Perfil clínico-epidemiológico e tendência temporal da mortalidade por neoplasia de pele e tecidos moles no Brasil, entre 1999 e 2019
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Resumo
Objetivo: Analisar o perfil clínico-epidemiológico da mortalidade por neoplasia de pele e tecidos moles no Brasil, entre 1999 e 2019. Métodos: Estudo observacional da mortalidade por neoplasia maligna da pele, tecido mesotelial e tecidos moles (100.000) e as características socioeconômicas e assistencial no Brasil. Resultados: Houve aumento na mortalidade no período, para neoplasia da pele: Sul (1,6–3,8), Sudeste (1,1–2,3), Centro-Oeste (0,8–2), Nordeste (0,5– 2,1) e Norte (0,3–1,3), sobretudo, no Rio Grande do Sul (64,7/100mil); mesotelioma e tecidos moles: SU (0,8–1,8), S (0,9–1,7), CO (0,5–1,6), NO (0,5–1,4) e N (0,3–1), sendo Rio Grande do Norte (35,1/100mil). Às características socioeconômica, melhores indicadores para S, SU e CO; na assistência às três neoplasias, mortalidade maior em homens (36,2/100mil, 1,1/100mil e 23,5/100), maior 60 anos (205,1/100mil, 5,3/100mil e 105,6/100mil), raça branca (79,1%, 74,8% e 62,5%); ao câncer de pele e tecidos moles, sem histórico familiar (58,9% e 56,3%), grau I (76,9%-pele) e IV (36,9%-moles) e protocolo de tratamento cirúrgico (80% e 24,9%). Conclusão: Houve aumento da mortalidade, logo, corroboram-se a relevância de questões assistenciais de prevenção, diagnóstico e tratamento oportuno.
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