Fatores sociodemográficos relacionados a violência doméstica contra a mulher em um munícipio paraibano
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Objetivo: Analisar o comportamento das notificações de violência doméstica contra a mulher no decorrer dos anos e associar os fatores sociodemográficos com o tipo de violência. Métodos: Estudo transversal, descritivo, ecológico, realizado com dados registrados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação, com base nas fichas de notificação de violência interpessoal/autoprovocada de 2018 a 2022, cujas vítimas tivessem a partir de 19 anos; tendo como cenário o munícipio de Campina Grande. Resultados: Foram analisadas 258 fichas de notificação de violência quanto ao tipo de violência prevalente e sua associação com variáveis sociodemográficas, assim como a caracterização dos agressores; os resultados constatam que a maioria das vítimas possuíam baixo grau de escolaridade, menores condições financeiras e algumas não conseguiam identificar determinados comportamentos como violência. Conclusão: Este estudo permitiu compreender as características da violência, entretanto, apresenta fragilidade com relação aos dados quanto a subnotificação, assim como a notificação indevida por parte dos profissionais; desse modo, evidencia-se a necessidade de trabalhar estratégias de capacitação com os profissionais e, espera-se que os dados apresentados neste estudo possam contribuir para a elaboração de ações de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Copyright © | Todos os direitos reservados.
A revista detém os direitos autorais exclusivos de publicação deste artigo nos termos da lei 9610/98.
Reprodução parcial
É livre o uso de partes do texto, figuras e questionário do artigo, sendo obrigatória a citação dos autores e revista.
Reprodução total
É expressamente proibida, devendo ser autorizada pela revista.
Referências
2. ÁVILA JS e AREOSA SVC. A mulher em vulnerabilidade social e a relação com a violência familiar. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde. 2023; 12: e4821.
3. BARROS SC, et al. Homicídios intencionais de mulheres com notificação prévia de violência. Acta Paulista de Enfermagem. 2021; 34: eAPE00715.
4. BHONA FMC, et al. Socioeconomic Factors and Intimate Partner Violence: A Household Survey. Trends in Psychology. 2019; 27: 205–218.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde. 2020; 2: 122.
6. BRASIL. Lei 11340. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília. 2006; 11340.
7. CARRIJO C e MARTINS PA. A violência doméstica e racismo contra mulheres negras. Revista Estudos Feministas. 2020; 28: e60721.
8. CARVALHO EFM, et al. Sistemas de Informação sobre violência contra as mulheres: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva. 2022; 27: 1273-1287.
9. COÊLHO AFFM, et al. Registro de violência contra a mulher no estado da Paraíba: estudo observacional. Saúde Coletiva (Barueri). 2021; 11(71): 9083-9096.
10. COELHO FAF, et al. Perfil epidemiológico de mulheres em situação de violência de gênero no estado do Ceará, 2008 a 2017. Cadernos ESP. 2019; 13(1): 37-46.
11. CORREIA ASL, et al. Caracterização dos casos de violência sexual contra mulheres em idade reprodutiva no Piauí / Characterization of cases of sexual violence against women of reproductive age in Piauí. Brazilian Journal of Health Review. 2021; 4(6): 28670-28681.
12. FERREIRA PC, et al. Caracterização dos casos de violência contra mulheres. Revista de Enfermagem UFPE on line. 2020; 14.
13. GEHLEN ME e CHERFEM CO. Violência doméstica no campo: inexistente ou invisível? INTERthesis: Revista Internacional Interdisciplinar. 2021; 18(1): 4.
14. GULATI G e KELLY, BD. Domestic violence against women and the COVID-19 pandemic: What is the role of psychiatry? International Journal of Law and Psychiatry. 2020; 71: 101594.
15. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE. 2012; 45.
16. LAWRENZ P, et al. Violência contra Mulher: Notificações dos Profissionais da Saúde no Rio Grande do Sul. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2019; 34: e34428.
17. LEITE AC e FONTANELLA BJB. Violência doméstica contra a mulher e os profissionais da APS: Predisposição para abordagem e dificuldades com a notificação. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 2019; 14(41): 2059-2059.
18. MASCARENHAS MDM, et al. Análise das notificações de violência por parceiro íntimo contra mulheres, Brasil, 2011-2017. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2020; 23: e200007.
19. NASCIMENTO DFB, et al. Violência contra a mulher no contexto rural. Brazilian Applied Science Review. 2019; 3(6): 2501-2513.
20. NETO KRE e GIRIANELLI VR. Evolução da notificação de violência contra mulher no município de São Paulo, 2008-2015. Cadernos Saúde Coletiva. 2020; 28: 488-499.
21. OLIVEIRA CAB, et al. Perfil da vítima e características da violência contra a mulher no estado de Rondônia - Brasil. Revista Cuidarte. 2019; 10(1).
22. PINTO IV, et al. Fatores associados ao óbito de mulheres com notificação de violência por parceiro íntimo no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2021; 26: 975-985.
23. SEDIRI S, et al. Women’s mental health: acute impact of COVID-19 pandemic on domestic violence. Archives of Women’s Mental Health. 2020; 23(6): 749-756.
24. SILVA SBJ, et al. Violência Perfil epidemiológico da violência contra a mulher em um município do interior do Maranhão, Brasil. O Mundo da Saúde. 2021; 45: 056-065.
25. TAFARELO B e SCHEER TP. Dormindo com o inimigo: A subnotificação do estupro conjugal nos formulários de avaliação de risco. Direitos Humanos de Coimbra. 2022; 7: 1.
26. TEOFILO MMA, et al. Violência contra mulheres em Niterói, Rio de Janeiro: informações do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (2010-2014). Cadernos Saúde Coletiva. 2019; 27: 437-447.