Análise da completude e consistência dos registros de hanseníase no estado do Maranhão, no período de 2015 a 2018

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Romário Pereira Nunes
Karine Keila de Sousa Vieira Sampaio
Édila Naly da Silva Gonçalves
Caroline Braga Barroso

Resumo

Objetivo: Analisar a completude e consistência das fichas de investigação epidemiológica da hanseníase no estado do Maranhão, de 2015 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com o universo das notificações de hanseníase no Sistema de Informação de Agravos de Notificação; a qualidade foi avaliada quanto à completude e consistência dos registros; para análise de tendência do preenchimento e da consistência dos campos, foi empregada regressão linear simples (p<0,05). Resultados: Foram estudados 17.121 registros de hanseníase; a média de completude foi de 95,4% (≥ 90%; excelente) e da consistência, verificada através das inconsistências, foi de 2,2% (≤ 10%; excelente), porém, foram constatadas diferenças entre as regiões de saúde do estado, destacando-se as III e XV com os piores resultados; houve tendência de estabilidade na qualidade ao longo do período avaliado. Conclusão: Para fortalecer a vigilância da hanseníase, sugere-se melhorar a qualidade das notificações nas regiões de saúde de piores índices.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
NunesR. P., SampaioK. K. de S. V., Gonçalves Édila N. da S., & BarrosoC. B. (2023). Análise da completude e consistência dos registros de hanseníase no estado do Maranhão, no período de 2015 a 2018. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(7), e12858. https://doi.org/10.25248/reas.e12858.2023
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ABATH MB, et al. Avaliação da completitude, da consistência e da duplicidade de registros de violências do Sinan em Recife, Pernambuco, 2009-2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2014; 23(1): 131-142.

2. AGUIAR YPS. Qualidade dos registros de Hanseníase no sistema de informação de agravos de notificação em Teresina, Piauí, 2012. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Rio de Janeiro, 2015; 82p.

3. BOVENDORP ACC, et al. Qualidade de registros de hanseníase em centro de referência no estado de Minas Gerais, no período de 2006 a 2010. Rev Médica Minas Gerais, 2014; 4(Supl 6): 61-65.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico: hanseníase. Brasília, 2021a.

5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Roteiro para uso do Sistema de Informação de Agravos de Notificação: Hanseníase. 2. ed. Brasilia, 2008.

6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação: Normas e Rotinas. 2. ed. Brasília, 2007.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. TabNet: Acompanhamento dos dados de Hanseníase – Maranhão. Brasília, 2021b. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hanswma.def. Acessado em: 02 de fevereiro 2021.

8. CANTO VB e NEDEL FB. Completude dos registros de tuberculose no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) em Santa Catarina, Brasil, 2007-2016. Epidemiol serv saúde, 2020; 29(3): e2019606.

9. CORREIA LOS, et al. Métodos para avaliar a completitude dos dados dos sistemas de informação em s
aúde do Brasil: Uma revisão sistemática. Cien Saude Colet, 2014; 19(11): 4467-4478.

10. FISCHER M. Leprosy – an overview of clinical features, diagnosis, and treatment. JDDG - J Ger Soc Dermatology, 2017; 15(8): 801-827.

11. FREITAS FTM, et al. Evaluation of leprosy surveillance system in the Amazon region, Brazil, 2001-2007. Lepr Rev, 2012; 83(1): 52-63.

12. GALVÃO PRS, et al. Uma avaliação do sistema de informação SINAN usado no Programa de Controle de Hanseníase no estado do Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Coletiva, 2009; 17(1): 87-102.

13. GONÇALVES MG. Completitude das variáveis dos casos novos de hanseníase no Sistema de Informação de Agravo de Notificação. Monografia (Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva) - Departamento de Saúde Coletiva, Instituto Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, Recife, 2017; 20p.

14. GUIMARÃES LM e CUNHA GM. Diferenças por sexo e idade no preenchimento da escolaridade em fichas de vigilância em capitais brasileiras com maior incidência de dengue, 2008-2017. Cad Saude Publica, 2020; 36(10): 1-12.

15. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Portal cidades e estados: estimativa populacional. Rio de Janeiro, 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ma/. Acessado em: 14 de agosto de 2021.

16. LOPES FC, et al. Hanseníase no contexto da Estratégia Saúde da Família em cenário endêmico do Maranhão: prevalência e fatores associados. Cien Saude Colet, 2021; 26(5): 1805-1816.

17. MARANHÃO. Secretaria de Estado da Saúde. Macrorregião de Saúde. São Luís: Diário Oficial do Estado do Maranhão, 2018; 120: 1-22.

18. MARQUES LJP, et al. Avaliação da completude e da concordância das variáveis dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos e sobre Mortalidade no Recife-PE, 2010-2012. Epidemiol serv saúde, 2016; 25(4): 849-854.

19. NAAZ F, et al. Challenges Beyond Elimination in Leprosy. Int J Mycobacteriology, 2017; 6: 222-228.

20. Oliveira MEP, et al. Avaliação da completitude dos registros de febre tifóide notificados no Sinan pela Bahia. Epidemiol e Serviços Saúde, 2009; 18(3): 219-226.

21. OMS. Enhanced global strategy for further reducing the disease burden due to leprosy - 2011-2015 - operational guidelines (updated). Geneva, 2010. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/205004. Acessado em: 10 de janeiro de 2021.

22. OMS. Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Geneva, 2019. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/326776. Acessado em: 10 de janeiro de 2021.

23. OMS. Guidelines for the diagnosis, treatment and prevention of leprosy. Geneva, 2018. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/274127. Acessado em: 10 de janeiro de 2021.

24. PEDRO HSP, et al. Hanseníase: comparação entre a classificação operacional no sistema de informação de agravos de notificação e o resultado da baciloscopia. Hansen int, 2009; 34(17): 13-19.

25. RIBEIRO A. Concordância dos Dados de Mortalidade por Doenças de Notificação Compulsória no Sistema de Informação sobre Mortalidade-Sim e Sistema de Informação de Agravos de Notificação-Sinan, Brasil 2007 a 2015. Rev Gestão em Sist Saúde, 2017; 6(2): 173-183.

26. RODRIGUES MW e MELLO AGNC. Tuberculose e escolaridade: Uma revisão da literatura. Rev int apoyo incl, 2018; 4(2).

27. ROSA GR, et al. Análise da completude de incapacidade em hanseníase da regional de saúde de Rondonópolis/MT. Rev Gest Saúde, 2016; 07: 82-95.

28. SANTOS AS, et al. Fatores de risco para transmissão da Hanseníase. Rev bras enferm, 2008; 61: 738-743.

29. SIQUEIRA TS, et al. Indicadores epidemiológicos da hanseníase em Sergipe: Um olhar direcionado para os Determinantes Sociais da Saúde. Res, Soc Dev, 2021; 10(4): e38610414367.