Determinação da prevalência dos casos de sífilis congênita nos municípios de Ribeirão Preto e Franca

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Julia Fernanda da Silva Theodoro
Gabriella Paschoal Trombeli
Walquíria Craveiro de Paula Pires
Nathalia Fernanda Dias
Carla Duque Lopes

Resumo

Objetivo: Analisar os dados de sífilis congênita no município de Ribeirão Preto e Franca entre os anos de 2016 a 2021. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e série temporal. Os dados coletados são de domínio público obtidos do Sistema DATASUS. Resultados: Em ambos os municípios, os casos diagnosticados de sífilis adquirida foram maiores em homens do que em mulheres. A maioria das mulheres gestantes diagnosticadas com sífilis congênita tinham baixa escolaridade. Dos dados coletados até 2021, a maioria das mulheres foram testadas positivamente no primeiro trimestre (média de 55% em Ribeirão Preto e 41,6% em Franca), entretanto cerca de 30% dos diagnósticos foram realizados somente no terceiro trimestre de gestação. As baixas porcentagens de gestantes diagnosticadas que foram acompanhadas nas duas cidades, evidenciam uma situação de subnotificação nos casos de sífilis congênita no sistema do DATASUS. Conclusão: Não houve números discrepantes dentre as informações coletadas durante os anos observados, o que implica em poucas alterações no sistema de captação de mulheres com diagnóstico de sífilis congênita. Nota-se que a baixa escolaridade revela uma maior vulnerabilidade socioeconômica. Isso permite refletir sobre a relevância de ações de saúde públicas com o intuito de minimizar a transmissão.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
TheodoroJ. F. da S., TrombeliG. P., PiresW. C. de P., DiasN. F., & LopesC. D. (2024). Determinação da prevalência dos casos de sífilis congênita nos municípios de Ribeirão Preto e Franca. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(4), e14354. https://doi.org/10.25248/reas.e14354.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. BRASIL. Manual do Ministério da Saúde. Sífilis. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2022/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out-2022. Acessado em: 7 de novembro de 2022.

2. BRASIL. Manual do Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e Hepatites Virais. 2019. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_hiv_sifilis_hepatites.pdf. Acessado em: 12 de outubro de 2021.

3. CONCEIÇÃO HN, et al. Análise epidemiológica e espacial dos casos de sífilis gestacional e congênita. Saúde em debate. 2020; 43(123): 1145-1158.

4. COOPER JM, SÁNCHEZ PJ. Congenital syphilis. Seminars in perinatology, 2018; 42(3): 176-184.

5. DOMINGUES CSB, et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis congênita e criança exposta à sífilis. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2021; 30(1): e2020597.

6. DOS SANTOS AAA, et al. Qualidade da assistência pré-natal associada à incidência de sífilis congênita: revisão integrativa. Research, Society and Development, 2022; 11(14): e541111436854.

7. GALVIS AE, ARRIET A. Congenital Syphilis: A U.S. Perspective. Children, 2020; 7(11): 203.

8. JAAN A, RAJNIK M. Torch Complex. StatPearls Publishing, 2021; 1(3): 1-5.

9. MASCHIO-LIMA T, et al. Epidemiological profile of patients with congenital and gestational syphilis in a city in the State of São Paulo, Brazil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 2019; 19 (4): 865-872.

10. MIRAGLIA, E. et al. Prevalence of syphilis in a hospital in the province of Buenos Aires in 8 years. Rev Fac Cien Med Univ Nac Cordoba. 2020; 71(3): 136-142.

11. PADOVANI C, et al. Sífilis na gestação: associação das características maternas e perinatais em região do Sul do Brasil. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2018; 26: 1-10.

12. PASCOAL LB, et al. Maternal and perinatal risk factors associated with congenital syphilis. Trop Med Int Health. 2023; 28(6): 442-453.

13. PEREIRA RM, et al. Sífilis em homens: representação social sobre a infecção. Brazilian Journal of Health Review. 2020; 3 (1): 463-476.

14. PINTO TKB, et al. Clinical Protocols and Treatment Guidelines for the Management of Maternal and Congenital Syphilis in Brazil and Portugal: Analysis and Comparisons: A Narrative Review. Int J Environ Res Public Health. 2022; 19(17): 10513.

15. RESENDE KP, et al. A incidência da sífilis congênita no município de Itumbiara, Goiás, no período de 2015 a 2020: possíveis impactos da pandemia causada pelo SARS-CoV-2. Research, Society and Development. 2022; 11(8): e11911829471.

16. ROSA, RFN, et al. O manejo da sífilis gestacional no pré-natal. Revista enfermagem UFPE on line. 2020; 14: e243643.

17. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE (SÃO PAULO). Coordenadoria de Controle de Doenças. Centro de Referência e Treinamento DST/Aids - SP. Programa Estadual DST/Aids de São Paulo. Guia de bolso para manejo da sífilis em gestantes e sífilis congênita. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde, 2016; 2.

18. SOARES, KKS, et al. Análise espacial da sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado do Espírito Santo. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2020; 29: e2018193.

19. TORRES, RG, et al. Syphilis in Pregnancy: The Reality in a Public Hospital. Ver Bras ginecol. Obstet. 2019, 41: 90-96.

20. TSUBOI M, et al. Prevalence of syphilis among men who have sex with men: a global systematic review and meta-analysis from 2000-20. Lancet Glob Health. 2021; 9(8): e1110.