Comparação entre duas técnicas para impactação de marcapasso provisório na sala de urgência

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Vitor Bruno Texeira de Holanda
Lucianna Sefarty de Holanda
Feliciano Mendes Vieira Junior
Derlon Silva de Freitas
Rafael Maia Coutinho
Fernando Maia Coutinho
Emily Saboia Moura Rodrigues
Mayra Ferreira Bezerra
Márcio César Ribeiro Marvão

Resumo

Objetivo: Avaliar o uso do USG à beira do leito, como guia para o posicionamento rápido e correto do eletrodo do marcapasso, em comparação ao método às cegas. Métodos: Estudo observacional retrospectivo realizado em um único centro, com dois grupos, o primeiro guiado por ultrassonografia e o outro cego. A escolha da técnica utilizada ficou a critério do profissional executor. A amostra foi composta por 60 pacientes internados no período do agosto a outubro de 2020, sendo 28 guiados por ultrassonografia e 32 cegos. Resultados: No grupo cego, a taquicardia ventricular foi a mais frequente (6,3%), em um grupo houve 1 caso de perfuração cardíaca e óbito. No tempo para impactação observou-se diferença estatisticamente significante (*p = 0,0044) entre os grupos avaliados. No grupo com ultrassonografia, a maior proporção de pacientes obteve tempo de impactação inferior a 1 minuto (35,7%). Conclusão: A estratégia do uso da ultrassonografia diminui a taxa de taquicardia ventricular, além de reduzir substancialmente o tempo de impactação para menos de 1 minuto e zerar a necessidade de transferência para hemodinâmica.

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Como Citar
HolandaV. B. T. de, HolandaL. S. de, Vieira JuniorF. M., FreitasD. S. de, CoutinhoR. M., CoutinhoF. M., RodriguesE. S. M., BezerraM. F., & MarvãoM. C. R. (2023). Comparação entre duas técnicas para impactação de marcapasso provisório na sala de urgência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 23(12), e14632. https://doi.org/10.25248/reas.e14632.2023
Seção
Artigos Originais

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