Cerclagem cervical como moduladora da idade gestacional ao parto em gestantes com insuficiência istmo-cervical

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Amanda Lílice Valle Reis
Ana Elisa de Castro Ferreira
Isabela Mika de Oliveira Misaka
Jaqueline Maria Rezende da Fonseca
Rafaela Aparecida Corrêa Monjardim Araújo
Samara Oliveira de Menezes
Laura Alcântara Damianse
Sofia Machado Talma
Tauane Larissa Menão
Juliana Barroso Zimmermmann

Resumo

Objetivo: Avaliar a cerclagem cervical como moduladora da idade gestacional no parto. Métodos: Tratou-se de uma coorte histórica onde foram estudadas 93 gestantes, sendo 43 com IIC e cercladas pela técnica de Mac Donald e 50 gestantes do baixo risco obstétrico. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina de Barbacena. Resultados: A média de idade das pacientes foi de 29,40 + 7,1 e as médias de gestações, partos e abortos foram respectivamente de 2,54 +1,91, 0,79 +1,22 e 0,77+ 1,2, entretanto, quando se comparou os grupos identificou-se que as gestantes com maior número de gestações (p<0,001), partos (p<0,001) e abortos (p<0,001) eram aquelas que tinham IIC. A cerclagem foi realizada com média de 12,50 + 0,93 semanas, mas a idade gestacional ao parto foi menor quando comparadas com as gestantes de baixo risco obstétrico (37,50 + 1,62 x 38,40 + 19,5; p=0,03). Conclusão: Apesar das pacientes cercladas apresentarem média de idade gestacional menor quando comparadas com as gestantes de baixo risco, a média dessa idade gestacional está dentro da faixa de feto a termo, o que demonstra que a cerclagem modula positivamente a idade gestacional no parto em gestantes com IIC.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
ReisA. L. V., FerreiraA. E. de C., MisakaI. M. de O., FonsecaJ. M. R. da, AraújoR. A. C. M., MenezesS. O. de, DamianseL. A., TalmaS. M., MenãoT. L., & ZimmermmannJ. B. (2023). Cerclagem cervical como moduladora da idade gestacional ao parto em gestantes com insuficiência istmo-cervical. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(5), e12608. https://doi.org/10.25248/reas.e12608.2023
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ADEWOLE N, et al. A five-year survey of cervical cerclage at a Nigerian Tertiary Hospital. J Gynaecol Reprod Med, 2018; 2(1): 1-5.

2. ALVES APVD. Associação entre fatores genéticos e risco aumentado de prematuridade em pacientes com antecedente de incompetência cervical. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016; 120 p.

3. BERGHELLA V, et al. Transvaginal cervical cerclage: evidence for perioperative management strategies. Am J Obstet Gynecol, 2013; 209(3): 181-192.

4. BOLLA D, et al. Laparoscopic Cerclage as a Treatment Option for Cervical Insufficiency. Geburtshilfe Frauenheilkd., 2015; 75(8): 833-838.

5. BROWN R, et al. Cervical Insufficiency and Cervical Cerclage, J Obstet Gynaecol Can, 2013; 35(12): 1115–1127.

6. BROWN R, et al. No. 373-Cervical Insufficiency and Cervical Cerclage. J Obstet Gynaecol Can., 2019; 41(2): 233-247.

7. CHEN R, et al. Pregnancy outcomes and factors affecting the clinical effects of cervical cerclage when used for different indications: a retrospective study of 326 cases. Taiwan J Obstet Gynecol, 2020; 59:(1): 28-33.

8. DIAS BAS, et al. Prematuridade recorrente: dados do estudo “Nascer no Brasil. Rev Saúde Pública, 2022; 56(7).

9. KHALIL A, et al. Maternal age and adverse pregnancy outcome: a cohort study. Ultrasound Obstet Gynecol., 2013; 42(6): 634-43.

10. GLUCK O, et al. Obstetrical outcomes of emergency compared with elective cervical cerclage. J Matern Fetal Neonatal Med., 2017; 30(14): 1650-1654.

11. GOMES ALFM, et al. Incompetência istmocervical: atualização, Rev. Med Minas Gerais, 2012; 22 (Supl 5): S67-S70.

12. GONÇALVES ZR e MONTEIRO DLM. Maternal complications in women with advanced maternal age. FEMINA, 2012; 40(5):275-279.

13. HE D e ZHAO D. Analysis of the Timing of Cervical Cerclage Treatment in Pregnant Women with Cervical Insufficiency, and the Effect on Pregnancy Outcome. Emerg Med Int., 2022; 8340009.

14. LEE KN, et al. History-indicated cerclagem: the association between previous preterm history and cerclagem outcome, Obstet Gynecol Sci; 2018; 61(1): 23-29.

15. LISONKOVA S, et al. Does advance maternal age confer a survival advantage to infants born at early gestation? BMC Pregnancy Childbirth, 2013; 8(13): 87.

16. MATTAR R. A cerclagem para prevenção da prematuridade: para quem indicar? Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 2006; 28(3): 139-142.

17. MENG L, et al. Identification of risk factors for incident cervical insufficiency in nulliparous and parous women: a population-based case-control study. BMC Medicine, 2022; 20: 348.

18. MONTORI GM, et al. Advanced maternal age and adverse pregnancy outcomes: A cohort study. Taiwan J Obstet Gynecol., 2021; 60(1): 119-124.

19. RODRIGUES LC, et al. Caracterização da gravidez com insuficiência istmocervical. Revista B

20. ROMAN A, et. al. Physical examination–indicated cerclage in twin pregnancy: a randomized controlled trial. Am J Obstet Gynecol, 2020; 223(6): e1-e11.

21. ROZAS A e SAMPAIO NETO L. Incompetência Cervical. Rev Fac Ciênc Méd., 2003; 5(2): 1-9.

22. SHENNAN AH, et al. Royal College of Obstetricians, Gynaecologists. Cervical Cerclage: Green-top Guideline No. 75. BJOG, 2022; 129(7): 1178-1210.

23. SOARES NPD, et al. Incompetência istmo cervical: indicação e técnica da cerclagem de emergência. Revista de Patologia do Tocantins, 2020; 7(2): 34-7.

24. STETSON B, et al. Outcomes with cerclagem alone compared with cerclagem plus 17alpha-hydroxyprogesterone caproate. Obstet. Gynecol, 2016; 128(5): 983-988.

25. THAKUR M e MAHAJAN K. Cervical Incompetence. StatPearls [Internet], 2022.

26. VASUDEVA N, et al. Emergency versus Elective Cervical Cerclage: An Audit of Our First Two Years of Service. Biomed Res Int., 2018; 2018: 2065232.

27. WEKERE FCC, et al. Cervical incompetence: prevalence, socio-demographic and clinical characteristics in Rivers State University Teaching Hospital, Port Harcourt, South-South Nigeria. Yenagoa Medical Journal, 2020; 2(1): 127-34.

28. ZIMMERMMANN JB, et al. Gestação de alto risco: Do pré-natal ao puerpério. 2021; 880p.