Risco da realização de musculação para o hábito do bruxismo: um estudo transversal
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Resumo
Objetivo: Avaliar a associação entre ansiedade e bruximos (de vigíla e do sono) em voluntários que praticam musculação. Métodos: Cento e dois voluntários responderam a quatro questionários: checklist de comportamentos orais para identificar a presença de bruxismo da vigília, classificação internacional de distúrbios do sono para diagnóstico do bruxismo do sono, transtorno de ansiedade generalizada (GAD-7) que verifica os níveis de sintomas de ansiedade e um último para caracterização do seu treino de musculação (motivo, frequência, periodicidade e período do treino, bem como a percepção de dor orofacial ou apertamento dentário durante o treinamento). Foi feita uma análise descritiva, teste de Pearson e Tukey (α = 0,05). Resultados: O apertamento dentário durante o treinamento e a percepção de dor orofacial após esta também atividade foi significativa (ρ = 0,36; p < 0,001). A prática de musculação para fins profissionais (ρ = 0,30; p = 0,005) e a frequência do treinamento (ρ = 0,40; p > 0,001) influenciaram na percepção da dor. O diagnóstico de bruxismo do sono apresentou correlação significativa com o bruxismo de vigília (ρ = 0,36; p < 0,001). O bruxismo do sono também foi associado com maiores níveis de sintomas de ansiedade (ρ = 0,36; p = 0,002). Conclusão: O apertamento dentário e a percepção de dor orofacial em pacientes que realizam musculação é influenciado pela frequência de treinamento.
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