Aplicação da classificação de Robson em uma maternidade de Manaus – Amazonas

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Marcela Rebouças Gouveia
Carlos Henrique Esteves Freire

Resumo

Objetivo: Avaliar a distribuição dos partos cesarianos realizados em uma maternidade de Manaus-AM segundo o Sistema de Classificação em Dez Grupos de Robson (RTGCS) e identificar quais os grupos que mais contribuíram para a taxa global de cesariana da instituição. Métodos: Estudo transversal retrospectivo descritivo incluindo todas as gestantes assistidas na maternidade do estudo no período de janeiro a junho de 2018. Resultados: Após análise de 1012 prontuários, a taxa global de cesariana foi de 38%. Os grupos 1, 3 e 5 representaram 83,5% da amostra, sendo o grupo 5 o que mais contribuiu para a taxa global de cesariana (34,5%) seguido pelo grupo 1 (28,8%) e grupo 2 (18,2%). Os grupos 2 e 4, apresentaram taxa de cesariana de 94,6% e 63%, respectivamente. Os grupos 6, 7, 8 e 9 contribuíram com 9,1% na taxa global de cesariana. Conclusão: A taxa global de cesariana está acima do recomendado pela OMS, refletindo tendência da realização de parto cesariano nas portadoras de cicatriz uterina anterior e relutância em não oferecer o parto por via vaginal nessa população. As taxas de cesarianas dos grupos 2 e 4 indicam a falta ou ausência da prática da indução do trabalho de parto.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GouveiaM. R., & FreireC. H. E. (2022). Aplicação da classificação de Robson em uma maternidade de Manaus – Amazonas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 15(11), e11336. https://doi.org/10.25248/reas.e11336.2022
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABDO AA, et al. Caesarean section rates analysed using Robson’s 10-Group Classification System: a cross-sectional study at a tertiary hospital in Ethiopia. BMJ Open, 2020; 10(10): e039098.

2. ALMEIDA D, et al. Análise da taxa de cesarianas e das suas indicações utilizando a classificação em dez grupos. Revista de Pediatria do Centro Hospitalar do Porto. [S.l: s.n.]. Disponível em: . 2014.

3. ANS. 2019. Agência Nacional de Saúde Suplementar - Taxas de partos cesáreos por operadora de plano de saúde. Disponível em: http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/informacoes-e-avaliacoes-de-operadoras/taxas-de-partos-cesareos-por-operadora-de-plano-de-saude. Acessado em: 25 de outubro de 2020.

4. BETRÁN AP, et al. A systematic review of the Robson classification for caesarean section: What works, doesn’t work and how to improve it. PLoS ONE, 2014; 9(6): 1–10.

5. BÉTRAN AP, et al. Rates of caesarean section: analysis of global, regional and national estimates. Paediatr Perinat Epidemiol., 2007; 21(2): 98-113.

6. BETRÁN AP, et al. WHO global survey on maternal and perinatal health in Latin America: Classifying caesarean sections. Reproductive Health, 2009; 6(1): 4–11.

7. BRASIL. DATASUS, SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE NATALIDADE. Estatística de partos por Unidade da Federação. 2018. Disponível em:. Acesso em: 18 out 2020.

8. CHONG C, et al. Changing trends of cesarean section births by the Robson Ten Group Classification in a tertiary teaching hospital. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, 2012; 91(12): 1422–1427.

9. DIAS MA, et al. Trajetória das mulheres na definição pelo parto cesareo: estudo de caso em duas unidades do sistema de saúde suplementar do Estado do Rio de Janeiro. Cien Saude Colet. 2008;13(5):1521-34.

10. FREIRE CHE, SOUZARAT. Use of Robson ten group system as a tool for evaluating delivery assistance in a maternity in amazon. Oral/Free Communication Session Abstracts, 2018; 143: 297.

11. KELLY S, et al. Examining Caesarean Section Rates in Canada Using the Robson Classification System. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, 2013; 35(3): 206–214.

12. LE RAY C, et al. Classification de Robson: Unoutil d’évaluationdes pratiques de césarienne en France. Journal de Gynecologie Obstetrique et Biologie de la Reproduction, 2015; 44(7): 605–613.

13. MOURA VDA, FEITOSA FEL. Avaliação de cesáreas na Maternidade Escola Assis Chateaubriand utilizando o sistema de classificação de Robson em dez grupos. Revista de Medicina da UFC, 2017; 57(1): 25.

14. NAKAMURA-PEREIRA M, et al. Use of Robson classification to assess cesarean section rate in Brazil: The role of source of payment for childbirth. Reproductive Health, 2016; 13: 128.

15. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. 2015. Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. Human Reproduction Programme, p. 1–8, 2015. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_por.pdf?sequence=3#:~:text=Baseados%20na%20revis%C3%A3o%20sistem%C3%A1tica%20da,valores%20e%20redu%C3%A7%C3%A3o%20da%20mortalidade. Acessado em: 25 de outubro de 2020.

16. PAULO MC, et al. Aplicabilidade da Classificação de Robson na avaliação das cesarianas na maternidade escola de Valença -RJ. Rev. Saber Digital, 2021; 14(2): 56-68.

17. ROBERGE S, et al. Reporting Caesarean Delivery in Quebec Using the Robson Classification System. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, 2017; 39(3): 152–156.

18. ROBSON M, et al. Methods of achieving and maintaining an appropriate caesarean section rate. Best Practice and Research: Clinical Obstetrics and Gynaecology, 2013; 27(2): 297–308.

19. ROBSON MS. Can we reduce the caesarean section rate? Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol 2001;15(01):179–194.

20. ROBSON MS. Classification of caesarean sections. Fetal and Maternal Medicine Review, 2001; 12(1): 23–39.

21. SILVA CHM, LARANJEIRA CLS. Use of the Robson Classification System for the Improvement and Adequacy of the Ways of Delivery in Maternities and Hospitals. An Opportunity to Reduce Unnecessary Cesarean Rates. Rev Bras Ginecol Obstet 2018; 40:377–378.

22. TORLONI MR, et al. Classifications for cesarean section: A systematic review. PLoS ONE, 2011; 6(1):e14566.

23. WHO. Robson Classification: Implementation Manual. Geneva: World Health Organization; 2017. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO.

24. ZHANG J, et al. Caesarean section rates in subgroups of women and perinatal outcomes. BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, 2016; 123(5): 754–761.