Doença celíaca: etiologia e relação com ansiedade e depressão
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar a etiologia da doença celíaca, assim como a prevalência de pacientes celíacos com diagnóstico de ansiedade e depressão. Revisão Bibliográfica: Pesquisas apontam que a doença celíaca apresenta tanto sintomas clássicos intestinais como sintomas não clássicos, ou extraintestinais, incluindo anemia ferropriva, fadiga e cefaleia/distúrbios psiquiátricos, entre outros. Devido à falta de conhecimento dessas diversas manifestações atípicas, podem ocorrer atrasos no diagnóstico, levando a diminuição da qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a dieta livre de glúten e o estilo de vida mais restritivo também podem ser fatores contribuintes para o desenvolvimento de ansiedade e depressão, devido a sensações de privação e de evasão social, podendo comprometer o relacionamento interpessoal desses indivíduos. Considerações finais: O único tratamento é uma dieta isenta de glúten, o que pode comprometer a absorção de nutrientes essenciais, e favorecer o aparecimento de sintomas psiquiátricos, colaborando para uma relação positiva entre a doença celíaca e o desenvolvimento de ansiedade e depressão.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ARAÚJO HMC, et al. Celiac disease, eating habits and practices and life quality of life. Revista de Nutrição, 2010; 23(3): 467-474.
3. ASHTARI S, et al. Prevalence of celiac disease in low and high risk population in Asia–Pacific region: A systematic review and meta-analysis. Scientific Reports, 2021; 11(1) 1-13.
4. BARBERIS N, et al. Relationship between motivation, adherence to diet, anxiety symptoms, depression symptoms and quality of life in individuals with celiac disease. Journal of Psychosomatic Research, 2019; 124: e109787.
5. BELEI O, et al. Histologic recovery among children with celiac disease on a gluten-free diet. A long-term follow-up single-center experience. Archives of medical science: AMS, 2018; 14(1): 94.
6. BEN HT e ADMOU B. Celiac disease: Understandings in diagnostic, nutritional, and medicinal aspects. International Journal of Immunopathology and Pharmacology, 2021; 35.
7. BESSA CC, et al. Health control for celiac patients: an analysis according to the Pender Health Promotion model, Texto & contexto enfermagem, 2020, 29: e2080420.
8. Brasil. Lei n. 10.674, de 16 de maio de 2003. Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca.
9. CALDAS F, et al. Estudo da prevalência sorológica de doença celíaca em pacientes com Diabetes do tipo 1, 2005.
10. CANNINGS-JOHN R, et al. A case-control study of presentations in general practice before diagnosis of coeliac disease. British Journal of General Practice, 2007; 57: 636-642.
11. DOS SANTOS A, RIBEIRO C. Percepções de doentes celíacos sobre as consequências clínicas e sociais de um possível diagnóstico tardio na doença celíaca. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, 2019; 14: 33310.
12. FALCOMER A, et al. Gluten contamination in food services and industry: A systematic review. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2020; 60(3): 479-493.
13. FUCHS V, et al. Delayed celiac disease diagnosis predisposes to reduced quality of life and incremental use of health care services and medicines: A prospective nationwide study. United European Gastroenterology Journal, 2018; 6(4): 567-575.
14. FUEYO-DÍAZ R, et al. Influence of Compliance to Diet and Self-Efficacy Expectation on Quality of Life in Patients with Celiac Disease in Spain. Nutrients, 2020; 12(9): 2672.
15. GUTOWSKI ED, et al. Can individuals with celiac disease identify gluten-free foods correctly?. Clinical Nutrition ESPEN, 2020; 36: 82-90.
16. JERICHO H, et al. Extraintestinal manifestations of celiac disease: effectiveness of the gluten-free diet. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 2017; 65(1): 75-79.
17. KING JA, et al. Incidence of celiac disease is increasing over time: a systematic review and meta-analysis. Official journal of the American College of Gastroenterology| ACG, 2020; 115(4): 507-525.
18. LEBWOHL B e RUBIO-TAPIA A. Epidemiology, presentation, and diagnosis of celiac disease. Gastroenterology, 2020.
19. LINDFORS K, et al. Coeliac disease. Nature Reviews Disease Primers, 2019; 5(1) 1-18.
20. LIONETTI E e CATASSI C. Co-localization of gluten consumption and HLA-DQ2 and-DQ8 genotypes, a clue to the history of celiac disease. Digestive and Liver Disease, 2014; 46(12): 1057-1063.
21. LOSOWSKY MS. A history of coeliac disease. Digestive Diseases, 2008; 26(2): 112-120.
22. LUIZ SF, et al. Análise de glúten em produtos industrializados rotulados como isentos de glúten. Alimentos: Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, 2020; 1(9): 1-14.
23. MARSH MN. Gluten, major histocompatibility complex, and the small intestine: a molecular and immunobiologic approach to the spectrum of gluten sensitivity (‘celiac sprue’). Gastroenterology, 1992; 102(1) 330-354.
24. MATOS SR. As implicações psicossociais geradas pelo tratamento e diagnóstico da doença celíaca. 2015.
25. MURPHY AK, et al. Celiac Disease in an Adult Presenting as Behavioral Disturbances. The American Journal of Case Reports, 2020; 21: e928337.
26. PAEZ MA, et al. Delay in diagnosis of celiac disease in patients without gastrointestinal complaints. The American Journal of Medicine, 2017; 130(11): 1318-1323.
27. PENNY HA, et al. Non-responsive coeliac disease: a comprehensive review from the NHS England National Centre for Refractory Coeliac Disease. Nutrients, 2020; 12(1) 216.
28. PYNNÖNEN PA, et al. Gluten-free diet may alleviate depressive and behavioural symptoms in adolescents with coeliac disease: a prospective follow-up case-series study. BMC psychiatry, 2005; 5(14).
29. RAMÍREZ-SÁNCHEZ AD, et al. Molecular Biomarkers for Celiac Disease: Past, Present and Future. International Journal of Molecular Sciences, 2020; 21(22): 8528.
30. ROCHA S, et al. The psychosocial impacts caused by diagnosis and treatment of Coeliac Disease. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 2016; 50(1): 65-70.
31. RUBIO-TAPIA A, et al. Mucosal recovery and mortality in adults with celiac disease after treatment with a gluten-free diet. American Journal of Gastroenterology, 2010; 105(6): 1412-20.
32. SELLESKI N, et al. Evaluation of Quality of Life of Adult Patients with Celiac Disease in Argentina: From Questionnaire Validation to Assessment. International Journal of Environmental Research and Public Health, 2020; 17(19): 7051.
33. SINGH P, et al. Global Prevalence of Celiac Disease: Systematic Review and Meta-analysis. Clinical Gastroenterology and Hepatology, 2018; 16(6) :823-836.e2.
34. SLIM M, et al. Psychiatric comorbidity in children and adults with gluten-related disorders: a narrative review. Nutrients, 2018; 10(7): 875.
35. TAN IL, et al. Non-classical clinical presentation at diagnosis by male celiac disease patients of older age. European Journal of Internal Medicine, 2021; 83: 28-33.
36. THERRIEN A, et al. Celiac disease: extraintestinal manifestations and associated conditions. Journal of Clinical Gastroenterology, 2020; 54(1): 8.
37. UENISHI RH. Avaliação e utilidade dos biomarcadores não invasivos IFABP e REG1α no monitoramento da destruição e da regeneração do epitélio intestinal em pacientes celíacos antes e depois da dieta sem glúten. 2017.
38. VAN BERGE-HENEGOUWEN GP e MULDER CJ. Pioneer in the gluten free diet: Willem-Karel Dicke 1905-1962, over 50 years of gluten free diet. Gut, 1993; 34(11)1473.
39. VAN BUITEN CB e ELIAS RJ. Gliadin Sequestration as a Novel Therapy for Celiac Disease: A Prospective Application for Polyphenols. International Journal of Molecular Sciences, 2021; 22(2): 595.
40. VAN HEES NJ, et al. Coeliac disease, diet adherence and depressive symptoms. Journal of Psychosomatic Research, 2013; 74(2): 155–160.