Fatores de risco para a persistência de sintomas após um ano do diagnóstico da COVID-19

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Gustavo Baroni Araujo
Matheus Vinicius Barbosa da Silva
Michelle Moreira Abujamra Fillis
Giovana Rafaela Pontes da Silva
Inês de Oliveira Ortega
Celita Salmaso Trelha
Larissa Laskovski
Joseane Marques Felcar
Helio Serassuelo Junior

Resumo

Objetivo: Identificar fatores de risco para persistência de sintomas após um ano do diagnóstico de SARS COV-2. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte composta por 379 participantes que receberam o diagnóstico positivo pelo teste molecular PCR-RT para SARS-CoV-2, com idade maior ou igual a 18 anos. Utilizou-se questionário sociodemográfico, com manifestações sintomáticas causada pela COVID-19 e questionário sociodemográfico (Sexo, idade, peso, estatura e se realiza atividade física). Para a análise dos dados, utilizou-se o teste do qui-quadrado e a aplicação do modelo de regressão logística binária. A significância estatística adotada foi em 5 %. Resultados: 56,7 % (215) apresentavam pelo menos uma comorbidade. Do total,180 (47,5 %) referiram não praticar atividade física. A chance de uma pessoa do sexo feminino ter sintomas persistentes após um ano foi de 2,33 IC 95% [1,48;3,66] comparado ao sexo masculino e a chance de uma pessoa que não pratica atividade física apresentar SP após um ano foi de 1,68 IC 95% [1,09:2,58] comparado com pessoas que praticam atividade física. Conclusão: A COVID-19 resultou em um quadro clínico de sintomas persistentes em 53,8% dos pacientes, principalmente no sexo feminino. Não praticar atividade física foi um fator de risco para presença de sintoma persistente.

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Como Citar
AraujoG. B., SilvaM. V. B. da, FillisM. M. A., SilvaG. R. P. da, OrtegaI. de O., TrelhaC. S., LaskovskiL., FelcarJ. M., & Serassuelo JuniorH. (2023). Fatores de risco para a persistência de sintomas após um ano do diagnóstico da COVID-19. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(8), e13248. https://doi.org/10.25248/reas.e13248.2023
Seção
Artigos Originais

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