Adesão ao tratamento imunossupressor: avaliação comparativa entre diferentes fases do pós-transplante hepático
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Resumo
Objetivo: Analisar a adesão ao tratamento imunossupressor do paciente submetido ao transplante hepático em fase pós-transplante hepático recente e intermediária. Métodos: Estudo transversal realizado no Ambulatório de Transplante Hepático do Hospital Universitário Walter Cantídio, entre julho de 2019 e dezembro de 2022 com pacientes entre 18 e 75 anos. 61 pacientes preencheram os critérios de inclusão e, foram caracterizados quanto ao sexo, idade, estado civil, renda familiar, procedência e imunossupressores em uso. Os resultados da adesão ao tratamento imunossupressor foram obtidos através do Brief Medication Questionnaire (BMQ). Utilizou-se o programa Research Electronic Data Capture (REDCap) para armazenamento e análise dos dados. Resultados: No período recente do pós-transplante, os níveis de provável baixa adesão (44,2%) e baixa adesão (37,9%) foram mais frequêntes e influenciados pelas dimensões regime e recordação do BMQ. No período intermediário, a provável adesão (52,4%) foi destaque e pode ter sido influenciado pela diminuição do impacto das dimensões regime e crença, e persistência da dimensão recordação. Conclusão: Observou-se melhora na adesão, quando do ingresso dos pacientes na fase intermediária. Entretanto, não foi suficiente para alcançar uma adesão total, o que nos leva a pensar na complexidade do tema, das diversas adaptações, principalmente, nas questões relativas ao tratamento medicamentoso.
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