Síndrome alcoólica fetal no contexto de pós-pandemia da COVID-19
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Resumo
Objetivo: Traçar relação entre as consequências secundárias do pós-pandemia da COVID-19 e fatores de risco para o desenvolvimento dos transtornos do espectro alcoólico fetal (TEAF) e da síndrome alcoólica fetal (SAF). Revisão bibliográfica: No contexto atual de pós-pandemia é correto afirmar que houve um crescimento de alguns dos principais fatores que influenciam em um maior risco do desenvolvimento do TEAF. Dentre eles se tem um aumento do estresse e da ansiedade, que empobreceram a saúde mental e aumentaram o consumo de álcool, as taxas de desemprego aumentaram a insegurança alimentar e o impacto nos serviços de saúde diminuíram a realização de serviços básicos. Todos esses fatores já existiam, mas foram exacerbados pela pandemia, podendo ser considerados consequências secundárias dela. Considerações finais: A pandemia da COVID-19 certamente trouxe maior dificuldade para as gestações e aumentou fatores associados ao desenvolvimento de agravos do desenvolvimento como o TEAF e a SAF. Pesquisas a respeito da relação desses fatores, em contexto de pós-pandemia, relacionados a um crescimento de casos do TEAF e da SAF ainda são escassas, embora a relação exista. Isso deve ser avaliado, pois estes são agravos que comprometem permanentemente a vida das pessoas afetadas, mas são previsíveis e evitáveis.
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