Índices de pulsatilidade e resistência da artéria uterina no segundo trimestre em gestantes com fator de risco para pré-eclâmpsia e sua associação com uso de ômega 3

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Juliana Barroso Zimmermmann
Caroline Souza e Silva
Sofia Machado Talma
Gabriel Duque Pannain
Marcus Gomes Bastos

Resumo

Objetivo: Avaliar o índice de resistência (IR) e índice de pulsatilidade (IP) das artérias uterinas em gestantes com fator de risco para pré-eclâmpsia (PE) e associação com a suplementação de ômega 3. Métodos: Tratou-se de um ensaio clínico, randomizado, 4 braços, com 169 gestantes. Elas foram submetidas à anamnese, exame físico e exame obstétrico com doppler da artéria uterina. O ômega foi utilizado na dosagem de 500 mg, associado ao tratamento previamente proposto, seja ácido acetil salicílico (AAS) ou Heparina + AAS quando as pacientes eram trombofílicas. Resultados: A média de idade foi de 33,2 + 5,53 anos, com média 2,36 + 1,42 gestações, 0,74 + 0,93 partos e 0,65 + 1,13 abortos. O índice de resistência médio das uterinas (MIR) foi de 0,60+0,16 e o índice de pulsatilidade médio (MIP) foi 1,03+ 0,43. A associação desses índices com o tipo de tratamento (AAS; AAS + ômega; Heparina + AAS e Heparina + AAS + ômega não se mostrou diferente (p>0,05). Conclusão: A suplementação do ômega em pacientes com fator de risco para PE não reduziu os IP e IR das uterinas. O uso do ômega 3 como profilaxia de PE deve ser questionado, já que não reduz esses índices.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
ZimmermmannJ. B., SilvaC. S. e, TalmaS. M., PannainG. D., & BastosM. G. (2022). Índices de pulsatilidade e resistência da artéria uterina no segundo trimestre em gestantes com fator de risco para pré-eclâmpsia e sua associação com uso de ômega 3. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(8), e10726. https://doi.org/10.25248/reas.e10726.2022
Seção
Artigos Originais

Referências

1. AMERICAN COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNECOLOGISTS (ACOG). Committee Opinion No. 638: First-trimester risk assessment for early-onset preeclampsia. Obstet Gynecol, 2015; 126: e25–e27.

2. ALLAIRE J, et al. A randomized, crossover, head-to-head comparison of eicosapentaenoic acid and docosahexaenoic acid supplementation to reduce inflammation markers in men and women: The Comparing EPA to DHA (ComparED) Study. Am J Clin Nutr, 2016; 104: 280-287.

3. ARTICO LG, et al. Alterações histopatológicas em placentas humanas relacionadas às síndromes hipertensivas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2009; 31(1): 10-16.

4. BATISTA AC, et al. The Role Played by Salicylic Acid and Omega 3 in the Placental Vascular Resistance Mechanism: A Pilot Stud. Clinics in Mother and Child Health, 2019;16(4):1-7.

5. BLOCK RC, et al. Aspirin and omega-3 fatty acid status interact in the prevention of cardiovascular diseases in Framingham Heart Study. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids, 2021; 169: 102283.

6. BLOCK RC, et al. Effects of aspirin in combination with EPA and DHA on HDL-C cholesterol and ApoA1 exchange in individuals with type 2 diabetes mellitus. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids, 2017; 126: 25-31.

7. BLOCK RC, et al. Effects of low-dose aspirin and fish oil on platelet function and NF-kappa B in adults with diabetes mellitus. Prostaglandins, leukotrienes, and essential fatty acids, 2013; 89(1): 9-18.

8. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância de Óbitos maternos. 2015. Disponível online: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidem_obito_materno.pdf. Acessado em: 22 de agosto de 2021.

9. BURCHAKOV DI, et al. Omega-3 Long-Chain Polyunsaturated Fatty Acids and Preeclampsia: Trials Say “No,” but Is It the Final Word? Nutrients, 2017; 15(9): e1364.

10. CORRÊA RR, et al. Placental morphometrical and histopathology changes in the different clinical presentations of hypertensive syndromes in pregnancy. Arch Gynecol Obstet, 2008; 277(3): 201-6.

11. DEVARSHI PP. Maternal Omega-3 Nutrition, Placental Transfer and Fetal Brain Development in Gestational Diabetes and Preeclampsia. Nutrients, 2019; 11(5): 1107.

12. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Manual de Assistência Pré-natal. 2014. Disponível em: https://www.abenforj.com.br/site/arquivos/manuais/304_Manual_Pre_natal_25SET.pdf. Acessado em: 22 de agosto de 2021.

13. FEREIDOONI B e JENABI E. The use of omega 3 on pregnancy outcomes: a single-center study. J Park Med Assoc, 2014; 64(12): 1363-5.

14. GADELHA COSTA A, et al. Indices de resistência e pulsatilidade das artérias uterinas no primeiro e segundo trimestres de gestações normais. Radiol Bras, 2010; 43(3): 161–165.

15. KEMSE N, et al. Maternal Micronutrients, Omega-3 Fatty Acids and Gene Expression of Angiogenic and Inflammatory M Markers in Pregnancy Induced Hypertension Rats. Arch Med Res, 2017; 48(5): 414-22.

16. MCLAUGHLIN K et al. Low molecular weight heparin for the prevention of severe preeclampsia: where next? Br J Clin Pharmacol, 2018; 84(4): 673-78.

17. NATIONAL INSTITUTE FOR HEALTH AND CARE EXCELLENCE (NICE). 2010. Hypertension in pregnancy: The management of hypertensive disorders during pregnancy. Disponível em: http://www.nice.org.uk/guidance/cg107/resources/guidance-hypertension-in-pregnancy-pdf. Acessado: 22 de abril de 2015.

18. OLAFSDOTTIR A, et al. Relationship between high consumption of marine fatty acids in early pregnancy and hypertensive disorders in pregnancy. Br. J. Obstet. Gynaecol, 2006; 113(3): 301-309.

19. POON LC, et al. Effect of Aspirin in Prevention of Preterm Preeclampsia in. Am J Obstet Gynecol, 2017; 217(5): 585.e1-585.e5.

20. RANI A, et al. Differential regional fatty acid distribution in normotensive and preeclampsia placenta. BBA Clin, 2015; 4: 21–6.

21. RANI A, et al. Omega 3 fatty acids ad risk of preeclampsia. Lipid Techonology, 2017; 29(5): 47–51.

22. ROBERGE S, et al. Aspirin for the prevention of preterm and term preeclampsia: systematic review and metanalyses. Am J Obstet Gynecol, 2018; 218(3): 287-93.

23. ROLNIK DL, et al. Aspirin versus placebo in pregnancies at high risk for preterm preeclampsia. N Engl J Med, 2017; 377: 613-22.

24. SANTOS ES, et al. Uso de ácidos graxos poli-insaturados durante a gestação: Um estudo bibliográfico. Rev Eletrônica Acervo Saúde, 2018; 11(1): e218.

25. SILVA BG, et al. Rastreio da pré-eclâmpsia utilizando as características maternas e a pressão arterial média de gestantes. Revista de Enfermagem atual In Derme, 2021; 95 (34): e021083.

26. WADHWANI N, et al. Altered maternal proportions of long chain polyunsaturated fatty acids and their transport leads to disturbed fetal stores in preeclampsia. Prostaglandins Leukot. Essent. Fat. Acids, 2014; 91: 21–30.

27. WIETRAK E, et al. Effect of docosahexaenoic acid on apoptosis and proliferation inthe placenta: Preliminary Report. Biomed Res Int, 2015; 2015: 482785.

28. ZHANG YP, et al. Send to DHA, EPA and their combination at various ratios differently modulated Aβ25-35-induced neurotoxicity in SH-SY5Y cells. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids, 2018;136: 85-94.

29. ZIMMERMMANN JB. Gestação de Alto Risco: do pré-natal ao puerpério. Curitiba. Ed CRV, 880p.