Uso de plantas medicinais nativas do cerrado pela população idosa da região oeste do estado da Bahia: Um estudo etnofarmacobotânico
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Resumo
Objetivo: Descrever o uso de plantas medicinais nativas do cerrado pela população idosa. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de cunho correlacional, analítico e descritivo com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado no município de Barreiras, entre os anos de 2019 e 2022. Participaram do estudo 400 idosos, que responderam um questionário composto por questões que abordavam características sociodemográficas além do uso e o conhecimento sobre plantas medicinais. Resultados: Cerca de 96,5% dos idosos utilizam plantas medicinais, sendo que 59,6% fazem uso diariamente, destes 97,6% sem prescrição médica e 87% sem nenhuma orientação profissional. Forma mencionadas 41 espécies, sendo o Buriti (Mauritia flexuosa) planta mais mencionada, devido suas propriedades cicatrizante, anti-inflamatória, hidratante e antimicrobiana. Destaca-se também o uso do Coentro (Coriandrum sativum), Cajueiro (Anacardium occidentale), Insulina-vegetal (Cissus sicyoides) e do Mastruz (Dysphania ambrosioides). Conclusão: Visto que o do uso de plantas medicinais pela população idosa do município é uma prática consolidada, torna-se necessário a implantação de serviços de orientação para potencializar o aproveitamento das propriedades terapêuticas que recursos naturais têm a oferecer nas ações de cuidado à saúde, estimulando assim o seu uso racional com maior eficácia e segurança.
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