Profilaxia com vitamina K para prevenção da doença hemorrágica do recém-nascido
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Resumo
Objetivo: Revisar a doença hemorrágica do recém-nascido, os diferentes esquemas de profilaxia com vitamina K existentes e seus impactos na morbimortalidade dos recém-nascidos devido a recusa parental. Revisão bibliográfica: Os recém-nascidos apresentam maior risco para evoluir com sangramentos devido a algumas peculiaridades, como: má transferência placentária para o feto no pré-natal, níveis reduzidos de fatores de coagulação dependentes de vitamina K e menor capacidade de armazenamento. O sangramento por deficiência de vitamina K pode ser categorizado com base no tempo de início (precoce, clássico e tardio) e na etiologia (idiopática ou secundária). Diante disso, desde 1961 a Academia Americana de Pediatria recomenda a administração de injeção intramuscular (IM) única na dose de 0.5 a 1.0 mg de vitamina K após o nascimento a todos os recém-nascidos. Embora essa profilaxia seja universalmente recomendada, foi observado que a prevenção usando a via oral tornou-se mais difundida devido a uma recusa parental crescente nas últimas décadas. Considerações finais: Foi constatado que o método tradicional por via intramuscular ainda apresenta menores índices de hemorragias tardias e morbimortalidade em relação à terapia oral.
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