Análise de casos de gravidez e abortamento em adolescentes residentes em uma comunidade terapêutica
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico de casos de gravidez e abortamento em adolescentes acolhidas em uma comunidade terapêutica. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo. Como critério de inclusão, foram selecionadas adolescentes entre 12 e 17 anos de idade acolhidas na comunidade terapêutica selecionada. Os dados foram registrados em fichas próprias e analisados através de estática descritiva em frequência absoluta e relativa. Todos os preceitos éticos que regem uma pesquisa científica foram respeitados, sendo o estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Resultados: Do quantitativo total de adolescentes, 36 foram consideradas elegíveis para o estudo. A população parda foi prevalente no estudo, 58,33% das entrevistadas e 91,66% tinham o ensino fundamental incompleto. Diante desses fatores de risco para a gestação precoce, ainda foi analisado o início da vida sexual, que concluiu que a maioria já iniciou a vida sexual (69,44%).Os dados evidenciaram que 25% das entrevistadas estiveram grávidas e 19,44% relataram abortamentos, sendo 16,66% espontâneo e 5,55% provocado. Conclusão: Identifica-se no estudo fatores de risco para a gestação e abortamento durante a adolescência, os quais foram a vulnerabilidade social, população negra, coitarca precoce, baixa escolaridade e a não utilização de métodos contraceptivos.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. BARCELOS KR, et al. A normatização de condutas realizadas pelas Comunidades Terapêuticas. Saúde em Debate. 2021; 45: 130-140.
3. BITTENCOURT VLA, et al. A incidência de vulvovaginites em uma comunidade terapêutica para adolescentes. Saúde Coletiva (Barueri). 2022; 12(82): 11836-11851.
4. CARVALHO EN, et al. A restrição do crescimento fetal como consequência do consumo de álcool e outras drogas na gestação: um estudo transversal. Revista Interdisciplinar Ciências Médicas. 2019; 4(1): 44-49.
5. CAVALCANTE IL e MAGALHAES TMM. Características obstétricas de mulheres atendidas por pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Acta Scientiarum. Health Sciences. 2011; 22(1): 71-76.
6. CHARLTON BM, et al. Sexual Orientation Differences in Pregnancy and Abortion Across the Lifecourse. Womens Health Issues. 2020; 30(2): 65-72.
7. COSTA ACBT, et al. Fatores de risco para a ocorrência de gestação na adolescência. Revista Eletrônica Acervo Médico. 2022; 20: e11620.
8. DUTRA AGR, et al. Complicações gestacionais relacionadas ao uso de drogas por gestantes. Revista Eletrônica Acervo Científico. 2021; 35: e8702.
9. EMERICH BF e GAVA GB. Caderno de promoção da saúde de adolescentes na atenção básica. Campinas, SP: IPADS. 2019; 978-65-80223-07-7.
10. FALER C, et al. Características psicossociais familiares e uso de tabaco, álcool e outras drogas relacionadas à gravidez na adolescência. Cadernos de Saúde Pública, 2013; 29(8): 1654-63.
11. FARIAS RV, et al. Gravidez na adolescência e o desfecho da prematuridade: uma revisão integrativa de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 2020; 56: e3977.
12. FERRARI W, et al. Experimentação e aprendizagem na trajetória afetiva e sexual de jovens de uma favela do Rio de Janeiro, Brasil, com experiência de aborto clandestino. Ciência & Saúde Coletiva. 2018; 23(9): 2937-2950.
13. GONÇALVES P. Desigualdade social aumenta risco de gravidez na adolescência UFMG. 2020. Disponível em: https://www.medicina.ufmg.br/desigualdade-social-aumenta-risco-de-gravidez-na-adolescencia/. Acessado em: 1 de junho de 2023.
14. KANDA L e MASH R. Reasons for inconsistent condom use by young adults in Mahalapye, Botswana. African Journal of Primary Health Care & Family Medicine. 2018; 10(1): 1-7.
15. MARANHÃO TA, et al. Fatores preditores do abortamento entre jovens com experiência obstétrica. Rev Bras Epidemiol. 2016; 19(3): 494-508.
16. MATOS TB e MATOS CC. Impactos da gravidez na adolescência no Brasil. Research, Society and Development. 2022; 11(5): e39111528381.
17. NEIVA-SILVA L, et al. Experiência de gravidez e aborto em crianças, adolescentes e jovens em situação de rua. Ciência & Saúde Coletiva. 2018; 23(4): 1055-1066.
18. OLSEN JM, et al. Práticas contraceptivas de mulheres jovens: inquérito domiciliar no Município de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública. 2018; 34(2): e00019617.
19. RIBEIRO MCC e ALVES RN. Gravidez na adolescência: um olhar sob a ótica psicossocial. Research, Society and Development. 2022; 11(11): e29111133281.
20. RIBEIRO WA, et al. A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: a gestação e o impacto do conhecimento. Nursing (São Paulo). 2019; 22(253): 2990-2994.
21. RODRIGUES ARS, et al. Reincidência da gravidez na adolescência: percepções das adolescentes. Enferm Foco. 2017: 2357-707.
22. SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Guia Prático de Atualização: Prevenção da gravidez na adolescência. Adolesc. Saúde. 2019; 11: 1-9.
23. SILVA FTR, et al. Prevalência e fatores associados ao uso de drogas de abuso por gestantes. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2020; 20(4): 1109-1115.
24. SOUZA LAA, et al. Pobreza, raça e suas intersecções: uma revisão sistemática de literatura (2015-2021). Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 2023; 9(4): 226-253.
25. STRATHEARN L e MAYES MD. Dependência de cocaína em mães: efeitos potenciais nos cuidados maternos e no desenvolvimento infantil. Annals of the New York Academy of Sciences. 2018; 1187: 172-183.
26. TAVEIRA AM e ARAÚJO A. Aleitamento materno na perspectiva de mães adolescentes: contribuições para Atenção Primária à Saúde. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro. 2019; 9: e3118.