Aborto na Bahia: perfil demográfico e epidemiológico de mortalidade 2011-2017

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Adriele de Brito Paixão Oliveira
Elysama Souza Rocha
Thaís da Silva do Livramento
Anna Caroline Andrade Sampaio
Patrícia Figueiredo Marques
Claudia Feio da Maia Lima
Eder Pereira Rodrigues
Michelle Araújo Moreira
Isadora Reis Rodrigues

Resumo

Objetivo: Delinear o perfil sociodemográfico e epidemiológico de mortalidade por aborto no Estado da Bahia no período de 2011 a 2017. Métodos: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa analítica e retrospectiva, mediante análise de dados disponíveis no tabulador de internet (TABNET) na página do DATASUS, sobre o quantitativo e descrição das mortes maternas causadas por aborto no estado da Bahia. A análise estatística foi descritiva a partir das frequências, porcentagens e calculou-se a Razão de Mortalidade Materna por aborto (RMMAb) por meio do programa Microsoft Office Excel® 2007. Resultados: O número de óbitos de mulheres devido aborto no estado da Bahia, 2011-2017, registrados no SIM foi de 45, sendo: aborto não especificado (20), aborto retido (10), aborto espontâneo (9), outros tipos de aborto (3), falha de tentativa de aborto (2) e aborto por razões legais e/ou médicas (1). O maior número de óbitos ocorreu nas regiões de saúde Leste (35,56%). Conclusão: A realização do estudo possibilitou identificar que o perfil sociodemográfico e epidemiológico de mortalidade por aborto no Estado da Bahia no período estudado caracteriza-se por mulheres negras, jovens e com pouca escolaridade.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
OliveiraA. de B. P., RochaE. S., LivramentoT. da S. do, SampaioA. C. A., MarquesP. F., LimaC. F. da M., RodriguesE. P., MoreiraM. A., & RodriguesI. R. (2023). Aborto na Bahia: perfil demográfico e epidemiológico de mortalidade 2011-2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(9), e13770. https://doi.org/10.25248/reas.e13770.2023
Seção
Artigos Originais

Referências

1. BARRETO BL. Perfil epidemiológico da mortalidade materna no Brasil no período de 2015 a 2019. Revista Enfermagem Contemporânea, 2021; 10(1): 127-133.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informações de morbidade (s.d). Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/mat10ba.def. Acessado em: 20 de junho de 2021.

3. CARDOSO BB, et al. Aborto no Brasil: o que dizem os dados oficiais? Cad. Saú Pública, 2020; 36(supl 1).

4. CATOIA CDC, et al. Caso “Alyne Pimentel”: violência de gênero e interseccionalidades. Rev Estudos Fem, 2020; 28.

5. COBO B, et al. Gender and racial inequalities in the access to and the use of Brazilian health services. Ciência & Saúde Coletiva, 2021; 26: 4021-4032.

6. DA SILVA ÁR, et al. Diferentes visões sobre o abortamento provocado: uma revisão integrativa Different views on induced abortion: an integrative review. Brazilian Journal of Development. 2021; 7(6): 59046-59067.

7. FREITAS-JÚNIOR RAO. Mortalidade materna evitável enquanto injustiça social. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2020; 20: 607-614.

8. GOES EF, et al. Vulnerabilidade racial e barreiras individuais de mulheres em busca do primeiro atendimento pós-aborto. Cadernos de Saúde Pública, 2020; 36(1).

9. GOIS EC, et al. Mortalidade materna na Bahia no período de 2012 a 2016. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2019; (18): e335-e335.

10. MIRANDA WD, et al. Desigualdades de saúde no Brasil: proposta de priorização para alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Cadernos De Saúde Pública, 2023; 39(4): e00119022.

11. SOUTO K e MOREIRA MR. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: protagonismo do movimento de mulheres. Saúde em Debate, 2021; 45: 832-846.

12. LINS-KUSTERER L, et al. Aborto: atenção humanizada e aspectos leis. Rev. Bras. Pesq. Saúde, 2019; 21(2): 40-50.

13. MENEZES G, et al. Aborto e saúde no Brasil: desafios para a pesquisa sobre o tema em um contexto de ilegalidade. Cadernos de Saúde Pública, 2020; 36.

14. MILANEZ N, et al. A decisão do aborto: itinerários, práticas e confidências. B J Hea Research, 2019; 21(2): 105-114.

15. MORAIS VMO, et al. Perfil epidemiológico, clínico e razão de mortalidade materna no Nordeste brasileiro entre 2010 e 2019: um estudo ecológico. Research, Society and Development, 2022; 11(9): 1-12.

16. NEIVA ABC, et al. Mortalidade materna na Bahia: uma análise sociodemográfica. Revista Baiana de Saúde Pública, 2021; 45(4): 53-63.

17. NONATO AL, et al. Repercussões do aborto induzido e espontâneo na saúde física e mental da mulher. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2022; 15(10): e11128.

18. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID 10: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 8ª ed. São Paulo: Edusp; 2000.

19. REIGADA CLL e SMIRDELE CASL. Atenção à saúde da mulher durante a pandemia COVID-19: orientações para o trabalho na APS. Rev Bras Med Fam Comunidade, 2021; 16(43): 2535-2535.

20. SANTOS NL e GARCIA E. O planejamento familiar e a mortalidade materna por aborto. Revista Baiana de Saúde Pública, 2019; 43: 241-256.

21. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Health statistics and health information systems. Maternal mortality ratio (per 100 000 live births). Disponível em: https://www.who.int/data/gho/indicator-metadata-registry/imr-details/26. Acessado em: 13 de fevereiro de 2021.