O cuidado cultural no itinerário terapêutico de mulheres com sífilis

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Isis Vanessa Nazareth
Leila Rangel da Silva
Selma Villas Boas Teixeira
Ana Beatriz Azevedo Queiroz
Sabrina Ayd Pereira José
Inês Maria Meneses dos Santos

Resumo

Objetivo: Analisar o cuidado cultural no itinerário terapêutico de mulheres com sífilis fora do ciclo gravídico-puerperal.  Métodos: Baseado na Etnoenfermagem e utilizado o COREQ visando a qualidade estrutural da pesquisa. Selecionou-se mulheres registradas no Programa Municipal de DST/AIDS em Macaé/RJ e os profissionais da saúde que cuidam de mulheres com sífilis. Participaram vinte mulheres com diagnóstico de sífilis e sete profissionais de saúde. Coletou-se os dados entre janeiro e outubro de 2017. Utilizou-se dois capacitadores da Teoria do Cuidado Cultural e entrevista. A análise dos depoimentos fundamentou-se na Etnoenfermagem. Resultados: Conhecer o itinerário terapêutico através do cuidado cultural implicou em reconhecer os fatores culturais das mulheres e o contexto do ambiente em que vivem. Temática importante, pois, conhecer o itinerário terapêutico para a sífilis remete a uma responsabilidade de entender a cultura e o cuidado como dimensões inseparáveis do cuidado à saúde. Estudo possui limitações, não sendo adequado generalizar os resultados para outras localidades ou participantes. Conclusão: Na perspectiva transcultural identificou as respostas adaptativas para o cuidado da sífilis relacionados às características do contexto social e cultural das mulheres, como também refletir sobre respeitar o modo de vida no cuidado às mulheres com sífilis.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
NazarethI. V., SilvaL. R. da, TeixeiraS. V. B., QueirozA. B. A., JoséS. A. P., & SantosI. M. M. dos. (2024). O cuidado cultural no itinerário terapêutico de mulheres com sífilis. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 24(3), e14567. https://doi.org/10.25248/reas.e14567.2024
Seção
Artigos Originais

Referências

1. ALVES PC. Itinerário terapêutico e os nexus de significados da doença. Revista Ciências Políticas, 2015; 42(28): 29-43.

2. ANYWAR G, et al. Indigenous traditional knowledge of medicinal plants used by herbalists in treating opportunistic infections among people living with HIV/AIDS in Uganda. Journal of ethnopharmacology, 2020; 246: 112-205.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico – Sífilis. Brasília: Ministério da Saúde, 2022; 60.

4. CHIATTI BD. Culture care beliefs and practices of Ethiopian immigrants. Journal of Transcultural Nursing, 2019; 30(4): 340-349.

5. DATHE K e SCHAEFER C. The use of medication in pregnancy. Deutsches Ärzteblatt International, 2019; 116(46): 783-790.

6. DORCAS W, et al. An overview of herbal traditional eye care practices and the development of eye health promotion strategies in Cameroon. Journal of Advances in Medical and Pharmaceutical Sciences, 2019; 20(4): 1-16.

7. GRZYMISŁAWSKA M, et al. Do nutritional behaviors depend on biological sex and cultural gender?. Advances in Clinical & Experimental Medicine, 2020; 29(1).

8. HERNANDEZ-ASCANIO J e VENTURA PUERTOS P. Construcción cultural de la sexualidad en un grupo de mujeres. Implicaciones para el ámbito de los cuidados. Cultura de los Cuidados: revista de enfermería y humanidades, 2019; 23(54): 283-296.

9. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Revista brasileira de geografia. I Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ano 1). Rio de Janeiro, 1976; 50.

10. KLEINMAN A. Concepts and a model for the comparison of medicais systems as cultural systems. Social science and medicine, 1978; 12(2B): 85-95.

11. KLEINMAN A. Patients and healers in the context of culture: an exploration of the borderland between anthropology, medicine, and psychiatry. v.3. Berkeley: University of California Press, 1980; 448.

12. KOKORELIAS KM, et al. Towards a universal model of family centered care: a scoping review. BMC health services research, 2019; 19: 1-11.

13. LEININGER MM e MCFARLAND MR. Culture care diversity and universality: a worldwide nursing theory. 3nd ed. New York: Jones and Bartlett Publishers; 2015; 413.

14. MARANGONI SR, et al. Consumo de drogas de abuso durante a gravidez pelo método de rastreamento oportunístico. Cogitare Enfermagem, 2022; 27: e79282.

15. MARQUES CR e DE PAIVA AC. Avaliação do perfil e da adesão ao colpocitológico de mulheres em idade fértil. Brazilian Journal of Technology, 2019; 2(4): 984-997.

16. MATOS GC, et al. Rede de apoio familiar à gravidez e ao parto na adolescência: uma abordagem moscoviciana. Journal of Nursing and Health, 2019; 9(1).

17. MCFARLAND MR e WEHBE-ALAMAH HB. Leininger’s theory of culture care diversity and universality: An overview with a historical retrospective and a view toward the future. Journal of Transcultural Nursing, 2019; 30(6): 540-557.

18. SHEDOEVA A, et al. Wound healing and the use of medicinal plants. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, 2019; 2019: 1-30.

19. SHIRLEY-BEAVAN S, et al. Women and barriers to harm reduction services: a literature review and initial findings from a qualitative study in Barcelona, Spain. Harm Reduction Journal, 2020; 17(1): 1-13.

20. SOUZA VRS, et al. Translation and validation into Brazilian Portuguese and assessment of the COREQ checklist. Acta paulista de enfermagem, 2021; 34.

21. TESFAHUNEYGN G e GEBREEGZIABHER G. Medicinal plants used in traditional medicine by Ethiopians: a review article. Journal of Genetics and Genetic Engineering, 2019; 4(1): 1-3.

22. THE UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME (UNODC). World Drug Report 2021. Global overview: drug demand drug. United Nations publication: Vienna, 2021; 73.

23. VALENCIA J, et al. Gender-based vulnerability in women who inject drugs in a harm reduction setting. PloS one, 2020; 15(3): e0230886.

24. WEHBE-ALAMAH H e MCFARLAND M. Leininger’s ethnonursing research method: Historical retrospective and overview. Journal of Transcultural Nursing, 2020; 31(4): 337-349.

25. YOUNG N, et al. Integrated point-of-care testing (POCT) for HIV, syphilis, malaria and anaemia at antenatal facilities in western Kenya: a qualitative study exploring end-users’ perspectives of appropriateness, acceptability and feasibility. BMC health services research, 2019; 19(1): 1-15.