Atraso no desenvolvimento neurológico de neonatos sob cuidados intermediários: estudo de prevalência em um centro hospitalar
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Descrever a prevalência de atraso no desenvolvimento neurológico de prematuros internados em unidades de cuidados intermediários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, documental e quantitativo realizada nas Unidades de Cuidados Intermediários Convencionais de uma maternidade do Ceará. A coleta foi realizada com recém-nascidos internados com histórico de prematuridade. Foi preenchida uma ficha com dados relacionados à identificação da história clínica da mãe e dos bebês, e posteriormente eles foram submetidos a Hammersmith Neonatal Neurological Assessment (HNNE). Resultados: Foram incluídos no estudo 31 bebês, dentre eles 58,1% eram do sexo masculino. A idade média da mãe foi 28,32±7,05 anos e a idade gestacional média dos bebês foi 30,87±3,64 semanas. O desconforto respiratório foi a maior manifestação clínica ao nascer e 83,9% dos bebês passaram por intercorrências durante a internação, dentre elas destaca-se os quadros infecciosos. A maioria dos bebês fez uso de algum tipo de suporte ventilatório. As pontuações obtidas pela HNNE foram abaixo do ideal. Conclusão: Observou-se alta prevalência de atraso no desenvolvimento neurológico. Novos estudos devem ser conduzidos para elucidar fatores de causalidade para o problema em estudo e propositivas de prevenção e tratamento.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ALBERGARIA TFS, et al. Manual de Fisioterapia Pediátrica. Salvador-BA: Editora Sanar, 2019.
3. ALMEIDA BBP, et al. Idade materna e resultados perinatais na gestação de alto risco. Revista Nursing, 2018; 21(247).
4. ALMEIDA B et al. Prevalência e fatores associados aos óbitos em prematuros internados. Arq. Catarin Med., 2019; 48(4).
5. ALMEIDA LCGBS, et al. Incidência de cesarianas, suas indicações e a classificação de Robson em maternidades de alto risco de Alagoas. Research, Society and Development, 2022; 11(5).
6. ALVES ISG, et al. Trabalho de parto prematuro: condições associadas. Rev enferm UFPE online, 2021; 15.
7. ALVES FN. Impacto da segunda e terceira etapas do método canguru nas variáveis clínicas neonatais: o nascimento ao sexto mês de idade gestacional corrigida. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.
8. BALESTRA EVG, et al. O uso de drogas ilícitas na gravidez e as consequências para a mãe e para o feto. Braz. J. of Develop., 2020; 6(7).
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acessado em: 10 de junho de 2022.
10. BRASIL. Resolução CNS nº 466, 12 dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas de pesquisa envolvendo seres humanos. 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acessado em: 13 de junho de 2022.
11. CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL (COFFITO). Exame de Resolução COFFITO 10. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 1978. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=2767. Acessado em: 12 de junho de 2022.
12. CORRER MT. Tradução e adaptação cultural dos instrumentos: Hammersmith Neonatal Neurological Assessment (HNNE) e Hammersmith Infant Neurological Assessment (HINE); e validação do instrumento HNNE para lactentes brasileiros com risco de paralisia cerebral. 2020. Tese (Doutorado) - Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.
13. CUNHA AJLA, et al. Uso de corticosteroide antenatal no Brasil: análise dos dados da Pesquisa Nacional Nascer no Brasil. Rev Paul Pediatr, 2022; 40.
14. DA ROSA NP, et al. Fatores de riscos e causas relacionados à prematuridade de recém-nascidos em uma instituição hospitalar. Research, Society and Development, 2021; 10(9).
15. DUARTE IL, et al. Fatores preditores maternos e neonatais relacionados à prematuridade: estudo caso controle de base populacional em um município do interior de são Paulo. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2021; 25(2).
16. EUFRÁSIO LS, et al. Diferenças regionais brasileiras e fatores associados à prevalência de cesárea. Fisioter Mov, 2018; 31.
17. FERNANDES PTS, et al. Desenvolvimento neursopsicomotor de recém-nascidos prematuos: uma revisão sistemática. ConScientiae Saúde, 2017; 16(4).
18. FREITAS LS, et al. Avaliação neurológica de recém-nascidos de risco internados em Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal. Fisioterapia Brasil, 2022; 23(2).
19. GONÇALVES MOSS, et al. Fatores maternos relacionados à indicação de cesariana: uma revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Development, 2021; 7(1).
20. GUEDES RRL, et al. Perfil de prematuridade e adequação neonatal de peso em maternidade de minas gerais e comparação com literatura médica. Residência Pediátrica, 2020.
21. JANSEN FB, et al. Métodos de avaliação do desenvolvimento infantil. In: MADASCHI, V. et al. Desenvolvimento Infantil e Intervenção Precoce (livro eletrônico). Chapecó, SC: Instituto Inclusão eficiente, 2020.
22. LAWLOR GCO, et al. Caracterização de variáveis clínicas e do desenvolvimento motor de recém-nascidos prematuros. Rev. APS, 2018; 21(8).
23. MACEDO I, et al. O sexo masculino é fator de risco independente para pior desenvolvimento
neurológico na idade corrigida de 20 meses, em lactentes muito prematuros e alimentados com leite humano: estudo de coorte. Einstein, 2019; 17(3).
24. MENDES LJ, et al. Avaliação motora para prevenção de deficiências do bebê pré-termo e em risco de atraso no desenvolvimento. Rev. Interinst. Bras. Ter. Ocup, Rio de Janeiro, 2020; 4(5).
25. MERCURI E, et al. Neurologic examination of preterm infants at term age: comparison with term infants. The Journal of Pediatrics, 2003.
26. MORGADO PS. Influência do vínculo pais-bebê no desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido: Conhecimentos e práticas de Fisioterapeutas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia Materno-Infantil) – Faculdade de Fisioterapia, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2019.
27. MOSCHINI M, et al. Avaliação do desenvolvimento de crianças de 0 a 22 meses no acolhimento institucional: uma revisão de literatura. In: MADASCHI V, et al. Desenvolvimento Infantil e Intervenção Precoce. 1, Chapecó, SC: Instituto Inclusão eficiente, 2020.
28. PINHEIRO MR, CARR AMG. A eficácia do método mãe canguru em comparação aos cuidados convencionais em uma UTI Neonatal. Braz. J. Hea. Rev., 2019; 2(2).
29. PITILIN EB, et al. Fatores perinatais associados à prematuridade em unidade de terapia intensiva neonatal. Texto & Contexto-Enfermagem, 2021; 30.
30. PRAVIA CI, BENNY M. Long-term consequences of prematurity. Cleveland Clinic journal of medicine, 2020; 87(12).
31. REBELATO CTC, STUMM EMF. Analysis of pain and free cortisol of newborns in intensive therapy with therapeutic procedures. BrJP, São Paulo, 2019; 2(2).
32. SANTINO TA, et al. Atendimento Fisioterapêutico em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Revista Conexão UEPG, 2017; 13(3).
33. SANTOS LM, et al. Caracterização de nascidos vivos prematuros em um município do nordeste brasileiro. Rev Soc Bras Enferm Ped., 2021; 21(2).
34. SEGUNDO WGB, et al. A Importância das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) para os Recém-Nascidos Prematuros. Rev. Nova Esperança, 2018; 16(2).
35. SNYERS D, et al. La prématurité tardive: des nourrissons fragiles malgré les apparences. Revue medicale de Liege, 2020; 75(2).
36. SPITTLE AJ, et al. Neurobehaviour and neurological development in the first month after birth for infants born between 32–42 weeks' gestation. Early human development, 2016; 96.
37. TASSINARI CCR. Análise do uso de suporte ventilatório em recém-nascidos pré-termo internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Centro de Ciencias da Saúde. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2019.
38. TEIXEIRA LRM. et al. Prematuridade e sua relação com o estado nutricionale o tipo de nutrição durante a internação hospitalar. Ciênc. Méd. Biol., 2021; 20(4).