Parasitoses intestinais e sua relação com a qualidade da água de consumo em comunidades remanescentes quilombola da região amazônica brasileira
##plugins.themes.bootstrap3.article.sidebar##
Publicado
Jan 29, 2024
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Avaliar a ocorrência de parasitas intestinais e sua relação com a qualidade da água de consumo e os aspectos socioeconômicos e ambientais em três comunidades remanescentes quilombolas, no município de Acará, Pará, Brasil. Métodos: As variáveis socioeconômicas e ambientais foram coletadas por meio de questionário, os exames parasitológicos foram realizados pelo método direto e imunológico e os indicadores de qualidade da água pelo método do substrato enzimático. Resultados: O perfil socioeconômico apontou população predominantemente masculina, com ensino fundamental, desempregados e renda inferior a um salário mínimo. Foi observada a frequência de 55,86% de positividade para parasitas nas amostras fecais. As espécies mais frequentes foram T. trichiura, E. coli e E. histolytica, que assim como as outras espécies, são sinais de contaminação ambiental. Do total de amostras de água analisadas, 98,66% apresentaram resultado positivo para coliformes totais e 34,11% para Escherichia coli. As análises estatísticas mostraram influência da qualidade da água na positividade de parasitismo Conclusão: Esses resultados evidenciam como a falta de saneamento implica na relação saúde-doença de uma população.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Como Citar
SantosD. S. A. de S., Tavares Ágatha T. M., BatistaG. K. C., CoimbraV. B. S., ValeE. R., SagicaF. do E. S., SilvaM. C. de M., NunesH. M., & MoraisL. L. C. de S. (2024). Parasitoses intestinais e sua relação com a qualidade da água de consumo em comunidades remanescentes quilombola da região amazônica brasileira. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(1), e14347. https://doi.org/10.25248/reas.e14347.2024
Seção
Artigos Originais
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
1. ALVES MHD, et al. Saneamento e qualidade da água de consumo: Comunidade do Segredinho, Amazônia, Pará. Nature and Conservation, 2021; 14, 100-110.
2. APHA - American Public Health Association. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed., Washington, D.C., Estados Unidos, 2017.
3. ASSUNÇÃO AW A, et al. Utilização de macrófitas aquáticas de três diferentes tipos ecológicos para remoção de Escherichia coli de efluentes de criação de pacu. Eng. Sanit. Ambient., 2017; 22(4): 657-663.
4. AYRES JR et al. BioEstat 5.0: Aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. 5ed. Belém, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 2007; 364.
5. BORTOLOTI, KCS, et al. Qualidade microbiológica de águas naturais quanto ao perfil de resistência de bactérias heterotróficas a antimicrobianos. Eng. Sanit. Ambient. 2018; 23(4): 717-725.
6. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. 2021 Secretaria Nacional de Saneamento. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Diagnóstico Temático Serviços de Água e Esgoto. Disponível em: http://antigo.snis.gov.br/diagnostico-anual-agua-e-esgotos Acessado em: 14 de agosto de 2022.
7. BRASIL. Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro. 2021. PORTARIA GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2021/prt0888_07_05_2021.html. Acessado em: 23 de setembro de 2022.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. 2018. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia Prático para o Controle das Geo-helmintíases. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_controle_geohelmintiases.pdf Acessado em: 8 de novembro de 2021.
9. BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf Acessado em: 19 de dezembro de 2021.
10. BRASIL. Lei nº. 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Diretrizes nacionais para o saneamento básico. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/L11445compilado.htm Acessado em: 17 de outubro de 2021.
11. CARDOSO CS, et al. Health conditions in quilombola communities. J Nurs UFPE on line. 2018; 12(4):1037-45.
12. CETESB-COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos / Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; São Paulo: CETESB; Brasília:ANA, 2011.
13. DE SENA LWP, et al. Prevalência de enteroparasitose em comunidade ribeirinha do estado do Pará, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde; 2020; 12(11): e4710.
14. FERREIRA A M, et al. Análise parasitológica em famílias assistidas por uma associação de apoio a crianças carentes da cidade São Mateus, Espírito Santo, Brasil. Health and Biosciences. 2021; 2(2): 38-51.
15. FERREIRA FS, et al. À margem do rio e da sociedade: a qualidade da água em uma comunidade quilombola no estado de Mato Grosso. Saúde Soc. 2017; 26(3): 822-828.
16. FILHO FJCM, PAULO PL. Abastecimento de água, esgotamento doméstico e aspectos de saúde em comunidades Quilombolas no Estado de Mato Grosso do Sul. Interações (Campo Grande). 2017; 18(2): 103-116.
17. GROTT SL, el al Variação espaço-sazonal de parâmetros da qualidade da água subterrânea usada em consumo humano em Macapá, Amapá, Brasil. Eng. Sanit. Ambient. 2018; 23(4): 645-654.
18. HORA AB, et al. Aspectos socioambientais e doenças relacionadas à água contaminada em comunidades vulneráveis no Nordeste do Brasil. Res, Soc. Dev. 2021; 10(10): e458101019044.
19. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Quilombolas no Brasil. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/21311-quilombolasnobrasil. Acessado em: 29 de setembro 2022.
20. INSTITUTO TRATA BRASIL. Ranking do saneamento, 2018. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2018/realatorio-completo.pdf. Acessado em: 29 de setembro 2022
21. LIMBERGER L, SILVA MES. Precipitação na bacia amazônica e sua associação à variabilidade da temperatura da superfície dos oceanos Pacífico e Atlântico: uma revisão. Geousp – Espaço e Tempo (Online). 2016; 20(3): 657-675.
22. LUGO JL, et al. A systematic review of microorganisms as indicators of recreational water quality in natural and drinking water systems. J Water Health. 2021; 19 (1): 20–28.
23. MARQUES JR A, et al. Prevalência de parasitoses intestinais em crianças e pré-adolescentes no município de Breves, Pará, Brasil. Saud Pesq. 2021; 14(3): 1-18.
24. OLIVEIRA RFGS, et al. Avaliação da Potabilidade da Água Consumida por Quilombolas em Juazeiro, BA, Brasil. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação, Paulo Afonso. 2015; 3(4): 45-58.
25. OMAROVA A, et al. Protozoan Parasites in DrinkingWater: A System Approach for Improved Water, Sanitation and Hygiene in Developing Countries. Int J Environ Res Saúde Pública. 2018; 15(3):495.
26. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) - 2.1 billion people lack safe drinking water at one, more than twice as many lack safe sanitation. Disponível em: https://www.who.int/news/item/12-07-2017-2-1-billion-people-lack-safe-drinking-water-at-home-more-than-twice-as-many-lack-safe-sanitation. Acessado em: 25 de novembro 2021.
27. QUARESMA AB, et al. Abordagem Socioeconômica e Etnoecológica na Comunidade Santa Luzia do Bom Prazer, Moju, Pará, Brasil. Revista CLCS. 2021; 1(5): 1-23.
28. RANGEL DLO, et al. Perfil parasitológico de moradores de uma comunidade quilombola. Acta Paul Enferm. 2014; 27: 513-519.
29. RAMOS, NMJM. Caracterização socioepidemiológica em comunidades quilombolas do nordeste do Pará-Amazônia. Dissertação (Mestrado em Estudos Antrópicos na Amazônia) – Universidade Federal do Pará. Brasil. 2019.
30. RODRIGUES APF, et al. Percepção de alguns ribeirinhos, das ilhas do município de Abaetetuba-PA, sobre parasitoses intestinais. Res., Soc. Dev., 2022; 11(11): e295111133540-e295111133540.
31. SANTOS TL, et al. Qualidade microbiológica da água para consumo humano em comunidades ribeirinhas de Itupiranga-PA, Brasil. BJHR, 2020; 3(4): 9005-9020.
32. SILVA GEA, et al. Análise do perfil hematológico e parasitológico de comunidades ribeirinhas da região amazônica. Res., Soc. Dev., 2021; 10(3): e44710313560-e44710313560.
2. APHA - American Public Health Association. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 23ª ed., Washington, D.C., Estados Unidos, 2017.
3. ASSUNÇÃO AW A, et al. Utilização de macrófitas aquáticas de três diferentes tipos ecológicos para remoção de Escherichia coli de efluentes de criação de pacu. Eng. Sanit. Ambient., 2017; 22(4): 657-663.
4. AYRES JR et al. BioEstat 5.0: Aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. 5ed. Belém, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. 2007; 364.
5. BORTOLOTI, KCS, et al. Qualidade microbiológica de águas naturais quanto ao perfil de resistência de bactérias heterotróficas a antimicrobianos. Eng. Sanit. Ambient. 2018; 23(4): 717-725.
6. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. 2021 Secretaria Nacional de Saneamento. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Diagnóstico Temático Serviços de Água e Esgoto. Disponível em: http://antigo.snis.gov.br/diagnostico-anual-agua-e-esgotos Acessado em: 14 de agosto de 2022.
7. BRASIL. Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro. 2021. PORTARIA GM/MS Nº 888, DE 4 DE MAIO DE 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2021/prt0888_07_05_2021.html. Acessado em: 23 de setembro de 2022.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. 2018. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia Prático para o Controle das Geo-helmintíases. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_controle_geohelmintiases.pdf Acessado em: 8 de novembro de 2021.
9. BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf Acessado em: 19 de dezembro de 2021.
10. BRASIL. Lei nº. 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Diretrizes nacionais para o saneamento básico. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/L11445compilado.htm Acessado em: 17 de outubro de 2021.
11. CARDOSO CS, et al. Health conditions in quilombola communities. J Nurs UFPE on line. 2018; 12(4):1037-45.
12. CETESB-COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes líquidos / Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; São Paulo: CETESB; Brasília:ANA, 2011.
13. DE SENA LWP, et al. Prevalência de enteroparasitose em comunidade ribeirinha do estado do Pará, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde; 2020; 12(11): e4710.
14. FERREIRA A M, et al. Análise parasitológica em famílias assistidas por uma associação de apoio a crianças carentes da cidade São Mateus, Espírito Santo, Brasil. Health and Biosciences. 2021; 2(2): 38-51.
15. FERREIRA FS, et al. À margem do rio e da sociedade: a qualidade da água em uma comunidade quilombola no estado de Mato Grosso. Saúde Soc. 2017; 26(3): 822-828.
16. FILHO FJCM, PAULO PL. Abastecimento de água, esgotamento doméstico e aspectos de saúde em comunidades Quilombolas no Estado de Mato Grosso do Sul. Interações (Campo Grande). 2017; 18(2): 103-116.
17. GROTT SL, el al Variação espaço-sazonal de parâmetros da qualidade da água subterrânea usada em consumo humano em Macapá, Amapá, Brasil. Eng. Sanit. Ambient. 2018; 23(4): 645-654.
18. HORA AB, et al. Aspectos socioambientais e doenças relacionadas à água contaminada em comunidades vulneráveis no Nordeste do Brasil. Res, Soc. Dev. 2021; 10(10): e458101019044.
19. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Quilombolas no Brasil. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/21311-quilombolasnobrasil. Acessado em: 29 de setembro 2022.
20. INSTITUTO TRATA BRASIL. Ranking do saneamento, 2018. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2018/realatorio-completo.pdf. Acessado em: 29 de setembro 2022
21. LIMBERGER L, SILVA MES. Precipitação na bacia amazônica e sua associação à variabilidade da temperatura da superfície dos oceanos Pacífico e Atlântico: uma revisão. Geousp – Espaço e Tempo (Online). 2016; 20(3): 657-675.
22. LUGO JL, et al. A systematic review of microorganisms as indicators of recreational water quality in natural and drinking water systems. J Water Health. 2021; 19 (1): 20–28.
23. MARQUES JR A, et al. Prevalência de parasitoses intestinais em crianças e pré-adolescentes no município de Breves, Pará, Brasil. Saud Pesq. 2021; 14(3): 1-18.
24. OLIVEIRA RFGS, et al. Avaliação da Potabilidade da Água Consumida por Quilombolas em Juazeiro, BA, Brasil. Opará: Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação, Paulo Afonso. 2015; 3(4): 45-58.
25. OMAROVA A, et al. Protozoan Parasites in DrinkingWater: A System Approach for Improved Water, Sanitation and Hygiene in Developing Countries. Int J Environ Res Saúde Pública. 2018; 15(3):495.
26. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) - 2.1 billion people lack safe drinking water at one, more than twice as many lack safe sanitation. Disponível em: https://www.who.int/news/item/12-07-2017-2-1-billion-people-lack-safe-drinking-water-at-home-more-than-twice-as-many-lack-safe-sanitation. Acessado em: 25 de novembro 2021.
27. QUARESMA AB, et al. Abordagem Socioeconômica e Etnoecológica na Comunidade Santa Luzia do Bom Prazer, Moju, Pará, Brasil. Revista CLCS. 2021; 1(5): 1-23.
28. RANGEL DLO, et al. Perfil parasitológico de moradores de uma comunidade quilombola. Acta Paul Enferm. 2014; 27: 513-519.
29. RAMOS, NMJM. Caracterização socioepidemiológica em comunidades quilombolas do nordeste do Pará-Amazônia. Dissertação (Mestrado em Estudos Antrópicos na Amazônia) – Universidade Federal do Pará. Brasil. 2019.
30. RODRIGUES APF, et al. Percepção de alguns ribeirinhos, das ilhas do município de Abaetetuba-PA, sobre parasitoses intestinais. Res., Soc. Dev., 2022; 11(11): e295111133540-e295111133540.
31. SANTOS TL, et al. Qualidade microbiológica da água para consumo humano em comunidades ribeirinhas de Itupiranga-PA, Brasil. BJHR, 2020; 3(4): 9005-9020.
32. SILVA GEA, et al. Análise do perfil hematológico e parasitológico de comunidades ribeirinhas da região amazônica. Res., Soc. Dev., 2021; 10(3): e44710313560-e44710313560.