDEZ-MENDOZA J, et al. Insônia com Sono de Curta Duração e Incidência de Hipertensão. Penn State Coorte. Rev Bras Hipertens, 2013; 20(2): 87-88.
14. FONTELLES MJ. Metodologia da Pesquisa Científica: Diretrizes para a Elaboração de um Protocolo de Pesquisa. Núcleo de Bioestatística Aplicado à pesquisa da Universidade da Amazônia. 2009.
15. GONSALEZ SR, et al. Atividade inadequada do sistema renina-angiotensina-aldosterona local durante período de alta ingestão de sal: impacto sobre o eixo cardiorrenal. Brazilian Journal of Nephrology, 2018; 40: 170-178.
16. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), 2020. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua). Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/rendimento-despesa-e-consumo/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?=&t=destaque. Acesso em 03 jun. 2020.
17. LAKATOS EM, MARCONI MA. Fundamentos da metodologia científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
18. MACHADO MC, et al. Concepções dos hipertensos sobre os fatores de risco para a doença. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2012; 17(5): 1357-1363.
19. MAGALHÃES C, et al. Tratado de Cardiologia SOCESP. 3° Edição. 2016: Editora Manole.
20. MALACHIAS MVB, et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2016; 107(3).
21. MARTIN RSS, et al. Influência do nível socioeconômico sobre os fatores de risco cardiovascular. Jornal Bras. Medicina, 2014; 102(2): 34-37
22. MATSUDO S, et al. Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): Estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Atividade Física e Saúde, 2001; 6(2): 5-18.20.
23. MIRANDA GMD, et al. O envelhecimento populacional brasileiro: desafios e consequências sociais atuais e futuras. Revista brasileira de geriatria e gerontologia, 2016; 19: 507-519.
24. MOREIRA HG, AVEZUM Á. Epidemiologia das Doenças Cardiovasculares no Brasil. In: SANTOS ES, et al. Tratado Dante Pazzanese de Emergências Cardiovasculares. 1º edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2016; 1-11.
25. NASCIMENTO CLS, et al. Médicos de UTI: prevalência da síndrome de Burnout, características sociodemográficas e condições de trabalho. Revista Brasileira de Educação Médica, 2010; 34(1): 106-115.
26. NOVAES EDM, et al. Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus entre trabalhadores da saúde: associação com hábitos de vida e estressores ocupacionais. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 2020; 45.
27. PAIXÃO R, ALELUIA IRS. Associação entre estresse ocupacional e agravos cardiovasculares: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, 2016; (2): 758-772.
28. PIMENTA AM, ASSUNÇÃO AA. Estresse no trabalho e hipertensão arterial em profissionais de enfermagem da rede municipal de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de saúde ocupacional, 2016; 41.
29. PURIM KSM, et al. Privação do sono e sonolência excessiva em médicos residentes e estudantes de medicina. Revista do colégio Brasileiro de cirurgiões, 2016; 43: 438-444.
30. RADOVANOVIC CAT, et al. Hipertensão arterial e outros fatores de risco associados às doenças cardiovasculares em adultos. Rev. Latino-Americana Enfermagem, 2014; 22(4): 547-53.
31. RIBEIRO CRF, et al. O impacto da qualidade do sono na formação médica. Rev Soc Bras Clínica Médica, 2014; 12(1): 8-14.
32. SCHEFFER MC, CASSENOTE ALF. A feminização da medicina no Brasil. Revista Bioética, 2013; 21(2): 268-277.
33. SCHEFFER MC, et al. Demografia Médica no Brasil 2020. Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP; Conselho Federal de Medicina, 2020.
34. SILVA MLB, BOUSFIELD ABS. Representações sociais da hipertensão arterial. Temas Psicologia Ribeirão Preto, 2016; 24(3): 895-909.
35. SOUSA MG. Tabagismo e Hipertensão arterial: como o tabaco eleva a pressão. Rev Bras Hipertens, 2015; 22(3): 78-83.
36. SOUZA DSM. Álcool e hipertensão, aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e clínicos. Revista Brasileira de Hipertensão, 2014; 21: 83-86.