Prevalência das anomalias congênitas no estado do Espírito Santo: um estudo observacional descritivo
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar a prevalência das anomalias congênitas no estado do Espírito Santo entre 2010 e 2021. Métodos: Foram analisados dados epidemiológicos da plataforma DATASUS sobre anomalias congênitas correspondente aos anos de 2010-2021, no estado do Espírito Santo. Foram computados os tipos de anomalias recomendadas internacionalmente para a vigilância, bem como a microcefalia e as cardiopatias congênitas, levando em consideração faixa etária, cor/raça, grau de escolaridade, duração da gestação e realização de pré-natal. Resultados: A prevalência das anomalias no Espírito Santo foi de 0,70% período de 2010 a 2021. O sistema osteomuscular foi o que apresentou maior prevalência de anomalias (25,65%). Em relação ao sexo houve maior prevalência em indivíduos do sexo masculino (0,75%). Com relação as variáveis sociodemográficas, a maior frequência de ACs ocorreu em filhos de mulheres na faixa etária de 20-29 anos (44,01%), casadas (43,11%), de cor parda, com 8 a 11 anos de estudos (57,20%), com mais de seis consultas pré-natais (44,25%) e com duração de gestação de 37 a 41 semanas (18,25%). Conclusão: Este estudo possibilitou a compreensão das características epidemiológicas das anomalias congênitas no estado do Espírito Santo, fornecendo informações valiosas para o planejamento de ações direcionadas a esse grupo.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ANDRADE AM, et al. Anomalias congênitas em nascidos vivos. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2017; 30(3).
3. AHN D, et al. Congenital anomalies and maternal age: A systematic review and meta-analysis of observational studies. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica, 2022; 101(5): 484 – 498.
4. BARROS VC, et al. Depression and a social support of pregnant women in fetuses with malformations attending at a maternal and child hospital public reference in Rio de Janeiro. Cad Saúde Colet., 2013; 21(4): 391-402.
5. BLACK AJ, et al. Sex differences in surgically correctable congenital anomalies: A systematic review. Journal of Pediatric Surgery, 2020; 55: 1-10.
6. BLENCOWE H, et al. Methods to estimate access to care and the effect of interventions on the outcomes of congenital disorders. Journal of Community Genetics, 2018; 9: 363-376.
7. BRASIL. Boletim epidemiológico. Secretaria em Vigilância da Saúde, Anomalias congênitas no Brasil, 2010- 2019: análise de um grupo prioritário para a vigilância ao nascimento. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2021/boletim_epidemiologico_svs_6_anomalias.pdf. Acessado em: 31 de julho de 2023.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Crônicas não Transmissíveis. 2022. Disponível em: https://svs.aids.gov.br/daent/. Acessado em: 31 de julho de 2023.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0199_30_01_2014.html. Acessado em: 14 de julho de 2023.
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Crônicas não Transmissíveis. 2023. Disponível em: https://svs.aids.gov.br/daent/. Acessado em: 31 de julho de 2023.
11. BRASIL. Saúde Brasil 2018: Uma análise da situação de saúde e das doenças e agravos crônicos: desafios e perspectivas. Ministério da Saúde. 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2018_analise_situacao_saude_doencas_agravos_cronicos_desafios_perspectivas.pdf. Acessado em: 31 de julho de 2023.
12. CAMPO M, et al. The phenotypic spectrum of congenital Zika syndrome. Journal of Medical Genetics, 2017; 173(4): 841-857.
13. CARDOSO DOS SANTOS AC, et al. Lista de anomalias congênitas prioritárias para vigilância no âmbito do Sistema de Informações sobre Nascidos. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2021; 30(1): e2020835.
14. CHRISTIANSON A, et al. March of Dimes Global Report on Birth Defects: The Hidden Toll of Dying and Disabled Children, 2006.
15. CHRISTIANSON A e MODELL B. Medical genetics in developing countries. Annu rev genomics hum genet., 2004; 5: 219-65.
16. CORREIA LOS, et al. Métodos para avalias a completitude dos dados dos sistemas de informação em saúde do Brasil: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, 2014; 19(11): 4467-4478.
17. CORSELLO G e GIUFFRÈ M. Congenital malformations. J Matern Fetal Neonatal Med., 2012; 25 (Suppl 1): 25-9.
18. COSME HW, et al. Prevalência de anomalias congênitas e fatores associados em recém-nascidos do município de São Paulo no período de 2010 a 2014. Revista Paulista de Pediatria, 2017; 35: 33-38.
19. FELDKAMP ML, et al. Etiology and clinical presentation of birth defects: population based study. BMJ, 2017; 2249.
20. FORNACHARI G, et al. Fatores associados às malformações congênitas entre nascidos vivos no
21. Brasil: Dados SINASC 2017. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, 2022; 24: 75-82.
22. FRANÇA GVA, et al. Síndrome congênita associada a infecção pelo vírus Zika em nascidos vivos no Brasil: descrição da distribuição dos casos notificados confirmados em 2015-2016. Epidemiologia e Serviços da Saúde, 2018; 27(2): e2017473.
23. GALERA MF, et al. Vigilância epidemiológica de anomalias congênitas em um Hospital Universitário de Mato Grosso, Brasil. Pediatria (São Paulo), 2010; 32(1): 28-36.
24. GIULIANE R, et al. Pregnancy and postpartum following a prenatal diagnosis of fetal thoracoabdominal malformation: the parental perspective. J Pediatr Surg., 2014; 49(2): 353-8.
25. GUERRA FAR, et al. Defeitos congênitos no município do Rio de Janeiro, Brasil: uma avaliação através do SINASC (2000-2004). Cad. Saúde Pública, 2008; 24(1): 140-149.
26. LIMA NA, et al. Perfil Epidemiológico das Malformações Congênitas em Recém-Nascidos no Estado do Rio Grande do Norte no Período de 2004 a 2011. Rev Bras de Ciências da Saúde, 2018; 22: 45-50.
27. LIU L, et al. The risk of advanced maternal age: causes and overview. J Gynecol Res Obstet., 2020; 6: 19- 23.
28. MACIEL ELN, et al. Perfil epidemiológico das malformações congênitas no município de Vitória-ES. Cad. Saude Colet., 2006; 14(3): 507-518.
29. MENDES CQS, et al. Prevalência de nascidos vivos com anomalias congênitas no município de São Paulo. Rev Soc Bras Enferm Ped., 2015; 15(1): 7-12.
30. MORTHIE S, et al. Chromosomal disorders: estimating baseline birth prevalence and pregnancy outcomes worldwide. Journal of Community Genetics, 2018; 9: 377-386.
31. OLIVEIRA WK, et al. Infection-related microcephaly after the 2015 and 2016 Zika virus outbreaks in Brazil: a surveillance-based analysis. Lancet, 2017; 390: 861-70.
32. OMS. Congenital anomalies. 2022. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/congenital-anomalies#tab=tab_1. Acessado em: 31 de julho de 2023.
33. OMS. World Health Organization - WHO (2010b) Birth defects: Resolution A63/10. SixtyThird World Heal. Assem. 2010. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/2378/A63_10- en.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acessado em: 14 de julho de 2023.
34. PINTO CO e NASCIMENTO LFC. Estudo de prevalência de defeitos congênitos no Vale do Paraíba Paulista. Rev. Paul. Pediatr., 2007; 25(3): 233-39.
35. RODRIGUES LS, et al. Características das crianças nascidas com malformações congênitas no município de São Luís, Maranhão, 2002-2011. Epidemiol. Serv. Saúde, 2014; 23(2): 295-304.
36. SANTOS SR e DIAS IMAV. A vivência dos pais de uma criança com malformações congênitas. Rev Min Enferm., 2011; 15: 491-7.
37. VICTORA CG, et al. Maternal and child health in Brazil: progress and challenges. Lancet, 2011; 377: 1863-73.