Avaliação da via obstétrica no Brasil segundo a classificação de Robson nos últimos 5 anos
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Resumo
Objetivo: Avaliar a prevalência dos tipos de parto no Brasil entre 2018 e 2022, com ênfase na distribuição de acordo com os Grupos de Robson. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico realizado através dos dados disponibilizados pelo Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos segundo Classificação de Risco Epidemiológico. Os resultados coletados foram armazenados e tabulados no Microsoft Office Excel®, sendo apresentados em frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram avaliados 13.667.735 nascidos-vivos, sendo que 56,9% dos partos foram cesáreas. Os Grupos 9, 6 e 7 apresentaram as maiores taxas de cesáreas, contudo, os que mais contribuíram para a taxa total foram os Grupos 5 (35,43%), 2 (17,15%) e 1 (13,47%). Ressalta-se que o parto cesáreo foi o mais prevalente em 7 Grupos de Robson, excluindo apenas o 1, 3 e 4. Conclusão: Observou-se uma alta taxa de cesáreas no período analisado, sendo que o Grupo 5 foi o que mais contribuiu para isso, assim como os Grupos 1 e 2, sendo que esses grupos são passíveis de intervenções para redução da taxa de cesarianas, de forma que seja possível alcançar uma menor morbimortalidade materna e perinatal concomitantemente.
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