Reações adversas do tratamento da tuberculose em pacientes atendidos em uma unidade de saúde no interior da Amazônia
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Resumo
Objetivo: Analisar ocorrências de reações adversas relacionadas ao tratamento da tuberculose e sua associação com variáveis clínicas e desfecho em uma cidade no interior da Amazônia. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e documental, no qual foram analisados 90 prontuários de pacientes com tuberculose atendidos em uma unidade de saúde entre os anos de 2015 e 2022. Foram coletados dados sobre o perfil sociodemográfico, características clínicas e desfecho dos pacientes por meio de uma ficha elaborada pelos pesquisadores. Resultados: A maioria dos pacientes eram do sexo masculino, na faixa etária de 45 a 59 anos, solteiros, pardos e procedentes de Santarém. Houve prevalência de tuberculose pulmonar. A maioria dos pacientes (90%) apresentaram reações adversas ao tratamento. Prevaleceu os efeitos adversos menores (78,3%) com destaque para os gastrointestinais. A maior parte obteve a cura da doença (60%); 15,6% evoluíram a óbito; 13,3% ainda estavam em tratamento; 7,8% não concluíram o tratamento devido abandono. Conclusão: Conclui-se que as ocorrências de reações adversas, na sua maioria, foram de menor gravidade, como epigastralgia, náuseas, vômitos, dor articular, cefaleia e prurido leve, sem grandes repercussões para o paciente e tratamento, sendo manejadas apenas com orientações gerais e sintomáticos.
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