Transtorno do estresse pós-traumático em pacientes após internamento em Unidade de Terapia Intensiva
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Resumo
Objetivo: Analisar as evidências disponíveis na literatura acerca dos aspectos psicológicos e as intervenções terapêuticas associadas ao Estresse Pós-Traumático (TEPT) em pacientes críticos de UTI. Métodos: Analise de forma integrativa das evidências científicas disponíveis nas bases de dados PubMed e Scielo. Foram incluídos 11 estudos para discussão desta revisão integrativa, todos publicados na plataforma PubMed. Resultados: Cerca de 17 a 30% dos pacientes desenvolvem TEPT pós alta de UTI. São fator de risco pacientes do sexo feminino, com histórico prévio de TEPT, depressão e ansiedade. A incidência do TEPT pode variar ainda de acordo com a gravidade do quadro, patologias cardíacas tem uma prevalência em torno de 14% a 18% e 15% a 24% dos pacientes politraumatizados cursam com sintomas associados ao TEPT. Considerações finais: São relatados na literatura sintomas de ansiedade, depressão, síndrome do pânica que podem perdurar por um período de 6 meses ou até 1 ano após a alta hospitalar. Pacientes adultos e do sexo feminino são os mais afetados. Estratégias como o controle da doença de base, o controle de inflamações, status epiléptico e do delirium auxiliam na melhoria da qualidade de vida dos pacientes e na redução do declínio cognitivo e motor.
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