Mapeamento socioeconômico, demográfico e geográfico da hanseníase no estado de Mato Grosso
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Resumo
Objetivo: Caracterizar socioeconômica e geograficamente a hanseníase e seu mecanismo de disseminação no estado de Mato Grosso. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico que utilizou dados do Sinan, IBGE, dados do e-Gestor Atenção Básica e 16 artigos científicos para identificar a evolução da doença no estado entre 2001 e 2022, a partir da avaliação populacional total de 80.190 diagnósticos. Resultados: Supõe-se que alguns dos fatores propulsores da endemicidade hansênica de Mato Grosso sejam o subdiagnóstico, a migração histórica e o acesso desigual aos serviços de saúde. As macrorregiões do estado mais atingidas são o Centro-Oeste e o Norte, enquanto que os municípios mais afetados são Cuiabá, Sinop e Várzea Grande. Em 2018, iniciou-se um pico de casos em Mato Grosso, com progressiva queda a partir de 2021, com a manutenção de significativos problemas sociais e sanitários e possibilidade de aumento de diagnósticos precoces. Conclusão: A evolução da Hanseníase no estado do Mato Grosso contou com fatores propulsores que justificam a grande prevalência e distribuição endêmica da doença no estado, o que leva a importância da caracterização socioeconômica, demográfica e geográfica da hanseníase e seu mecanismo de disseminação no estado.
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