Hábitos alimentares e comportamentos sedentários entre adolescentes e suas famílias no contexto da pandemia da COVID-19
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Resumo
Objetivo: Analisar e interpretar o cotidiano de famílias com filhos adolescentes, residentes em Recife, Pernambuco, durante o período de distanciamento físico, estipulado pelo Governo do Estado de Pernambuco. Métodos: Pesquisa qualitativa, realizada entre fevereiro e outubro de 2020, através de videochamadas ou telefonemas, com 23 membros de dez famílias, sendo dez adolescentes de ambos os sexos, com idades entre onze a dezoito anos. Para análise do material empírico, recorreu-se à análise temática indutiva. Resultados: Emergiram duas categorias temáticas, responsabilidade da família: alimentação e adolescência; riscos à saúde: o sedentarismo associado ao distanciamento social. Evidenciou-se que o distanciamento físico favoreceu o aumento da tolerância dos pais em relação ao tempo em que os filhos ficaram expostos às telas. Além disso, os pais também influenciaram a prática de hábitos alimentares não saudáveis entre os adolescentes e a manifestação de mudanças no comportamento dos filhos. Conclusão: Assim, a estrutura, composição e comunicação e, consequentemente, interação familiar, são componentes que se articulam diretamente com os hábitos alimentares e comportamentos sedentários pelos adolescentes. Sendo imprescindível uma intervenção multiprofissional e acompanhamento contínuo no que se refere ao desenvolvimento e retorno dos adolescentes às atividades presenciais.
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