Descrição dos casos de sífilis congênita e materna de 2008 a 2017 no Pará, Brasil
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Resumo
Objetivo: Descrever a epidemiologia da sífilis congênita e em gestante de 2008 a 2017 no Estado do Pará e associar as variáveis que influenciaram no processo de transmissão. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo realizado com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação registrados no Estado do Pará, entre os anos de 2008 a 2017. Foram incluídas as variáveis conforme as informações contidas na ficha de notificação. Para analise usou-se medidas de frequências absolutas, relativas e a associação das características maternas e a infecção congênita pelo teste X². Resultados: A maioria das gestantes haviam realizado pré-natal, porém obtiveram o diagnóstico somente no momento do parto/curetagem; os tratamentos foram considerados inadequados. Entre os recém-nascidos a maioria (74,42%) tinha exames de sangue periférico reagentes, os exames no líquor e raio-x de ossos longos não foram realizados em boa parte; a incidência no período aumentou 183,93% e as variáveis maternas, escolaridade e tratamento realizado, apresentaram associação significativa com a elevação dos casos. Conclusão: O aumento da incidência de sífilis congênita pode ser um indicador de falhas na atenção ao pré-natal, sendo a situação indicativa da necessidade de implantação de novas medidas para reduzir os casos de sífilis congênita.
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