Perfil epidemiológico dos casos notificados de gestantes com Zika vírus no estado do Maranhão

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Gabrielly de Assunção Cavalcante
Selma Fernanda Silva Arruda
Pamela Soares Santana de Macedo Antunes
Jessica da Silva Oliveira
Maria Rafaella Rodrigues Domingues da Costa
Murillo Afonso Lessa

Resumo

Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico dos casos notificados de gestantes com Zika vírus no estado do Maranhão, no período de 2016 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa, sendo utilizado como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: A amostra foi composta por 4680 gestantes com faixa etária entre 10 a 59 anos, sendo a faixa etária predominante de 20 a 39 anos com 2698 (57,65%) e a maioria dos casos notificados evoluíram para cura, representando 3900 (83,33%) das gestantes. Março foi o mês do primeiro sintoma que apresentou maior número de casos 1366 (29,19%). Foram confirmados 3485 (74,47%) gestantes com Zika vírus, sendo 2016 o ano que apresenta maior concentração de casos com 3921 (83,78%). Quanto ao diagnóstico, o critério mais utilizado foi o clínico-epidemiológico com 3789 (80,96%). Conclusão: Este estudo evidenciou a importância de traçar o perfil epidemiológico dos casos notificados de gestantes com Zika vírus no estado do Maranhão. Dessa maneira, conhecendo acerca do cenário epidemiológico e os fatores que contribuem significativamente para a construção de novos dados para a comunidade cientifica e a população de maneira geral.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CavalcanteG. de A., ArrudaS. F. S., AntunesP. S. S. de M., OliveiraJ. da S., CostaM. R. R. D. da, & LessaM. A. (2022). Perfil epidemiológico dos casos notificados de gestantes com Zika vírus no estado do Maranhão. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(10), e11002. https://doi.org/10.25248/reas.e11002.2022
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ARAÚJO AS. Análise espacial de casos prováveis de febre pelo Zika vírus no município de São Luís, Maranhão. Dissertação (Mestrado em Saúde e Ambiente) - Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2018; 94p.

2. ARAÚJO DM, et al. Perfil epidemiológico de gestantes com suspeita de febre pelo vírus zika. Estudos Avançados sobre Saúde e Natureza, 2021; 1.

3. BLÁZQUEZ AB, et al. Stress responses in flavivirus-infected cells: acetivation of unfolded protein response and autophagy. Frontiers in Microbiology, 2014; 5(266):1-7.

4. BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. Brasília; v. 150, n. 122, p. 59-62, 2012b. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acessado em: 15 de março de 2021.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 204, de 17 de fevereiro de 2016. Diário Oficial da União, Poder Executivo. 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html. Acessado em: 20 de outubro de 2021.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika. Secretaria de Atenção à Saúde. 2016.Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_resposta_microcefalia_relacionada_infeccao_virus_zika.pdf. Acessado em: 20 de outubro de 2021.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. 2016. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf. Acessado em: 12 de outubro de 2021.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Resumo executivo Saúde Brasil 2015/2016: uma análise da situação de saúde e da epidemia pelo vírus Zika e por outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde. 2017. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/resumo_saude_brasil_2015_2016.pdf. Acessado em: 20 de outubro de 2021.

9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude_5ed_21nov21_isbn5.pdf/@@download/file/Guia%20de%20Vigil%C3%A2ncia%20em%20Sa%C3%BAde_5ed_21nov21_isbn5.pdf. Acessado em: 12 de outubro de 2021.

10. BRASIL. Situação epidemiológica da infecção pelo vírus Zika no Brasil, de 2015 a 2017. Boletim epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde. 2018. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/novembro/12/2018-034.pdf. Acessado em: 12 de outubro de. 2021.

11. BRASIL. Situação epidemiológica da infecção pelo vírus Zika no Brasil, de 2015 a 2017. Boletim epidemiológico. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 2018. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/novembro/12/2018-034.pdf. Acessado em: 12 de outubro de 2021.

12. BRASIL. Epidemia do vírus Zika e microcefalia no Brasil: emergência, evolução e enfrentamento. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 2018. Disponível em:http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8282/1/td_2368.pdf. Acessado em: 17 de outubro de 2021.

13. BRASIL. Zika: abordagem clínica na atenção básica. Mato Grosso do Sul: Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, 2016. Disponível em: http://www.saude.pi.gov.br/uploads/warning_document/file/276/livro.pdf. Acessado em: 20 de outubro de 2021.

14. CHAGAS RRD. Aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais de pacientes com diagnóstico sugestivo de zika vírus atendidos em Duque de Caxias, RJ: uma análise pós-epidemia. Dissertação (Mestrado em Ciências Biomédicas) – Programa de pós-graduação em Biomedicina Translacional, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, 2019. 71p.

15. COELHO FC, et al. Higher incidence of Zika in adult women than adult men in Rio de Janeiro suggests a significant contribution of sexual transmission from men to women. International journal of infectious diseases. 2016; 51: 128-132.

16. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). 2016. Orientações e recomendações da FEBRASGO sobre a infecção pelo vírus zika em gestantes e microcefalia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/01-INFECCAO_PELO_VIRUS_ZIKA_EM_GESTANTES_E_MICROCEFALIA.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

17. GARCEZ PP, et al. Zika virus impairs growth in human neurospheres and brain organoids. Science. 2016; 352: 816-818.

18. LOPES N, et al. Características gerais e epidemiologia dos arbovírus emergentes no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 2014; 5(3): 55-64.

19. LOURO NDS, et al. Caracterização dos casos notificados de zika vírus em gestantes em um hospital da região centro-oeste. Enfermagem em foco. 2019; 10(4): 60-66.

20. LUZ KG, et al. Febre pelo vírus Zika. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2015; 24(4): 785-788.

21. MARTINS RS, et al. Perfil epidemiológico de uma coorte de gestantes sintomáticas com suspeita de Zika no estado de São Paulo, 2015-2018. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2021; 30 (3): e2020827.

22. MOTA RLD, FERREIRA LC. Incidência do vírus zika em Januária-MG. Revista Augustus. 2019; 24 (47): 167-177.

23. QIAN X, et al. Brain-Region-Specific Organoids Using Mini-bioreactors for Modeling ZIKV Exposure. Cell. 2016; 165(5): 1238-1254.

24. RODRIGUES MSP, et al. Repercussões da emergência do vírus Zika na saúde da população do estado do Tocantins, 2015 e 2016: estudo descritivo. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2020; 29(4): e2020096.

25. RUSSO FSO. Perfil epidemiológico das gestantes notificadas com Zika vírus em São José do Rio Preto.Dissertação (Mestrado em Psicologia e Saúde) - Programa de pós-graduação Stricto Sensu em Psicologia e Saúde da Família da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São Paulo, 2018; 67p.

26. SILVA AK.Infecção materna por zika vírus: caracterização da gestante e ocorrência de microcefalia. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 2018. 37p.

27. SIROHI D, KUHN RJ. Zika Virus Structure, Maturation, and Receptors, The Journal of Infectious Diseases, 2017; 216 (10): 935- 944.

28. SWANSTROM JA, et al. Dengue Virus Envelope Dimer Epitope Monoclonal Antibodies Isolated from Dengue Patients Are Protective against Zika Virus. ASM Journals, 2016; 7 (4).

29. VIANA DV, IGNOTTI E. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2013; 16 (2): 240-256.

30. VIANA LRC, et al. Arboviroses reemergentes: perfil clínico-epidemiológico de idosos hospitalizados. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2018; 52: e03403.

31. ZANLUCA C, et al. First report of autochthonous transmission of Zika virus in Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 2015; 110 (4): 569-572.