Pré-eclâmpsia e mortalidade materna: relação entre fatores de risco, diagnóstico precoce e prevenção
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Discorrer sobre doenças hipertensivas na gestação e discutir os seus fatores de risco, diagnóstico e prevenção. Revisão bibliográfica: A morte materna caracteriza-se pelo óbito por complicações geradas ou agravadas pela gravidez durante a gestação, parto e puerpério. Dentre as causas destas complicações, a hipertensão gestacional está entre as principais, mesmo sendo potencialmente evitável. Estudos apontam uma associação significativa de baixo nível socioeconômico, idade materna, idade gestacional precoce e doenças crônicas prévias com desfechos maternos desfavoráveis. Apesar de não existirem medidas protetoras bem delimitadas, pesquisas apontam que a prevenção pode ser proporcionada pelo uso de aspirina, pela suplementação de cálcio e pelo acompanhamento contínuo da gestação. Quando não evitadas, as desordens hipertensivas demandam um diagnóstico precoce, o qual pode ser feito por meio de exames específicos, como a dosagem de metaloprotease ADAM12-S, e permite que intervenções obstétricas sejam tomadas para evitar desfechos maternos desfavoráveis. Idealmente, essas intervenções devem ser tomadas no cenário de um sistema de saúde capacitado, o que muitas vezes não é garantido. Considerações finais: Foi constatado que existem múltiplos indicadores para estabelecer fatores de risco, diagnóstico precoce e prevenção. Entretanto, mais estudos devem ser encorajados visando a criação de protocolos consolidados no manejo de grávidas hipertensas.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ASSIS TR, et al. Estudo dos Principais Fatores de Risco Maternos nas Síndromes Hipertensivas da Gestação. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2008; 91(1): 11-17.
3. BHERING N, et al. A Síndrome Semelhante a Pré-eclâmpsia induzida pela COVID-19: Uma Revisão da Literatura. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(2): 4493-4507.
4. BRITO K, et al. The prevalence of hypertensive syndromes particular pregnancy (GHS). Revista de pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 2015; 7(3).
5. COSTA ES, et al. As principais causas de morte maternas entre mulheres no Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2021; 13 (1): 5826-5826.
6. EL-SHERBINY W, et al. Metalloprotease (ADAM12-S) as a predictor of preeclampsia: correlation with severity, maternal complications, fetal outcome, and Doppler parameters. Hypertension in Pregnancy, 2012; 31(4): 442-450.
7. FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FIGO). THE INTERNATIONAL FEDERATION OF GYNECOLOGY AND OBSTETRICS (FIGO) initiative on pre‐eclampsia: A pragmatic guide for first‐trimester screening and prevention. 2019; 145(1): 1-33. Disponível em: https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/ijgo.12802. Acesso em: 27 de Julho de 2021.
8. GIORDANO JC, et al. The burden of eclampsia: results from a multicenter study on surveillance of severe maternal morbidity in Brazil. PLoS One. 2014; 9(5).
9. GOTTARDI E, et al. Preeclampsia before 26 weeks of gestation: Obstetrical prognosis for the subsequent pregnancy. J Gynecol Obstet Hum Reprod, 2021; 50(3).
10. HOFMEYR G, et al. Calcium supplementation during pregnancy for preventing hypertensive disorders and related problems. Cochrane Database Syst Rev, 2018; 10.
11. JING Y, et al. Potential Influence of COVID-19/ACE2 on the Female Reproductive System. Molecular Human Reproduction, 2020; 26(6): 367-373.
12. KAHHALE S, et al. Pré-eclâmpsia. Revista De Medicina, 2018; 97(2): 226-234.
13. KATSURAGI S, et al. Analysis of preventability of hypertensive disorder in pregnancy-related maternal death using the nationwide registration system of maternal deaths in Japan. Journal of maternal-fetal & neonatal medicine, 2019, 32(20): 3420-3426.
14. LECARPENTIER E, HADDAD B. Aspirin for the prevention of placenta-mediated complications in pregnant women with chronic hypertension. Journal of gynecology obstetrics and human reproduction, 2020, 49(9).
15. MAGED AM, et al. Maternal, fetal, and neonatal outcomes among different types of hypertensive disorders associating pregnancy needing intensive care management. J Matern Fetal Neonatal Med, 2020; 33(2): 314-321.
16. MAHRAN A, et al. Risck factors and outcome of patients with eclampsia at a tertiary hospital in Egypt. BMC Pregnancy and Childbirth, 2017, 17(1): 1-7.
17. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco. Brasília – DF: Brasil, 2022. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf. Acesso em 04 abr. 2022.
18. MARTINS ACS, SILVA LS. Perfil epidemiológico de mortalidade materna. Revista Brasileira de Enfermagem, 2018; 71: 677-683.
19. NETO HNM, et al. Fatores relacionados à ocorrência da hipertensão no período gestacional: uma revisão integrativa. Revista Ciência & Saberes-UniFacema, 2019; 4(3).
20. REZENDE GP, et al. Maternal and Perinatal Outcomes of Pregnancies Complicated by Chronic Hypertension Followed at a Referral Hospital. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2020; 42: 248-254.
21. RODRIGUES ARM, CAVALCANTE AES, VIANA AB. Mortalidade materna no Brasil entre 2006-2017: análise temporal. ReTEP, 2019; 11(1): 3-9.
22. SANTOS FPA, et al. A produção do cuidado a usuários com hipertensão arterial e as tecnologias em saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2013; 47(1): 107-114.
23. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA (SBC). Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Gravidez na Mulher Portadora de Cardiopatia. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/abc/v93n6s1/v93n6s1a17.pdf. Acesso em: 27 de Julho de 2021.
24. WALID SE, et al. Endothelial nitric oxide synthase (eNOS) (Glu298Asp) and urotensin II (UTS2 S89N) gene polymorphisms in preeclampsia: prediction and correlation with severity in Egyptian females. Hypertension in Pregnancy, 2013; 32(3): 292-303.
25. ZANETTE E, et al. Maternal near miss and death among women with severe hypertensive disorders: a Brazilian multicenter surveillance study. Reprod Health, 2014; 11(1): 1-11.