Mortalidade por doença isquêmica do coração: fatores de riscos e prevenção existentes nas capitais do Brasil no período de 2011 a 2021

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Vitória Luciana Gomes
Arthur Almeida Colares
Jullia Silva Vieira
Maria Eduarda Freitas Silva
Maya Abdon D' Oliveira Eluan Lima
Rafaela Gonçalves Sarraff
Roberta Ribeiro de Matos
Thaila Maria Barros Oliveira
Maria Helena Cruz Rodrigues

Resumo

Objetivo: Avaliar o perfil da mortalidade por doenças isquêmicas do coração no Brasil e seus fatores de risco e proteção entre 2011 a 2021. Métodos: Estudo transversal das características epidemiológicas dos óbitos por doença isquêmica do coração e os fatores de riscos e proteção associados. Resultados: Houve maiores registros de DIC (Doença Isquêmica do Coração) e menor atividade física no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Campo Grande, Florianópolis e Natal. Referente aos fatores de riscos, prevalece: dislipidemia de 23% em Natal; hipertensão (29.5%-Rio de Janeiro); tabagismo (15.5%-Porto Alegre); fumante (11.2%-Rio Branco); diabetes (9%-Rio de Janeiro); etilismo (21.4%-Cuiabá); obesidade (22.2%-Manaus/N); alimentos ultraprocessados (24.4%-Porto Alegre). Houve maior óbito em homens (58.5%) >65 anos, prevalentes também para atividade física (43.7%) entre 18-24 anos (49.2%). Aos fatores de riscos, hipertensão (26.9%), fumante (9.2%), diabetes (19.6%) e obesidade (19.6%) entre mulheres; e para masculino, tabagismo (13.4%), etilismo (25.9%) e ultraprocessados (20.1%). No geral, houve prevalência para DIC I21 (80.9%); por sexo, todos os DIC nos homens, exceto DIC I23. Conclusão: Por capital é notável influência da atividade física na DIC (doença isquêmica do coração), contudo, tal fator não deve ser considerado exclusivo, sendo necessário rever os hábitos entre os brasileiros.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
GomesV. L., ColaresA. A., VieiraJ. S., SilvaM. E. F., LimaM. A. D. O. E., SarraffR. G., MatosR. R. de, OliveiraT. M. B., & RodriguesM. H. C. (2023). Mortalidade por doença isquêmica do coração: fatores de riscos e prevenção existentes nas capitais do Brasil no período de 2011 a 2021. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(3), e11809. https://doi.org/10.25248/reas.e11809.2023
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ACUÑA M, et al. Estrogen therapy and primary cardiovascular prevention. Revista Chilena de Obstetrícia e Ginecologia, 2019; 84: 514-524.

2. ALVES JED. População e transição demográfica no Brasil: 1800-2100. EcoDebate, 2021.

3. ALCÂNTARA PPT, et al. Implantação do programa academia da saúde no semiárido brasileiro: limites e desafios para a gestão. Revista De Políticas Públicas, 2020; 19(1).

4. AZEVEDO MR, et al. Gender differences in leisure-time physical activity. Int J Pub He, 2007; 52(1): 8-15.

5. BATISTA JFC, et al. Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração e cerebrovasculares no Brasil de 1980 a 2018. Research, Society and Development, 2021; 10(8).

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Gula alimentar Para a População Brasileira. 2, ed. 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

7. BRASIL. Portaria Gm/Ms Nº 2.101, De 30 De Junho De 2022. Credencia polos do Programa Academia da Saúde ao recebimento do incentivo financeiro de custeio, 2022.

8. DIAS JL, et al. Análise epidemiológica de infarto agudo do miocárdio e outras doenças isquêmicas do coração no Brasil nos últimos 10 anos. Revista de Saúde, 2022; 13(1).

9. GERHARD M, et al. Estradiol therapy combined with progesterone and endothelium-dependent vasodilation in postmenopausal women. Circulation, 1998; 98(12): 1158-63.

10. GOMES R, et al. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad Saúde Pública, 2007; 23(3): 565-74.

11. JESUS GDS, et al. Body Adiposity and Apolipoproteins in Children and Adolescents: A Meta-Analysis of Prospective Studies. Arq Bras Cardiol, 2022; 115(2): 163-171.

12. LOSORDO DW, et al. Variable expression of the estrogen receptor in normal and atherosclerotic coronary arteries of premenopausal women. Circulation, 1994; 89(4): 1501-10.

13. LOVRE D, et al. Effect of menopausal hormone therapy on components of the metabolic syndrome. Ther Adv Cardiovasc Dis, 2016; 11: 33–43.

14. MACENO LK, et al. Fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em jovens adultos. Brazilian Journal of Health Review, 2022; 5(1).

15. MALTA DC, et al. Doenças crônicas não transmissíveis e mudanças nos estilos de vida durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Rev Bras Epidemiol, 2021; 24.

16. MALTA DC e SILVA JB. Policies to promote physical activity in Brazil. Lancet, 2012.

17. MANSON JE, et al. Terapia hormonal menopáusica e mortalidade por todas as causas e causas específicas a longo prazo: Ensaios randomizados da Women's Health Initiative. JAMA, 2017; 318: 927- 938.

18. MEHTA J, et al. Risks, benefits, and treatment modalities of menopausal hormone therapy: current concepts. Frontiers in Endocrinology, 2021; 12.

19. MIELKE GI, et al. Atividade física de lazer na população adulta brasileira: Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. Rev Bras Epidemiol, 2021; 24: E210008.SUPL.2.

20. MIELKE GI, et al. Shifting the Physical Inactivity Curve Worldwide by Closing the Gender Gap. Sports Med, 2018.

21. MIR D, et al. Malignant hypertension in association with low estrogen dose oral contraceptives: Case report and review of literature. Cureus, 2018; 13: e2978.

22. OLIVEIRA GMM, et al. Estatística Cardiovascular – Brasil. Arq Bras Card., 2020; 115(3).

23. PEREZ JDE. Comportamento clínico-epidemiológico da doença isquêmica do coração de pacientes atendidos na unidade de saúde Jardim Lider do município Marechal Cândido Rondon, Paraná. Monografia (Especialização Multiprofissional na Atenção Básica). Universidade Federal de Santa Catarina, 2019.

24. PINHEIRO DS e JARDIM PCB. Mortalidade por Doença Isquêmica do Coração no Brasil - Disparidades no Nordeste. Arq Bras Cardiol, 2021; 117(1): 61-62.

25. SALIM S, et al. Heart disease and Stroke Statistics – 2021. American Heart Association Circulation, 2021; 143(8).

26. SANTANA FBA, et al. Tendência Temporal da Mortalidade por Doenças Isquêmicas do Coração no Nordeste brasileiro (1996–2016): Uma Análise Segundo Gênero e Faixa Etária. Arq Bras Cardiol, 2021; 117(1): 51-60.

27. SWICA Y, et al. Effects of oral conjugated equine estrogens with or without medroxyprogesterone acetate on incident hypertension in the Women's Health Initiative hormone therapy trials. Menopause, 2018; 25: 753- 761.

28. SILVA ICM, et al. Overall and Leisure-Time Physical Activity Among Brazilian Adults: National Survey Based on the Global Physical Activity Questionnaire. J Phys Act Health, 2018; 15(3): 212-18.

29. SIQUEIRA BPJ, et al. Men and health care in the social representations of health professionals. Esc Anna Nery, 2014; 18(4): 690-6.

30. SOUZA RJ, et al. Intake of saturated and trans unsaturated fatty acids and risk of all-cause mortality, cardiovascular disease, and type 2 diabetes: systematic review and meta-analysis of observational studies. BMJ, 2015; 351: h3978.

31. SOUZA L. Consumo de alimentos ultraprocessados. Agência Brasil, 2020.

32. WAKATSUKI A, et al. Effect of medroxyprogesterone acetate on endothelium-dependent vasodilation in postmenopausal women receiving estrogen. Circulation, 2001; 104(15): 1773-8.

33. WENDT A, et al. Preferências de atividade física em adultos brasileiros: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde, 2019; 24.

34. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global action plan on physical activity 2018–2030: more active people for a healthier world. Geneva: World Health Organization; 2018.