Mortalidade por doença diarreica aguda na população idosa entre os estados e regiões do Brasil, 2016-2020

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

José Ribeiro da Silva Neto
Camilla Coimbra Faria
Anneli Mercedes Celis de Cardenas
Rosemary Ferreira de Andrade
Demilto Yamaguchi da Pureza
Amanda Alves Fecury

Resumo

Objetivo: Descrever e comparar a mortalidade por síndrome diarreica aguda entre idosos nas regiões e estados do Brasil, no período de 2016 a 2020. Métodos: Estudo ecológico de coletados dados coletados através do registro de óbitos do DATASUS, fornecidos por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), bem como da população residente em cada estado e região durante o período analisado. Foram incluídos o número de óbitos entre idosos ocorridos por doença diarreica aguda (DDA) e a população residente no Brasil e sua distribuição geográfica. Resultados: Entre 2016 a 2020, houve diminuição no número total de óbitos por DDA e constatou-se no Brasil o coeficiente de mortalidade (CoM) médio de 1,04/10.000 habitantes. Houve diferença significativa da região Nordeste (1,61/10.000) comparada as regiões Sudeste (0,82/10,000), Sul (0,8/10.000), Centro-Oeste (0,95/10.000) e Brasil (1,04/10.000), exceto a região Norte. Nos anos analisados, os estados com os maiores CoM encontravam-se nas regiões Nordeste e Norte como em Roraima (2016 e 2018), Alagoas (2017), Piauí (2019) e Amazonas (2020). Conclusão: O CoM médio em detrimento DDA em idosos na região Nordeste foi superior ao Brasil e demais regiões, e por estados os maiores CoM encontravam-se nas regiões Nordeste e Norte.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
NetoJ. R. da S., FariaC. C., CardenasA. M. C. de, AndradeR. F. de, PurezaD. Y. da, & FecuryA. A. (2023). Mortalidade por doença diarreica aguda na população idosa entre os estados e regiões do Brasil, 2016-2020. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(7), e12974. https://doi.org/10.25248/reas.e12974.2023
Seção
Artigos Originais

Referências

1. BRASIL. Painel de Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas. Ministério da Saúde (BR). SIVEP-DDA: Monitoramento das Doenças Diarreicas Aguda. 2023. Ministério da Saúde. Sivep-DDA/SVSA/MS. Disponivel em: http://sivepdda.saude.gov.br

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia para Investigações de Surtos ou Epidemias / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_investigacao_surtos_epidemias.pdf

3. BRASIL. Ministério da Saúde (BR). SIVEP-DDA: Controle de doenças diarreicas agudas. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. Disponivel em: http://portalweb04.saude.gov.br/sivep_dda

4. BELLIDO JG, et al. Saneamiento ambiental y mortalidad en niños menores de 5 años por enfermedades de transmisión hídrica en Brasil [Environmental sanitation and mortality associated with waterborne diseases in children under 5 years of age in Brazil]. Rev Panam Salud Publica. 2010;28(2):114-20.

5. EWALD TA, et al. Tendência temporal de mortalidade por doenças do trato gastrointestinal. COORTE - Revista Científica do Hospital Santa Rosa, 2021; 12.

6. GBD 2016 Diarrhoeal Disease Collaborators. Estimates of the global, regional, and national morbidity, mortality, and aetiologies of diarrhoea in 195 countries: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet Infect Dis. 2018;18(11):1211-1228.

7. GRISOTTI M. Doenças infecciosas emergentes e a emergência das doenças; uma revisão conceitual e novas questões. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2007; 15(1): 1095-1104.

8. IMADA KS, et al. Socioeconomic, hygienic, and sanitation factors in reducing diarrhea in the Amazon. Rev Saúde Pública. 2016; 50: 1-11.

9. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Anual. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6678. Acessado em:20 de março de 2022.

10. KUIAVA VA, et al. Hospitalização e taxas de mortalidade por diarreia no Brasil: 2000-2015. Ciência & Saúde, [s. l.], 2019; 12(2) 30022.

11. LINI EV, et al. Fatores associados à institucionalização de idosos:estudo caso-controle. Rev bras geriatr gerontol, 2016; 19(6): 1004-1014.

12. MALIK MA e AKHTAR SN. Sanitation and Diarrheal Morbidity: Evidence from Afghanistan. medRxiv 2020; 10.20.20216333;

13. MENEGUESSI, et al. Morbimortalidade por doenças diarreicas agudas em crianças menores de 10 anos no Distrito Federal, Brasil, 2003 a 2012. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2015; 24(4): 721-730.

14. PIGNATTI MG. Saúde e Ambiente: as doenças emergentes no Brasil. Revista Ambiente & Sociedade. 2004; 1.

15. SANTOS MA. Urbanização Brasileira. 5. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

16. RANIERI CLW, et al. Correlação da Ocorrência De Doenças Diarreicas Agudas (DDA) com Fatores Sanitários e Ambientais no Munícipio de Tucuruí-Pa. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências e Educação, 2022; 8(5): 793–805.

17. TEIXEIRA JC, et al. Associação entre cobertura por serviços de saneamento e indicadores epidemiológicos nos países da América Latina: estudo com dados secundários [Association between sanitation services coverage and epidemiological indicators in Latin America: a study with secondary data]. Rev Panam Salud Publica. 2012; 32(6):419-25.

18. SILVA CG. Análise da ocorrência de casos de Doenças Diarreicas Agudas (DDA) no Município de Tucuruí. Revista Multidisciplinar em Educação e Meio Ambiente,2022; 3(3).

19. SINCLAIR AJ e ABDELHAFIZ AH. Challenges and Strategies for Diabetes Management in Community-Living Older Adults. Diabetes Spectr. 2020;33(3):217-227.

20. SOUZA CO, et al. Fatores de risco e etiologia da doença diarreica no município de Juruti, Estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Ananindeua, 2012; 3(4) 49-60.

21. VERAS LDL, et al. Diarreia e gastroenterites de origem infecciosa presumível: análise do perfil epidemiológico nas regiões do Brasil no período de 2012 a 2020. Research, Society and Development, [s. l.],2022; 11(7) e52711730295.

22. WORLD HEALTH ORGANIZATION (ED.). WHO global report on falls prevention in older age. Geneva, Switzerland: World Health Organization, 2008. Disponível em: https://extranet.who.int/agefriendlyworld/wp-content/uploads/2014/06/WHo-Global-report-on-falls-prevention-in-older-age.pdf

23. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meeting report: global rotavirus and pediatric diarrheal surveillance network meeting, 19-20 November 2019. Disponível em: https://cdn.who.int/media/docs/default-source/immunization/vpd_surveillance/lab_networks/rota/global-rv-ibd-meeting-report-2019.pdf?sfvrsn=ce54740c_2&download=true

24. ZHANG LC, et al. Diarrhea and altered inflammatory cytokine pattern in severe coronavirus disease 2019: Impact on disease course and in-hospital mortality. J. Gastroenterology Hepatology, 2021; 36: 421–429.